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Tapadas e Jardins

por Zilda Cardoso, em 12.10.09
 
Há dias em Lisboa, percorri parques, praças e ruas, andei cheirando alegremente por lá; por momentos pensei que eles têm jardins muito mais bonitos, mas na verdade não é isso que importa. Estes existem e podemos vê-los e gozá-los, pertencem a todos - lisboetas, portugueses, europeus… Os jardins são universais.
  
Verifiquei se estavam lá, que tal o estado de saúde de árvores e pavimentos e lagos, cores e perfumes e patos-reais (para mim, são todos reais). Divertem-me tanto, mas são tão rápidos que, por mais tentativas, não consigo apanhar a submersão deles em tempo real. Eles são assim daqueles seres que apenas necessitavam de tocar a superfície do mundo para me deixarem encantada. No entanto, vão muito além da superfície ou aquém: mergulham.  
 
 

Foi na Tapada das Necessidades, onde os pavimentos estão sem conserto e dificultam o passear. Porém, garante-nos um cartaz, e eu acredito neles ali tão bem postos, que tudo vai ser refeito em Setembro, que já era, sem ter terminado.

 
Vi uma árvore exibindo flores esplêndidas, maduras e doces de fim de Verão. Era num outro jardim, em frente, ao fundo o rio e a ponte… o céu tranquilo e azul acima de tudo, lá onde não sinto a pressão da cidade, a sua vida e o movimento sem termo, só música segredando segredos.

Fiquei fascinada e queria mostrá-la. Vou mostrá-la apesar da maldade da fotografia.

Vejam outra, de mais perto, sei que há alguém que me vai dizer o nome dela, o nome de qualquer ser é importante para classificação e para agrupar.

 
 
Há muitas em Lisboa da mesma família, com aquele porte.
E, lá estou eu de novo a comparar - não me recordo de as ver no Porto, provavelmente não se adaptam ao clima não-sofisticado, rude mesmo, ou a cor da rosa, intensa, é considerada mais apropriada para cidades joviais e modernas.  Que usam batom e brilho. Silicones e essas coisas.
 

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publicado às 17:30


12 comentários

De Marcolino a 12.10.2009 às 19:29

Olá, Zilda!
É bom, benéfico, quando mudamos de ares, sentirmo-nos rejuvenescidos.
Boa semana
Marcolino

De Zilda Cardoso a 14.10.2009 às 13:21

Devia frequentar jardins que são "pequenas tentativas de paz" e de ordenação da desordem. Num pequeno espaço como o do jardim, podemos fazer muitas coisas importantes: sonhar por exemplo.

De CC a 13.10.2009 às 20:56

Zilda,

Não temos àrvores sofisticadas mas temos as nossas camélias, de pétalas singelas mas muito bonitas.

Um beijinho.

De Zilda Cardoso a 13.10.2009 às 22:29

Ainda bem que se lembrou das camélias! São lindíssimas e muito apropriadas aos jardins do Norte.
Deixamos que ELES as vejam e admirem quando vierem ao Porto?! Que acha?

De Zilda Cardoso a 23.10.2009 às 13:36

Espero que possa ver este comentário, querida amiga. É a propósito do Mil Razões... 1ª perdi o convite, literalmente. Hoje que o encontrei por milagre... não consigo enviar a m/resposta. Há muitos mistérios que continuarão e perturbar-me, até que resolva ter umas lições de informática.
Dizia na m/mensagem que não podia aceitar, agradecendo no entanto a s/amabilidade. Espero que me perdoe. Envio um gramde e carinhoso abraço ZC

De CC a 24.10.2009 às 23:34

Zilda,

Só agora consultei os blogs e vi o seu comentário. Tenho andado um pouquinho pressionada e neste momento, terminado mais um simpósio, ainda estou a descomprimir.

Que pena não poder estar presente. Houve paineis muito interessantes e muito bem tratados...

Um bjnh

De Zilda Cardoso a 25.10.2009 às 07:19

Tenho a certeza que sim, MIL RAZÕES é uma ORGANIZAÇÃO EXEMPLAR de que o blogue nos dá conta. Vale a pena visitá-lo, tomar conhecimento, divulgar, apoiar.
As pessoas que dirigem e colaboram são tão conhecedoras e estão tão empenhadas num trabalho que é um serviço à comunidade e a cada um que precisa e as procura... que eu não tenho dúvida de que serão sempre bem sucedidas.
Obrigada a todos.

De CC a 15.10.2009 às 21:54

Zilda,

Acho que se forem observadores vão reparar nas nossas camélias e se admirarem o belo vão ficar surpreendidos...

Bjnh

De Patricia Baetsle a 23.10.2009 às 11:40

Como a Zilda, adoro jardins e tapadas e conheço alguns dos sítios por onde andou. A árvore com as flores cor-de-rosa choque que deslumbra sempre o Outono em Lisboa e que capta a atenção de muitos, em Inglês chama-se "Kapoc tree". É uma árvora que conheci pela primeira vez na Madeira, uma vez que esta espécie só cresce em sítios "exóticos" (como Lisboa...). A seda que ela produz era utilizada para o recheio de almofadas e colchões.
Para mim, ela significa o verão a despedir-se de nós com a sua força mais intensa.

De Zilda Cardoso a 23.10.2009 às 13:45

Muito obrigada pelo s/comentário e pela informação. Tinha a certeza de que alguém que me lesse saberia o nome daquela árvore. Já procurei no m/dicionário que me diz que é uma paineira. Felizmente a árvore é muito mais bonita do que o nome em português. Acontece.
Até à próxima, um abraço.
ZC

De Maria José Rebelo a 27.03.2014 às 16:40

Boa tarde
Essa árvore que floresce em Outubro designa-se paineira-barriguda (Chorisia crispiflora). É verdadeiramente muito bela.
Fui no domingo passado 23 de março de 2014 ao jardim da Tapada das Necessidades e está muito bem arranjado. Vale a pena voltar lá agora. Pode ver as fotos do grupo Passeios por Lisboa no Centro Cultural da Ponte https://plus.google.com/photos/101887443338939050681/albums/5994053825357596337?banner=pwa&authkey=CNGIy46Qze3I7QE
Cumprimentos Maria José Rebelo

De Zilda Cardoso a 28.03.2014 às 09:42

Muito obrigada. Isto foi escrito há tanto tempo que já me não recordava. Obrigada pela informação. Qualquer dia volto lá. De facto, adoro essas árvores- paineira barriguda. O grupo deve estar a fazer passeios muito bonitos. Mas eu moro no Porto e só por acaso posso ir.
Estive a ver as fotos a partir do link que me envia. Ainda obrigada.

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