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Lógica batatal
Há pessoas que sempre foram obscuras. Poucos as ouviam e, por isso, não faziam grande mal.
Porém, recentemente começaram a ser escutadas por força de circunstâncias várias e tornaram-se transparentes. Subitamente, é verdade, tornaram-se límpidas como pode ser o cristal. É interessante verificar isto.
Vemos perfeitamente o que estão a pensar. Soubemos logo qual a sua vontade única e extrema, a sua intenção. Tudo o que dizem passou a ser importante. Falam do bem do povo português e do que transparece claramente da leitura dos resultados da recente eleição para a Assembleia da República.
Não vejo nisso grande evidência.
O que há, é um desejo imenso de protagonismo e a vontade de não deixar fugir a oportunidade de o conseguir. E uma outra determinação que essa é aceitável em qualquer político: o desejo de não perder o eleitorado.
Mas a única coisa perfeitamente legível a partir da análise dos resultados da votação é que estamos muito confusos e não medimos as consequências da nossa atitude, quero dizer, o alcance de nos abstermos, de irmos apanhar sol ou chuva algures, de imaginarmos este ou aquele castigo que quisemos impor a certo partido…
Finalmente, o resultado… são números, devem ser números frios, que se sujeitam a operações simples de aritmética, somas e subtracções, por aí…E donde resultam decisões coerentes, isto é, lógicas.
No entanto, a lógica sempre foi uma batata para os políticos.
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