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(continuado)
Traçados os contornos daquilo que queremos que seja a nossa vida, o nosso projecto pessoal, não é difícil saber que valores se integram e que outros ficam de fora. Em consequência da definição, saberemos como harmonizar o nosso desejo com o dos outros.
O mesmo se passa com um povo, com uma sociedade que se organiza, se civiliza, que se define quando estabelece uma ordem de valores. Tornar-se-a anárquica se não houver valores em que acreditemos e leis que nos restrinjam mas nos coloquem dentro do projecto da sociedade em que vivemos.
A televisão que entra em nossas casas com o maior à-vontade e insidiosamente, não pode satisfazer apenas os interesses dos que ganham a sua vida produzinda, realizando, interpretando publicitando, investindo em programas cujo interesse é apenas o do MERCADO sem atender a considerações de outra ordem.
Se bem que sejamos uma sociedade liberal e consumista ou a viver como tal, as leis do mercado não podem ser as únicas a que devemos submeter-nos. Apesar de poderosos, os investidores são minoria em comparação com a massa dos espectadores/consumidores (ou dos que os representam) e que usufruem para seu bem ou para seu mal a beleza ou o horror dos programas. É a sua vontade não aleatória mas interessada e conhecedora que deve ditar as regras..
Os governantes que escilhemos por maioria para decidirem por nós têm um programa que devem cumprir, leis em vigor e estão obrigados a levar a efeito aquilo que prometeram e se espera deles - gerir a vida social de modo que possamos vivê-la harmoniosamente. Tal como acontece com a vida familiar... Devem fornecer códigos de comportamento em que os valores colectivos fundamentais sejam respeitados. O que supõe regras muito diferentes das que haveria se cada indivíduo pudesse viver isolado.
(continua)
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