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"Ajudar os outros é o que me faz feliz", diz Sofia.
Quer ela dizer, é feliz ao proporcionar aos outros a possibilidade de serem felizes minimizando o seu sofrimento. Em relação às crianças, quer dar-lhes o que precisam para terem algum conforto não apenas em termos materiais mas em carinho e atenção.
O que a Sofia está a fazer é a apreciar mais os outros.
Tal como afirmou Matthieu Ricard na sua conferência no Porto, há alguns dias, o altruismo não é um luxo, mas uma necessidade em termos económicos, em termos de qualidade de vida, em termos de ambiente.
Sofia conseguiu cultivar e desenvolver em si o altruismo. Ela é exemplar nesse aspecto, e seria bom que desenvolvêssemos em nós qualidades compassivas semelhantes e que elas pudessem ser transferidas à sociedade e à cultura.
Porque é desejável que a cultura evolua para um altruismo mais evidente.
"As culturas evoluem mais rapidamente do que os genes", afirmou Ricard com convicção. As culturas têm evoluído, é possível.
Não creio que a Sofia seja generosa com o fim de ser considerada generosa: é que deste modo ela está de bem consigo e com os outros, e a contribuir para uma evolução no sentido desejável. O seu projecto recente é ir, pelo menos, um mês para África, aprender a ajudar junto dos que têm mais e maior carência.
E como, com todos os afazeres que tem, tem sempre tempo para mais algum, Sofia revelou-me mais uma actividade sua: dá aulas de pintura a crianças com o objectivo de desenvolver a sua criatividade e a elaboração do pensamento que muitas vezes não surge facilmente na expressão verbal, mas pode ser descoberto em trabalhos de representação como a pintura.
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