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O que está certo

por Zilda Cardoso, em 07.01.11

Concordo com Miguel Esteves Cardoso, como quase sempre.

Refiro-me ao seu artigo no Público, hoje.

Também me indigno: por que razão nunca fazemos nada certo por muito que nos esforcemos? Nada sobre seja o que for. E claro, tal como ele diz, vivemos cheios de culpas e de dores. Até nos esquecemos de viver.

Também não creio que faça grande diferença para ninguém, vivermos mais um ano ou não vivermos. Sobretudo se soubermos que será assim, mais ou menos, como calculamos que é, e estivermos preparados, com os assuntos importantes resolvidos, etc. etc.

E podemos morrer num acidente qualquer, e sabemos que há muitas probabilidades de que isso aconteça.

Então qual a importância de acrescentar um ano sem "mozarella, basílico e presunto de Parma"? E tantas outras coisas excelentes e picantes? Sem passearmos na Avenida a olhar um mar louco como o de hoje, com um vento que nos arrasta e nos leva por aí fora para lugar desconhecido? Sem viajar de avião com perigo e sem subir a costas de cadeiras que forçosamente vão tombar e fazer-nos cair com elas?

Que importância tem…?

Resumindo, vivemos amargurados durante anos tentando fazer o melhor, que nunca é, para termos mais um ano de vida da tal e depois num acidente desaparecemos de todo, de um momento para o outro, com ou sem mozarella, com ou sem vento desesperado, com ou sem as massacrantes e detestáveis fisioterapias e os milhares de comprimidos de todas as cores que não nos lembramos se tomámos ou não nas quantidades especificadas?

É sempre possível ver as coisas de vários ângulos. Todas as coisas.

 

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publicado às 15:09


24 comentários

De Vicente a 07.01.2011 às 15:49

Começar a semana tomando muitas cervejas, logo na segunda é como soltar freio de mão na ladeira. Você só pára lá na frente.

De Zilda Cardoso a 07.01.2011 às 16:08

Era mesmo para o m/artigo esse comentário?

De Vicente a 07.01.2011 às 16:16

com cervejolas, tudo parece mais certo e de facto temos feito uma data de coisas bem feitas e de que nos devemos orgulhar.

há uma juventude e quadros de trintas e quarentas anos que têm excelentes empresas, exportam, ganham dinheiro e prestigiam Portugal.

por outro lado há funcionários do Estado, militares e gente com profissões modestas que labutam todos os dias.

o que é preciso é avisar a malta...e correr com quem nos deixa transmitir esta impressão de que nada sai certo!

estou numa de ir para a rua acto contínuo e tomar o poder...Zilda quer ser a minha Ministra da Cultura? organiza-me festas com o Clooney e com a namorada dele?

Bem haja Senhora Ministra to be:-)

De Zilda Cardoso a 07.01.2011 às 20:57

... da cultura?!
Desde que meta o Clooney, eu alinho. Mas tem que ser outro ministério.
Pense por mim que eu hoje já estou estafada e sabe como é urgente começarmos a planear.
Yes, minister! (que já é)

De Vicente Mais ou Menos de Souza a 07.01.2011 às 21:07

A Dilma, perdão a Zilda se quiser pode tomar o poder e tornar-se Prime-Minister!

De Zilda Cardoso a 08.01.2011 às 08:49

NEVER!
Ponha a cabeça a funcionar.

De Vicente a 08.01.2011 às 09:16

uiiiii....a Dilma...oops...Zilda ficou zangada! Sorry. Eu não tenho cabeça!

De Vicente a 08.01.2011 às 03:12

Real Ministério dos Blogues....hein, parece-me bem ficar com esta pasta?

por outro lado terá que me tratar dos trajes de corte, ou seja pérruques/cabeleiras, chignons, pó de arroz, rouge, meias de seda, vestidos com decotes generosos para as senhoras e para os homens, botas altas de polimento.

não esquecer contratar os três Mosqueteiros...

De Zilda Cardoso a 08.01.2011 às 08:52

Está nitidamente a pedir de mais!
Em que carnaval está a pensar? Acorde, Vicente. Ou tb já se passou?

De Vicente a 08.01.2011 às 09:18

com a sua imaginação achei que podia ser divertido o próximo Carnaval

De Zilda Cardoso a 08.01.2011 às 09:59

Vai ser divertido, claro. Nunca me zango... a brincar, q.d., quando estou a brincar. Quando me zango é a sério, a propósito de coisas sérias. Por isso, não compreendo as zangas dos adeptos dos clubes de futebol quando o s/clube perde. Esquecem-se de que é jogo, i.é, brincadeira. Como podem zangar-se a sério? MISTÉRIOS DE COMPORTAMENTO humano.
Pensando bem, não quero participar de ministérios nenhuns. Devemos inventar uma forma de governo inovadora estruturalmente. Sem ministérios, para começar. Com carnavais minúsculos e não com um Carnaval estafado, cheio de folhos e cores extremas.
Please, think hard. You are the prime...

De ANA a 07.01.2011 às 19:26

HÁ MUITA COISA QUE FAZEMOS CERTO, ALIÁS SÃO MAIS AS COISAS QUE FAZEMOS CERTAS DO QUE ERRADAS. É SÓ UMA QUESTÃO DE ATENÇÃO E VONTADE DA NOSSA PARTE.

De Zilda Cardoso a 08.01.2011 às 18:00

Concordo, Ana.
Há uma generalizada falta de atenção para as coisas bem feitas, sobretudo feitas por nós. E há o miserabilismo lusitano que se colou a nós. Para sempre? É forçoso lutar contra. E vamos começar. Prometo. Será a nosso causa.

