Antes de todas as coisas, surgiu o caos (Hesíodo).
Muitas das nossas polémicas principiam com os diferentes conteúdos que atribuímos a palavras-que-soam-da-mesma-maneira. E continuam e amplificam-se por outros motivos e razões, originando graves conflitos.
No nosso tempo, neste tempo, para os mais velhos, os que ainda se lembram da ORDEM, há uma desordem generalizada que talvez esteja contida por uma velha ordem (segundo a ideia dos Antigos mas ao contrário – o continente do cosmos já não é o caos sempre à espreita de poder intervir ou que intervém ciclicamente podendo fazer avançar o conhecimento, etc.).
O que acontece actualmente é que os novos, os que já nasceram no caos, não sabem de todo o que é a ordem, a razão, a harmonia.
Por isso, não há nem desordem sem continente nem ordem a espreitar a desordem. Nem desordem a intevir na ordem (como nova ordem provisória) e a fazer avançar a ordem. Pela razão de não haver ordem nem desordem, há o que é… seja o que for.
No presente, as pessoas, naturalmente a viver na desordem ou seja-o-que-for, carecem de um cérebro muito mais complexo do que antes. De resto, as imagens do cérebro que nos habituamos a ver apresentam-no como desordem com continente que talvez do exterior seja capaz de permitir estabelecer a ordem no interior (do cérebro).
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Poucos mortais possuem a capacidade de transportar os seus caos (interno e/ou externo) para a ordem aparente das palavras em uma folha de papel (ensaio de Seth, lido em e com imagens da Internet)).