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“A maior parte das pessoas passa pela vida sem serem reveladas a elas próprias. Talvez isso atinja um tecido perigoso, como o véu da deusa de Cartago. Trocá-lo representa a morte. As pessoas casam-se e tentam proceder como se não o fizessem. Defendem a sua solidão a todo o preço, esquivam-se como podem a representar a figura de retórica que diz que o amor faz do casal um só. Não é tal. Não há como o casamento para ensinar quão funesto seria isso. Duas pessoas podem mais do que uma, e a aliança de neutralidade não é possível senão quando se honram a si próprias com um certo desprazer que permite evitar a servidão absoluta.
Há quem assegure que o amor duma mulher não é senão simulação e debilidade. Há um pouco de verdade nisso. O amor parece demasiado pesado a uma mulher de gosto e de sentimento. Não é preferível trair as ocasiões de o celebrar como ele merece? Ou então fingir que ele é único…”
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