O mundo acende-se devagarinho todas as manhãs e eu estou aqui, lá, em qualquer lugar, a assistir. Quero estar a assistir num espaço tanto quanto possível aberto, não me permito perder pitada de um acontecimento maravilhoso que acho por de mais tão imaginativo!
Quem se lembraria de montar um espectáculo destes?
De tantas em tantas horas tudo se renova. E de tantos em tantos dias, e de tantos em tantos meses, há novas inovações com parecenças e diferenças. Mesmo em cada segundo, em cada microsegundo ou num tempo que não sei medir, há evolução num qualquer sentido.
Tudo segundo um esquema que aparentemente foi estabelecido para se repetir por milhões de anos.
Que sei eu? Não sei, claro que não sei se por biliões, se por triliões…
Ou se tudo isso cabe na nossa aptidão para recolha de informação quanto mais na nossa possibilidade de entendimento.
Poderá haver outra unidade de tempo, ou não haver unidade de tempo nenhuma; pode não haver tempo ou não haver tempo contável, e apenas a nossa e minha pequenez possa supor isso.
Teremos um princípio de capacidade de entendimento e julgamos ter muita. Pensamo-nos os melhores e nem percebemos como TUDO ISTO QUE É BÁSICO aconteceu, como está a acontecer, como vai acontecer o quê.
Andámos por aí aos brados contra corrupção desenfreada, consumo vertiginoso, alterações climáticas desrespeitosas; ofendemo-nos com políticas desumanas... (na verdade, cogitamos na possibilidade de sermos ainda humanos) e deixamos por resolver aquele transcendente problema.
Em que estarão os sábios a pensar? E os outros?