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Pensamentos à solta

por Zilda Cardoso, em 21.11.16

Levo muito em consideração a opinião dos outros, presto atenção ao que dizem, dou importância... Sobretudo respeito a sua inteligência e a sua dignidade. Às vezes, a inteligência (a quantidade, é o que quero dizer, que pode ser superior ou inferior) que eu julgo existir neles, essa ideia, esse meu julgamento não corresponde visivelmente à realidade, de modo que as relações se desmoronam.

Os outros são diferentes. Diferentes de mim e entre si. Como estabelecer uma ligação com eles? Com cada um deles, sim, claro, é possível. Uma ligação com o conjunto deles? Muito difícil. Mas é isso que é preciso, por vezes, e em momentos de importantes resoluções. Como poderemos chegar a acordo alguma vez, se quisermos resolver um problema interessante para o grupo? De modo a que todos fiquem felizes?

Talvez elegendo para arbitrar alguém absolutamente fora do circuito, com grandes quantidades das duas inteligências indispensáveis: a do coração e a da cabeça.

………………………..

 

Voltando à questão de pensar e de não pensar, lembrei-me que naqueles períodos em que aparentemente não estou a pensar, talvez esteja realmente a pensar, sem contudo saber transformar em linguagem o meu pensamento. (Não estou a inventar nada). Portanto, também é como se não pensasse.

Pensar será transformar em linguagem o que… o quê? Não me posso recordar do que pensei se não o tiver transformado em linguagem. Então talvez o ser humano não seja o que pensa mas o que recorda e é para recordar que precisamos de linguagem. Isto é que é importante. Para contarmos a nós próprios o que pensamos, o que nos vai… (onde?) no cérebro. Na cabeça, talvez.

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Julgo não ser capaz de ler os pensamentos de outras pessoas à medida que lhes ocorrem e quando estou a dialogar com elas. Mas sou ou posso ser capaz. Apenas não sei verificar se estou certa ou não, se o que eu penso que eles estão a pensar é o que realmente estão a pensar. Quero dizer, se o que eu penso que é, é o que realmente é.

Isto, claro, nos seus relacionamentos comigo, nos meus relacionamentos com eles, com outros. Nos diálogos surdos e nos falados entre nós. Saber o que dizem é uma coisa, saber e compreender o que pensam pode ser muito diferente. O que dizem pode e deveria traduzir o que pensam, mas raramente acontece. Que tipo de diálogos é possível estabelecer? Muitas, muitas considerações interferem e o que nasceu para ser simples… deixa de ser.

A observação de gestos e de tons de voz ajudará, assim como o conhecimento mais profundo dos intervenientes, do tema e da história do mundo.

 

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publicado às 17:33





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