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Os castanheiros estão a sufocar-me.
Olho em meu redor e só vislumbro essas árvores de verde-escuro, com flores excêntricas, algumas cheias de minúsculos ouriços, bem protegidos por armaduras picantes. É um exército bem ordenado e pronto para avançar.
Não penso muito nisto.
O que me perturba é que estão a impedir-me de ver para o longe onde presumo que ainda haja aldeias pequeninas subindo a montanha, e capelinhas no alto (daqui a pouco, ainda este mês, terão as festas anuais), e bosques e clareiras - o que sempre vi da minha janela.
Das montanhas, que sei formadas por múltiplos pequenos montes e montinhos de curvas e bicos ou picos de muito diversas formas e materiais, recortadas segundo um desenho e um projecto que desconheço, apenas consigo ver o traço final riscado no céu.
Se não fosse este pedaço de relvado na minha frente e à direita e à esquerda, e o terreiro por trás de mim, no rosto da casa, não veria mais nada senão a beleza inadmissível dos castanheiros próximos.
O que na verdade, limita muito os meus horizontes.
É certo que os melros surgem e saltitam todo o tempo por aí, procuram alimento e divertem-se, exemplificam... E as flores brancas, amarelas e as azuis dão um ar quase festivo a… Ontem também o pica-pau às riscas brancas e castanhas e quase pretas pulava rente ao chão.
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