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O programa da RTP de ontem da Fátima Ferreira esteve de novo estruturalmente errado. A ideia, pensava eu, era que os novos partidos que concorrem a essas eleições apresentassem e explicassem o seu programa. Os velhos, os grandes, já tinham explicado, esclarecido e confundido, criticado os vizinhos e falando todos ao mesmo tempo. Mais uma vez, ficamos a saber qual o seu modo de pensar e de agir, que é sempre o mesmo seja qual for o candidato, porque é o conhecido pensar do partido a que cada um pertence. Não trazem nada de novo. Porém, ficamos com uma certeza: a de que não nos agrada o que propõem, não nos agrada nada.
E todos podem calcular que um programa daquele género não pode ter 13 candidatos, todos com o mesmo direito e o mesmo tempo de faladura. Os velhos, useiros e vezeiros naquele tipo de debate para que parecem ter nascido, açambarcam-no para não dizerem nada e impossibilitam os outros de dizerem o que estávamos ali à espera que dissessem. E decerto o que eles esperavam poder dizer.
O programa foi um triste remedeio e não remediou nada, não repôs nenhuma justiça, foi inteiramente inútil. Um desperdício que cada um de nós interpretará à sua maneira.
Calculo que os que tinham esperança de que finalmente fossem poder escolher com conhecimento de causa ficaram muito desiludidos. Os conhecimentos com que ficámos foram laterais e não têm nada a ver com o que foi explicado, com o conteúdo das intervenções.
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