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Quando comecei a lê-lo, não fui seduzida pela sua escrita. Porém, rapidamente, vi que era um grande grande escritor que valia o esforço de tentar compreender. Escreveu muito em poucos anos, porque soube guardar as memórias do que o tinha impressionado, memórias da infância e as outras.
Nos livros que nos deixou, estão os seus sonhos e é deles que podemos usufruir.
Insurgiu-se contra a desigualdade social, a falta de humanidade,
contra tudo que achou mal e o que todos nós achamos mal
sem que façamos seja o que for para o melhorar. Nem sequer gostamos de reflectir sobre o que, nas suas palavras, visa a dignificação do homem.
A sua dimensão como escritor universal permite-nos pensar que ajudará a construir um mundo BOM no sentido que a doutrina cristã e outras ensinam, mas que os cristãos esqueceram há muito. Será um mundo sem opressão, sem excessos de poder, sem o desassossego de que agora ele próprio se ressente e precisa para desassossegar os outros.
Era um homem bom, não era um santo.
Por isso, não gostamos de tudo que escreveu nem de tudo o que disse. Por que havíamos de gostar? Mas apreciamos a sua sensibilidade, a sua coragem, o seu extraordinário talento para ler, observar, para sonhar e passar à escrita numa nova língua os seus desejos de mundos melhores, pacíficos e luminosos. Amorosos.
Rendo também homenagem à sua mulher cuja atitude admiro desde há muito tempo e que me enlevou hoje durante as cerimónias fúnebres a que assisti de longe com muita emoção.
Quero referir agora e pedir que vão visitar PU-JIE no blogue http://puyibrother.blogspot.com/2010/06/if-only-closed-minds-came-with-closed.html para verem até onde pode levar a tacanhez e a maldade dos que se julgam bons. (Não são todos).
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