De Marcolino a 07.01.2011 às 20:35

Boa noite, Zilda,
Citando-a, «É sempre possível ver as coisas de vários ângulos. Todas as coisas.», por isso mesmo fiquei embevecido a olhar, deste seu angulo, esta maravilhosa imagem, que me é intensamente familiar, de um, de muitos, entardecer desta zona da Foz!
Obrigado pelo seu texto e, muito mais, pela viagem a este belissimo e ternurento local!
Abraço
Marcolino

De Anónimo a 09.01.2011 às 10:44

...acho que agora já estou numa fase, em que por vezes consigo encolher os ombros às minhas crises existencialistas e outras que tal... encolher os ombros no sentido de não me ligar tanto... tanto, a tanta coisa que nos tortura, atormenta, a tantos medos e "apoucamentos" como diz o Manuel, ou o Pu-Jie, ou o Vicente... e seguir em frente e lembrar-me de uma frase da Agustina:
"Eu não me levo muito a sério. É a melhor maneira de viver. Aquele que se leva a sério está sempre numa situação de inferioridade perante a vida".
...por vezes preciso mesmo de me abanar com esta frase, confesso!...
...mas, que agora vou conseguindo com mais naturalidade, a própria vida...acho que é a maior conquista que poderei ter feito nestes meus 51!!!!!!!
Bjinho, Zilda
Isabel

De Isabel Maia Jácome a 09.01.2011 às 11:06

...desculpe... esqueci-me dos preenchimentos antes e enviei o comentário sem os colocar. Por isso saiu anónimo!
Mas estava assinado, Isabel :)!...vá lá!
Bj

De Zilda Cardoso a 09.01.2011 às 11:27

Imagine. estava a escrever uma longa e sentida resposta ao s/comentário e, de súbito, não sei onde cliquei, desapareceu tudo para sempre. Já me tem acontecido e é um desespero.
Compreendi quem era.
Vou tentar de novo, mas nunca mais vai ser igual e tenho pena. Tenho que deixar passar uma horas para me passar a "raiva" contra mim mesma e que não devia existir, de maneira nenhuma. Não posso levar-me a sério sob pena de ficar infeliz num domingo de sol...
Até logo.
ZM

De Isabel Maia Jácome a 09.01.2011 às 11:39

sei o que isso é... e que raiva que dá...porque de facto, depois, não é mesmo o mesmo!
é esta mania de escrever directamente, tão prática, aparentemente... mas que dá raiva, dá!
...Encolha os ombros, Zilda... e siga em frente!
...mas que tb tenho pena, tenho! Snif! Mas não estrague o seu Domingo1
Bj
Isabel

De Zilda Cardoso a 10.01.2011 às 08:53


O que é necessário, dizem os ensinamentos budistas, é não se deixar dominar por pensamentos perturbadores. Quando esses nos ocupam a mente de maneira quase exclusiva, não há espaço para pensamentos construtivos e positivos. Se tivermos bom coração, se sentirmos amor pelos outros, se actuarmos de forma compassiva seremos pouco perturbados pela hostilidade que nos rodeia. Mas se nos enchermos de raiva, se lutarmos exclusivamente por poder, riquezas, conforto, prazeres… não teremos paz. A felicidade tem a ver exclusivamente connosco, com a nossa atitude mental.
Acredito nisto e sei que é difícil, sobretudo para os ocidentais com séculos de cultura que valoriza outras ideias e sentimentos, sei que é difícil para nós entender o que nos põe verdadeiramente felizes.
Mas podemos sempre tentar.

De Susana -fonseca a 13.01.2011 às 12:40

Querida Zilda, concordo plenamente quando diz que é sempre possível ver a vida de vários ângulos e aprender a vê-la de um ângulo mais positivo, dando valor aos bons momentos que ela nos porporciona, aos prazerres que nos permite e às pessoas que nos rodeiam e nos acarinham pode ser um bom ângulo para que mais um dia, mais um mês, mais um ano nos faça efectivamente falta. Ou não, lá está, se enterdermos pela perspectiva de que vivemos tudo ao máximo...
Tento diariamente não ser amargurada fazendo "mais e melhor" sem me questionar se o melhor é efectivaemnte bom! É o meu melhor, sei disso e isso é que importa para que cada dia valha a pena!
Abraço

De ANA a 14.01.2011 às 14:26

Um dia larguei tudo... mas mesmo tudo. Troquei de trabalho, de casa, de cidade. Mudei de uma casa com vista para o mar e vim para o campo...e sinto-me TÃO bem. Não fugi rigorosamente de nada só fiz aquilo com que sempre sonhei. Uma casinha, cães,jardim,horta e lareira. Siêncio. Sempre . Para crescer. Com paz. Com serenidade. E fiz tudo certo. E tudo está certo,

De Zilda Cardoso a 14.01.2011 às 17:35

É preciso estar muito certa do que quer, o que quase nunca acontece. Estar feliz no lugar que escolheu, no caminho que tomou... é o que de melhor nos pode acontecer.
Espero que continue a sentir-se feliz tal qual. Será sempre possível? À vezes, os sonhos não parecem realizáveis

De ANA a 14.01.2011 às 18:19

Os sonhos são sempre realizaveis. Dão trabalho é verdade.
Para mim é tudo uma questão de coragem e de sobretudo não ter medo. De nós. Das mudanças.
A proposito sabe qual é a frase mais escrita na Biblia? "Não temais". Está escrita 365 vezes. Curioso não?
P.S.Gosto muito do seu blog.

De gatinhafofa a 19.01.2011 às 20:27

há um sorteio no meu blogue http://coisinhassobresaude.blogs.sapo.pt vai ate la ver e por favor mesmo que nao participes divulga o passatempo nos teus blogues por favor. beijinhos,boa noite!!

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