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UBUNTU

por Zilda Cardoso, em 07.12.13

Que futuro? Perguntam-me. Que futuro, perguntam as pessoas umas às outras.

É uma questão pertinente, se bem que seja feita com esta insistência penso que pela primeira vez na História. Alguém em algum tempo se tinha preocupado tanto com o futuro, isto é, com os filhos e com os netos? Com o que lhes vai acontecer… depois?

É um bom indício. Pode ser que, apesar de todos os aspectos negativos das sociedades de consumo e de mercado (que são sociedades em que se consome, tantas vezes de forma irracional, como forma de integração social ou para escoar a produção levando a estratégias de marketing e publicidade tão agressivas como sedutoras), apesar disso, talvez estejamos no bom caminho: o da solidariedade, o da compreensão de que o mundo continua e nós somos responsáveis por tudo o que acontece não apenas agora, mas depois. Sobretudo, depois.

Somos responsáveis, mas somos o quê? Somos alguns deuses capazes de criar do nada? E de se empenharem e comprometerem por tudo? Por tudo o que criaram do nada?

Então vamos entender que somos responsáveis apenas na medida das nossas capacidades que são muito humanas. Acredito que o mundo continua, realizemos ou não este desígnio e os nossos desígnios.

Somos tão pequenos em relação ao mundo, tão insignificantes! Por que vamos afligir-nos tanto com tudo o que acontece em cada minuto? Incluindo catástrofes naturais género tsunamis e companhia!? Não seria mais sensato vivermos o nosso dia-a-dia pequenino sem grandes sobressaltos assim mesmo preparados para eles?

Todavia é claro que somos responsáveis, conscientes, culpáveis…

“I am because you are”

repetiu Clinton, tentando traduzir um velho conceito africano: UBUNTU. Que abrange muitos aspectos indicativos: comunidade, respeito, partilha, humildade, importar-se, cuidar, ajudar.

Um só palavra que significa muito. Que pode ser uma maneira de viver como foi para Nelson Mandela.

Que eu fixo assim: estamos nisto juntos. Vamos tentar ajudar. Só.

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publicado às 11:15

O que é a Política?

por Zilda Cardoso, em 09.11.09

 

Que pergunta!!
A política organiza as relações entre os homens - até aqui todos de acordo. Não lhe interessa o homem como às outras ciências humanas, mas a comunidade dos homens.
Segundo Hannah Arendt, não há nada de político no homem, na sua essência. A política não nasce com o homem, nasce com a comunidade.
E porque os homens que vivem em comunidade são muito diferentes uns dos outros e a política tem de cuidar das relações entre eles (repito), a tarefa dos políticos não é fácil. A política, pelo menos em democracia, deve  tratar como iguais seres que dificilmente se assemelham.
Vejam as contradições: a política tem de elaborar e instituir as relações entre os homens esquecendo que são diferentes ou, se quiserem, considerá-los iguais, sabendo que são diferentes.
De que modo pode ser assegurado que indivíduos tão desiguais beneficiem dos mesmos direitos? Porém, isto tem que ser garantido num regime democrático. Ou falaremos de “igualdade relativa” e de “diversidade relativa” (Arendt)? E em que aspectos são os indivíduos diferentes? E em que aspectos são iguais?
Trinta e cinco anos de moderna democracia permitem-nos pensar que gostamos de viver neste regime cheio de defeitos.
Gozamos um espaço de liberdade que é próprio desta actividade política: temos liberdade de expressão e demagogia, delírio consumista e desmoralização, sofistas por todo o lado. A desordem intelectual e a desordem social, instalam-se. E há alunos e seguidores de sofistas para quem a verdade e a justiça não contam. E há corrupção talvez porque a lei não tem carácter sagrado, é convenção e verdadeiramente não obriga. E o indivíduo…
Talvez devamos voltar a pensar no indivíduo e na necessidade de excelência moral e espiritual, na indispensabilidade de educação, de cultura, e na definição dos conceitos e princípios que o orientam, que nos devem orientar.
Como a todos, o porquê da corrupção imparável vem-me ao pensamento com frequência. Exaltamo-nos com tudo o que dizem e temos razões para nos sentirmos zangados.
Mas será que estão definidas fronteiras sobre o que é considerado corrupção e crime e o que não é crime?  Será por  esta razão que os processos nunca chegam ao fim... que não há conclusões... nem inocentes nem culpados...nem verdades nem mentiras?

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publicado às 17:13

Apresentação do livro "Os senhores da Vida e da Morte"

por Zilda Cardoso, em 25.05.09

 

“Venho desde já informar que a apresentação do meu livro "Os Senhores da Vida e da Morte" no Porto vai ser no próximo dia 30 de Maio, na Almedina do Arrábida Shopping, pelas 21h com a presença garantida do Prof Daniel Serrão como apresentador...

“Terei todo o gosto de poder contar com a sua presença e de todos com quem queira partilhar esta informação, aqui no seu blog ou na sua vida real. Obrigado e até breve.”

Este é o convite do autor Carlos Almeida, a que junto o meu: gostaria muito que acompanhássemos o nosso amigo e habitual comentador deste blogue nesta sua importante jornada.

Ainda não li o livro, por isso, não posso dizer dele muitas coisas, mas, se todos o lêssemos, podíamos discuti-lo aqui no blogue, espécie de comunidade de leitores. Seria interessante.

E a apresentação de Daniel Serrão vai ser de certeza muito especial.

Encontramo-nos lá no sábado, 30 de Maio.

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publicado às 21:32




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