Todas as culturas têm o seu conjunto de mitos que são histórias baseadas em tradições e lendas e pensadas para explicar a criação do mundo ou quaisquer acontecimentos para que se não encontra explicação lógica. Quase sempre envolvem uma divindade, mas podem ser simples lendas que passaram de geração em geração oralmente.
Todos os sistemas religiosos são constituídos por mitos e crenças aceites como verdades pelos crentes. Por isso, consideram ofensivo chamar mitos aos textos que eles têm como contendo verdades inspiradas por Deus. São textos sagrados que revelam “verdades fundamentais e pensamentos sobre a natureza humana através do uso de arquétipos”.
Podemos falar de mitologia grega, romana, judaica, cristã, escandinava, islâmica … sem nos referirmos à verdade das histórias, de qualquer uma das histórias, e considerar que têm “profunda explicação simbólica”.
A mitologia sobrevive no mundo moderno através de sistemas de códigos persuasivos transmitidos e adoptados como modelos - no cinema, na publicidade, na televisão…
Estes mitos quebraram as explicações tradicionais acerca da criação do mundo e dos acontecimentos estranhos por força de saberes entretanto adquiridos, mas não despedaçaram a tradição dos mitos como histórias explicativas. São soluções rápidas e não comprometedoras, mas reparadoras de angústias… por um tempo.
Se as explicações necessárias para a compreensão de acontecimentos inacreditáveis não passassem hoje tão rapidamente de mitos a verdades científicas e destas a mentiras científicas e depois a coisa nenhuma, valia a pena escrever novos textos, reuni-los em qualquer forma de livro, considerá-los sagrados e divulgá-los como tal.
Porém, com a actual celeridade das descobertas em todos os domínios, seria por um tempo muito curto.
“O mito não resiste à história”, diz R. Barthes que estudou os muito diversos mitos contemporâneos. Porque amanhã é outra coisa.
Assim será.
(ver Internet - mitologias)