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Esta época da minha vida, que é nitidamente de retirada da maioria das actividades que me ocuparam até há pouco, é propícia a uma reflexão profunda e sobretudo tranquila e sensata sobre os problemas da vida. Tempo não falta, tempo em termos de espaço, espaço de tempo. Deixou de haver pressão para tomar decisões rápidas e concisas.
No presente, é tudo mais simples: observo demoradamente, tento disciplinar o meu pensamento afastando o que não importa, pensar com qualidade, reflectir. Posso dizer o que pensei deste modo, escrevê-lo ou não. Se não chegar a desfechos não é grave, outros chegarão por mim… a tempo. E serão conclusões mais frescas, mais modernas, menos ponderadas. Serão conclusões que refletem este tempo exibidor dessas características.
Há pelo menos um detalhe que eu julgo conhecer e posso, para já, afirmar como tal: é que não há neste nosso mundo uma conclusão que possa considerar definitiva, uma só. Ninguém a descobriu : é apenas isso talvez. Tudo é provisório. Por isso se diz que não há verdade absoluta, o que neste primeiro dia do ano 2018, me deixa tranquila (depois de ter passado toda a vida a tentar desvendá-la).
Porém, já não quero meter-me em sarilhos buscando o que não existe, quero dizer, a verdade. Quando o nosso cérebro crescer ou se complexificar o suficiente para compreender o que não compreende… compreenderemos. Posso importar-me muito com esta desolada conclusão ou não. Acho que já não me afecta; é deste modo que se chega à idade da sabedoria. (Ouçam o que eu digo!).
Durante muitos, muitos anos, fiz perguntas aos sábios e aos sabedores ou mestres ou sages procurando respostas satisfatórias para as minhas dúvidas. Até que concluí que o que é interessante e o que posso continuar a fazer é… as perguntas certas.
É isso que espero que aconteça no ano que está a iniciar-se.
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