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"O pensamento sério é uma ocorrência rara." George Steiner
Há tantos dias por aí… à espera de serem vividos! E ficam sem sentido e sem jeito… por aí. Tantos, tantos… Não centenas… biliões.
E há os que já foram vividos. Nós escolhemos alguns destes e tornámo-los especiais. Em geral, comemorativos de qualquer coisa, boa ou má. Festejamo-los, passados.
E sonhamos ou inventamos outros para o futuro… direi que quase os vivemos também.
Por vezes, não estamos felizes com os que festejamos, de algum modo; viramo-nos contra eles, os passados que escolhemos, como se fossem culpados de não serem desejados, de não terem sido como os desejávamos. Não são bem-vindos, porque ainda sofremos com a sua recordação, são dias abomináveis.
Quanto aos sonhados futuros, há possivelmente uma esperança.
No entanto, tudo é connosco, não com eles. A felicidade dos dias é connosco. A infelicidade, também, claro.
Nós, é que teremos feito asneira ou qualquer coisa benfeita, quem sabe, eles mantêm-se inflexíveis, deslizam ao sol e à chuva, ao vento e à neve, ao calor e ao frio, atravessam tempestades e calmarias. Não têm nada a ver com os nossos problemas e gostos, nada, nada. Rien de rien, como diz a outra e o outro.
Por que só pensamos neles? Nos que passaram, nos que irão passar.
Ah, os dias!...
Os dias que vamos contando e que se esgotarão, talvez. E que não conhecemos de lado nenhum, que não chegamos a entender. Passam cada vez mais depressa, devemos gozá-los, é verdade. Como…?
Como não estamos sós, ninguém está só, talvez tenhamos de os fruir, de os saborear nós, sozinhos uns com os outros, friendly.
Nesta ordem de ideias, apenas posso pensar: sejamos amigos uns dos outros, talvez as coisas melhorem, os dias se aperfeiçoem e nós com eles, a nossa disposição com eles. A nossa vida.
Que acham?
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