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Não estou a ver que o Sol vá sorrir para nós, ainda hoje. Para mim, devo dizer. O astro está cabisbaixo e não nos, me diz por quê. Terá muitos motivos, quando pode, esquece-os. Não aconteceu hoje.
Às vezes, é forte de mais, a mágoa ultrapassa a boa-vontade de esquecer. E então os sorrisos não vêm, escondem-se ou não existem.
Estou a reflectir sobre a natureza, tomando como modelo os problemas humanos e a forma de os entender que conheço, tal como fizeram os Gregos depois dos Egípcios.
Mas na verdade, que sei eu deles?
Queria ver sempre o Sol e a sua alegria, a iluminação, o seu brilho. Porque o seu é o meu brilho, a minha luminosidade e não sei viver sem ela e sem ele. Sem o calor que parece expandir generosamente (ou com algum interesse) e que faz nascer tudo o que é bom e de que necessito.
O frio não deve participar da minha vida. Nem a névoa. Nada que embacie, logo de manhã, a manhã, e me traga com uma luz indecisa, uma paisagem fosca e incompreensível.
Neste momento da minha vida, aprecio a luz sem véus, aquela que faça mais meus, os meus dias. Que são aqueles de que gosto, naturalmente.
De que me aproximo? pergunto neste momento.
Gostaria que as mínimas diferenças que ainda encontro nas minhas horas, seja o que levará o meu mundo à perfeição. Eu já o amo como ele se apresenta, mesmo quando é, como hoje, especialmente chuvoso, mal-encarado e triste; ventoso, desagradável, a empurrar grossas gotas de chuva para os meus vidros sujos e a silvar nas frinchas de forma exasperante.
Mas claro que o amaria mais se o Sol fulgurasse, pois que isso acrescentaria valor ao que vejo e talvez me levasse a descobrir espaços em branco misteriosos, tal como eu os penso.
São apenas propósitos.
Da minha vida, posso dizer, continuo a eliminar o supérfluo, as coisas essenciais bastam-me, não me inquieto que não seja por elas: a clareza é a principal.
No entanto, apreciaria viver doutra maneira, e parto do princípio de que a vida será sempre fonte de emoção.
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