Acho que os saberes se acumulam nas bibliotecas e nos livros que as enchem não nos seus autores… que são pessoas comuns e sofredoras que, por momentos, se interessaram pelo essencial.
Nas bibliotecas… disse eu, mas também nos museus de arte e nos centros e institutos de fotografia onde imagens cheias de beleza e conhecimentos do mesmo modo se amontoam.
A maioria das pessoas ocupa-se excessivamente de banalidades (quanto mais aparatosas melhor), não tem tempo nem disposição para reflectir sobre o essencial. Não pensam no essencial como essencial.
Porém, alguns cogitam por momentos nisso, no fundamental, e por essa razão se distinguem. Nesses momentos de despertar, reconhecem-no, interessam-se por ele… e, se conhecerem bem alguma técnica, seja de escrita, de pintura, de escultura, de fotografia ou de qualquer outra forma de arte, podem transformar o fundamental numa obra prima. Tornam-se génios.
Veneramos as obras dos génios porque resultaram de reflexão sobre o essencial. Eles, os criadores, continuam a ser vulneráveis.