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O discurso de Obama ocupa o nosso pensamento

por Zilda Cardoso, em 20.12.09

 

Vivemos todos no mesmo planeta. Temos todos a mesma ascendência - a mesma árvore genealógica - não admira que sejamos tão parecidos uns com os outros. Todos cumprimos o mesmo ciclo de vida sem remissão – nascemos, crescemos, reproduzimo-nos (possivelmente) e morremos. E é isto a nossa vida.

Por que razão andamos permanentemente em lutas uns com os outros?

Será o conflito “uma dimensão constitutiva de toda a vida social”?

De vez em quando aparece alguém que diz: PÁREM! Não vêem que somos todos irmãos? E que vivemos todos na mesma aldeia?

E nós parámos por segundos e pensámos se esse terá razão.

Logo a seguir recomeçamos a nossa luta.

Porque, vemos que esse é um astuto trapaceiro, com interesses que não confessa e que o que ele disse alto e bom som que era azul é claramente vermelho. Sem sombra de dúvida: claramente vermelho.

A nossa é uma luta de todos contra todos. Como se fosse questão de sobrevivência e não tivéssemos área para os nossos objectozinhos. E para os nossos objectivozinhos. Como se o respirar dos outros poluísse o nosso ar e nos impedisse de respirar.

Aparentemente lutamos por espaço e queremos e precisamos de outros planetas para nos instalarmos à vontade. Este, velho, já não nos chega.

Às vezes penso que quem nos deu o ser e este espaço onde nos permite viver se esqueceu de alguns pormenores relevantes. Temos falhas. Porém, todos-por-igual têm essas lacunas. É a chamada natureza, a nossa natureza humana não homogénea, parecida com a natureza dos outros animais. Diferenciamo-nos deles pelo tamanho do nosso cérebro. Vimos sendo cada vez mais inteligentes e capazes de realizar e de inventar ideias… à medida do dilatar do nosso cérebro. Ele está já enorme e orgulhámo-nos disso com razão.

Todavia estou convencida de que apenas quando formos homo sapiens sapiens sapiens teremos alguma possibilidade de vivermos melhor em conjunto, porque então a nossa natureza será outra. Possivelmente menos belicosa. Mais compreensiva, mais cordata. Mais respeitosa, mais atenta ao que a rodeia e nos cerca. Mais responsável.

Lembrar-nos-emos com frequência dessa viagem de todos no mesmo barco frágil sobre um mar ora tempestuoso e escuro ora luzente de sol e tranquilo; e que devemos esforçar-nos em conjunto por chegar a bom porto, não sabemos bem onde ou... talvez saibamos.

Se formos inimigos entre nós e lutarmos com os companheiros, alguns irão à água antes do fim.

Será uma pena, já que provavelmente os que forem à água antes do tempo, pela violência dos outros, serão os melhores de nós.

Os que realizariam o que nós não soubemos realizar pois a sua massa cinzenta, desocupada de coisas proveitosas, teria encontrado invulgar espaço para se desenvolver.

 

 

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publicado às 17:01


9 comentários

De cabecilha flipado e companhia a 20.12.2009 às 20:07

independetemente do tema... cabe a mim dizer que em termos fotográficos notam-se as evoluções!! Parabéns :)

De Zilda Cardoso a 20.12.2009 às 20:12

Caramba, que grande elogio do fotógrafo! Obrigada.

De Marcolino - Passatempo a 21.12.2009 às 10:12

Olá, Zilda!

Desejo demonstra-lhe que sou fã das suas belissimas fotografias. A do Post anterior e esta, ambas tiradas na Foz, são um convite a uma excursão a esses sítios tão belos e tão serenos, quando não são invadidos pelas gentes citadinas que também os buscam para se exercitarem, em são convivio, fisicamente.

Já agora e como as nossas vidas se cruzaram por este local, onde nos ficamos a contactar virtualmente, sem nos conhecermos pessoalmente, aproveito enviar-lhe os meus sinceros votos de Boas Festas, extensiveis à sua familia!

Um abraço Amigo
Marcolino

De Zilda Cardoso a 21.12.2009 às 15:03

Muito obrigada. Desejo-lhe tb BOA SAUDE e se possível mudança do 2010 para melhor no nível pessoal, no nível social.
Boas imagens de um mundo bom.
Um abraço
Zilda C.

De Augusto Küttner de Magalhães a 21.12.2009 às 12:10

Claro que a fotografia é linda e o local, ainda mais. Entre a Foz Nova e a Velha!


Quanto a Obama, estou muito preocupado se não o deixam fazer o que quer e parece-me que está muito, muito complicado.

Não consegue criar a Saúde para TODOS no EUA dado continuarem a haver muitos, muitos interesses internos a travar-lhe o bom caminho.MONEY ALWAYS MONEY!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Externamente, não está a conseguir pacificar o Irão, para pacificar o Médio Oriente, ou o inverso, como melhor se quiser entender.
Acho que é o unico político que iria ser capaz de o fazer, mas acho que está a não conseguir.
Acho que estou enganado......ESPERO!!!!!!!!!!!!!!

De Zilda Cardoso a 21.12.2009 às 15:05

Desejo-lhe e a toda a família um próximo ano sem preocupações. E SEM RAZÃO PARA PREOCUPAÇÕES.
UM ABRAÇO
Zilda C.

De Augusto Küttner de Magalhães a 22.12.2009 às 09:12

Muito e Muito Obrigado Zilda e o mesmo para Si e Família. Obigado.

Sabe que, como o Obama parece - apesar de alguns pequenos detalhes ...- ter conseguido ganhar no Plano de Saúde para oe EUA, é uma vitória. Se conseguir mais umas pequenas vitórias, está cumprido parte do prometido....e é muito bom.

Tudo de bom Zilda.

um forte e amigo abraço do

Augusto

De Maria Helena P. Ribeiro a 21.12.2009 às 22:02

“Ainda que os montes sejam abalados e tremam as colinas, o meu amor por ti nunca mais será abalado, e a minha aliança de paz nunca mais vacilará. Quem o diz é o Senhor, que tanto te ama.” (Profecia de Isaías 54, 10).

Querida Zilda, que os afectos sejam alianças de paz renovadas, nesta visita do Menino Jesus.

Os meus votos são, também, para as visitas habituais desta sua sala :-))

Um abraço.

De Zilda Cardoso a 22.12.2009 às 08:09

Agradeço por mim e pelos meus amigos, comentadores e visitantes habituais deste espaço. Todos numa só voz retribuímos os seus amáveis desejos.

"... o meu amor por ti nunca mais será abalado".

Nunca mais, querida Maria Helena.

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