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O DIA SEGUINTE

por Zilda Cardoso, em 26.12.08

 

 

Ontem e anteontem foram dias de movimento, de ruídos agradáveis e de espaços ocupados: lá em casa, foram dois dias de encontros e de comemorações, de braços abertos e de palavras deliciosas, de brilhos e de pacotes com fitas vermelhas, de decorações tradicionais e de um certo desejo de renovação.

Dia seguinte, hoje, havia silêncio a mais, largos excessivos espaços vazios, ninguém em casa. O perfume a incenso tinha-se evaporado, as velas estavam apagadas e gastas, os papéis de belas cores e as fitas tinham desaparecido, a árvore estava murcha. Apenas os presépios continuavam a narrar a sua história.

Gosto de espaços livres, aprecio o silêncio e a tranquilidade, o perfume bom, e sinto-me bem só, num ambiente simples. Por que então os meus olhos estavam húmidos e vermelhos?

Toda a manhã, estiveram assim, cheguei a irritar-me com eles, mas não havia nada a fazer. A não ser sair: a casa tornou-se insuportável, poluída de saudades, pobre de calores e de confortos - de palavras, de gestos, de maviosidades…

Saí em busca, não sei de quê. Talvez daquela tranquilidade que pode estar no movimento das crianças que, no momento, enchiam os parques infantis enquanto as famílias passeavam na esplanada cheia de sol.

Deliciei-me com a agitação do mar, com as suas brincadeiras infantis, os seus jogos de chutos e pontapés contra os rochedos, os saltos leves e espumosos e brancos, o enrolar e o espraiar preguiçoso na areia sempre disposta a absorver o que sobra dele.

Sabem, tirei uma grande conclusão deste divertimento do mar: acho que ele não é inteligente. Ou então não mostra a lógica ou a legitimidade dos seus movimentos. Porém, é tentador e cativante, tanto que facilmente se lhe desculpa seja o que for. Mesmo as gaivotas, que a todo o momento se reúnem na beira-mar para resolver os seus graves problemas, o olham com condescendência quando ele se atreve a espreguiçar-se até elas.

Então levantam-se e vão sentar-se um pouco mais para além, sem proferir palavra. Continuam a reunião e, daí a pouco, repetem a cena: levantam-se outra vez para assentarem arraiais um nadinha acima.

Enquanto eu... tinha que voltar para aquela casa e… foi o que fiz: voltei. Pus a minha música e recebi uns quantos telefonemas repletos de palavras simpáticas e de grandes abraços. Encheram-me de privilégios que aceitei. 

Fiquei bem.

Obrigada.

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publicado às 21:17

Venda de Natal no Cricket

por Zilda Cardoso, em 23.11.08

Ontem foi o dia mais importante da famosa Christmas Ladies Guild do Cricket Club do Porto. É uma ocasião muito concorrida em que o club abre a toda a população que queira colaborar comprando os mais variados objectos pedidos e oferecidos ou confeccionados pelas senhoras inglesas. Ou para tomar chá. O produto da venda e do chá reverte a favor de várias instituições de benemerência.

 

Na tômbola de vinhos há sempre esfusiante alegria. E mesmo ao lado estão as jóias

preciosas!

 

 

              

 

(Nas imagens nada disto é evidente, mas é verdadeiro)

 

Os jovens do Colégio Britânico colaboram na venda de plantas e de legumes lindos que

 

 

entusiasmam os visitantes, com razão.

Vejam só esta beleza única de flores brancas e comestíveis:

 

 

 

Há também os crochets e os tricots e os bordados, os livros usados e as velharias e a  jovem Marta que, com um bebé sentado num confortável maple ao colo, circula pelas salas convidando toda a gente a dar um nome ao bebé contra 50 cêntimos, porque quem acertar no nome (não percebi bem como!) ganha uma coisa valiosa.

As salas de maior sucesso, para além da do chá, são as das bolachas, das compotas e das conservas, dos bolos e bolinhos perfumados e frescos. Comprei um Christmas puddind enorme, maravilhosas walnut brownies, ginger snaps e rock cakes e um frasquinho de tarragon jelly, sem que remorsos me atormentassem já que estive a contribuir activamente para dar algum carinho a quem habitualmente não o tem.

 

 

 

Termino esta grande reportagem com uma fotografia do campo que deu o nome ao clube e onde se desenrolava um jogo, tão incompreensível como amigável, não entre rapazes e raparigas mas com eles e elas do mesmo lado.

 

 

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publicado às 08:48

O Bongo. cão de água português

por Zilda Cardoso, em 02.10.08

 

 

    (Que acham... se eu publicar a história do Bongo tal qual como ela a escreveu? E com a foto que ela foi buscar à Internet e colocou aqui?)

 

Os meus pais foram ao algarve buscar uma coisinha fofa e incaracolada a que deram o   nome bongo foi o melhor persente de natal.

Nos fomos a casa da minha avó zilda a minha avó gosto muito do bongo depois fomos para casa da otra avó tavam lá os meus primus de lisboa e tudo els gostaram muito do bongo e nos tambem.

Ele vinha numa cesta e tinha um laço ao pescoso.

Os meus pais foramo buscar no fim de semana o natal foi na terça feira ele fico na lavandaria nos não reparamos.

No dia 24 quando nos estavamos a ir para a cama o bongo comoso a ladrar e o meu pai comeso afalar mais alto para nos não ouvirmos .

O bongo e um cão de água português e preto.

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publicado às 18:52




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