Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Não posso dizer que esperava receber estas maçãs. Talvez não esperasse. Mas a árvore ofereceu-mas, de qualquer modo, e eu aceito e penso que afinal acabo sempre por receber muito para além do que dou.
O que ofereci e dei em troca? Algum carinho e atenção: ela não precisa nem quer mais nada. Esta árvore dá-me maçãs saborosas, ano após ano, desde que a conheço, seja o que for que eu faça com os seus frutos. Ou que não faça.
Não sei se a árvore tem consciência disto. É provável que não. Porém, ela é tão… pessoal, tão parte da minha vida e do meu grupo… Está no meu ambiente há tantos anos, não sei como dizer, é tão eu!
E vai continuar depois de mim talvez igual… para outros.
Eu... não aprendi nada com ela! Estou a pensar em termos egoístas, mas admiro-a muito.
Fascina-me a sua paciência, o não esperar grande coisa do exterior, o tentar arranjar-se só, ser independente, estando, no entanto, agarrada ao espaço, a esta terra onde nasceu.
Para mim, provavelmente para todos e quaisquer, a macieira é duma generosidade extrema, duma inteligência, duma bondade…
Cumpre o seu programa de vida e raramente se queixa, mesmo quando atacada. Mesmo quando atacados os seus frutos de maneira grosseira, como vi agora, pelas abelhas “asiáticas”. Que também me atacam porque lhes roubo o que acham que lhes pertence.
Acredito egoisticamente que a árvore me deu as maçãs a mim, aquelas inimigas ou adversárias abusam do seu enorme poder letal para me afastar. Estão a prejudicar-me, a impedir-me de gozar das maçãs que estava a considerar minhas.
É uma guerra.
Apenas a macieira fica serena. As maçãs grandes redondas e de bela cor vão continuar lá, oferecidas.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.