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ENSINAMENTOS BUDISTAS

por Zilda Cardoso, em 30.09.09

 

Fui ouvir os ensinamentos de Jigme Khyentse Rinpoche. Admirei a forma como iniciou a sua palestra: contou como tudo começou para o budismo. Não vi logo qual a intenção, toda a gente conhece a história do príncipe que quis sair do palácio e observar o mundo. Para quê repeti-la?
Logo a seguir, pensei que melhor e mais inteligente maneira de principiar um ensinamento?  Do princípio do princípio?
Jigme Khyentse contou histórias simples, pequenos exemplos de vida de todos os dias de todos nós. A história do sapato que alguém enterrou em porcaria de cão ao passar no passeio, provavelmente aqui na Foz, não será facilmente esquecida. O sapato ficou sujo e malcheiroso e... 
Vai esse alguém ficar a sofrer o aborrecimento e o mau cheiro do sapato, levá-lo assim para casa, contar aos amigos a ineficácia dos serviços públicos de limpeza, queixar-se aos próprios serviços, aos superiores hierárquicos, talvez falar para os jornais?
Ou vai tirar o sapato e lavá-lo na primeira torneira que encontrar? E se restar algum cheiro quando chegar a casa, vai escovar e lavar até tudo estar como era?
Talvez devamos fazer uma reflexão sobre o modo como posso evitar que o caso se repita, no caso de ser este o meu caso. Devo deixar de passar por aquele sítio? Posso passar, mas a olhar para o chão para ver bem onde ponho os pés, como os meus pais sempre me aconselharam? Devo pedir aos donos dos cães para utilizarem os sacos de plástico apropriados para a recolha dos dejectos?
O que devo realmente fazer para evitar o meu sofrimento?
Percebi que devo lavar o sapato, em primeiro lugar, lavar bem. E talvez seja boa ideia passar a usar sapatos com as solas muito lisas para ter menos trabalho com a limpeza.
Como gosto de passear naquele sítio e olhar para as árvores e para os pássaros e para as nuvens, vai-me ser difícil olhar ao mesmo tempo para o chão.  
Talvez deva procurar nova solução para evitar o meu sofrimento? E o dos outros? Devo preocupar-me com isso? Ter compaixão?
Ou cada um deve resolver os seus próprios problemas sem precisar de Governo nem de Presidente?
Isso seria para todos nós um grande alívio, neste momento.

 

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publicado às 19:37


6 comentários

De Augusto Küttner de Magalhães a 30.09.2009 às 21:34

Sendo totalmente exequível era, seria, ouro sobre azul, mas....sonhemos a little, essencialmente neste momento:

“Ou cada um deve resolver os seus próprios problemas sem precisar de Governo nem de Presidente?
Isso seria para todos nós um grande alívio, neste momento.”

De viguilherme a 01.10.2009 às 09:44

"...do príncípio do princípio"....também senti que é importante lembrar e tornar a lembrar o princípio do princípio das coisas ,é como prestar homenagem aquem vem criando ao longo de seculos a Vida ,o Equilibrio ,a Harmonia neste Universo /Terra .....é não esquecer a História das historias ....é tomar conhecimento do Bem e do Mal e aprender a viver nesses dois mundos ........palavras sabias foram ditas com a humildade de quem venera seus Ancestrais e seus Mestres e os transporta consigo ........Há sempre alguém que vê por dentro e mais além .........

Bem Haja .....

De conceição a 01.10.2009 às 15:32

gostei de ler o post_
talvez queira votar nesta casa portuguesa

http://blogconceicao.blogspot.com/2009/10/casapt.html

De Zilda Cardoso a 01.10.2009 às 20:53

estive a ver o s/blog, a casa agrada-me claro, mas não percebi como votar, so sorry
agradeço o s/comentário

De conceição a 02.10.2009 às 09:24

aqui vai o link -vote na casa q gosta: Votem em Portugal para ganharmos o People's Prize em

http//www.guggenheim.org/new-york/education/sackler-center/design-it-shelter/vote-for-shelters

Trata-se de um abrigo -que reproduzimos acima - feito em cortiça e que se encontra em terceiro lugar. