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O fútil e o essencial

por Zilda Cardoso, em 16.10.09

 

 
 
Acho que os saberes se acumulam nas bibliotecas e nos livros que as enchem não nos seus autores… que são pessoas comuns e sofredoras que, por momentos, se interessaram pelo essencial.
Nas bibliotecas… disse eu, mas também nos museus de arte e nos centros e institutos de fotografia onde imagens cheias de beleza e conhecimentos do mesmo modo se amontoam.
A maioria das pessoas ocupa-se excessivamente de banalidades (quanto mais aparatosas melhor), não tem tempo nem disposição para reflectir sobre o essencial. Não pensam no essencial como essencial.
Porém, alguns cogitam por momentos nisso, no fundamental, e por essa razão se distinguem. Nesses momentos de despertar, reconhecem-no, interessam-se por ele… e, se conhecerem bem alguma técnica, seja de escrita, de pintura, de escultura, de fotografia ou de qualquer outra forma de arte, podem transformar o fundamental numa obra prima. Tornam-se génios.
Veneramos as obras dos génios porque resultaram de reflexão sobre o essencial. Eles, os criadores, continuam a ser vulneráveis.

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publicado às 20:01

LET LOVE FLOW

por Zilda Cardoso, em 19.05.09

 

Fiz uma pequena viagem a Viena integrada num grupo interessado em visitar os museus da cidade.
Foram três dias intensos dessa arte dos museus. De música também, de palácios, de jardins e de parques, de cozinha tradicional e de praias de canal.
Praias de canal, é verdade: de Maio a Outubro, o Praia Tel Aviv anuncia-se como o hot spot no Canal Danúbio, onde é oferecido tudo aquilo que os jovens apreciam como diversão. E há o Strandbar  Herrmann; a piscina de navio – Badeschiff; o Flex – clube dos live shows; o Summerstage que, além de acontecimentos culturais de entrada livre, oferece a melhor cozinha e, no pavilhão de vidro, a prova de quarenta espécies de vinho vienense.
Tivemos ocasião de ver confeccionar e de provar o famoso bolo de chocolate, recheado com compota de pêssego no café, perto da Opera, do hotel Sacher, que desde a sua fundação guarda cuidadosamente a receita original.
 
 
 
No Museu Leopoldo há peças belíssimas de Klimt e de Schiele, e no de História obras primas de Rubens, Rembrandt, Raphael, Vermeer, Velasquez, Ticiano, Durer e uma grande colecção do velho Bruegel. E poderíamos ter assistido a novos discursos sobre fotografia como disciplina humanística.
Situam-se os dois museus na praça Maria Teresa, uma das praias insólitas dos vienenses, onde apanham sol estendidos em cadeiras de descanso ou espreguiçadeiras, julgo que de cimento armado, pintadas de lilás. Devem ser extremamente cómodas e limpas - não há areia para se colar à pele.
No Mumok, vi várias exposições temporárias muito interessantes como a de Maria Lassnig, pintora de noventa anos com coragem de se auto-retratar de cores alegres e formas muito murchas. Um quadro chocou-me de forma especial: aquele em que aparece voltada para o espectador apenas vestida com duas pistolas, uma apontada para mim, outra para a sua própria cabeça. Fiquei magoada com aquilo!
A expressão talvez seja de expectativa, mas é também de espanto. E de divertimento (os velhos não são todos maus!).
Não tinha nada a perder, talvez, só a ganhar. Vi autocarros na cidade, pintados de ponta a ponta com essas cores e essas formas - as formas da Lassnig - que ficarão para a posteridade como provavelmente não ficarão as outras. E  cartazes de todos os tamanhos... mas não vou  reproduzi-los aqui.
Mostro o relógio que, ao meio dia, dá umas horas muito cinematográficas e muito fotografadas pelos turistas.
 

 

 

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publicado às 11:54




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