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A história recente dos órgãos de tubos da cidade do Porto foi contada algumas vezes e está na memória de muitos de nós. Volto a ela por duas razões:
primeiro, porque a inauguração do órgão da Sé Catedral em 1985 no ano europeu da música e em homenagem a João Sebastião Bach desencadeou uma série de acções da gente boa do Porto, das empresas comerciais e industriais sediadas nesta cidade e de outras instituições públicas e privadas em favor da aquisição de um instrumento que custava quarenta milhões de escudos e para a qual contribuiram;
segundo, porque essa acção conjunta, festejada com entusiasmo na ocasião, possibilitou que surgisse a vontade de construir novos órgãos e reparar antigos, de modo que a cidade possui agora órgãos de tubos de excelente qualidade que permitem executar grandes obras do reportório organístico inclusivamente contemporâneo, obras sinfónicas para órgão, música francesa histórica e romântica, música ibérica para órgão…
Formaram-se muitos jovens que são mestres de música sacra em universidades alemãs; e alguns organeiros; e foi criada uma escola-oficina de organaria que está a funcionar em Esmoriz.
No dia da inauguração do órgão da Sé Catedral, entre as 14 e as 23 horas, mais de dez mil pessoas assistiram a nove concertos non-stop no grande órgão de tubos, cada um com a duração de uma hora.
Continuaram a ser adquiridos novos órgãos de tubos que enriqueceram a cidade possuidora já de um notável património de órgãos históricos (cerca de 150 na diocese).
No dia 21 de Janeiro, passada sexta-feira, assisti a um notável concerto, executado por organistas excelentes vindos de vários países europeus na Igreja da Lapa que em dez instrumentos, nove órgãos e uma orquestra de percussão, executaram a obra de Jean Guillou “A Revolta dos Órgãos”.
(Jean Guillou e alguns dos outros executantes)
Adorei ouvi-la e diverti-me.
(Os concertos vão continuar até ao fim do ano de 2011; voltarei a falar deles e dos músicos que os executaram).
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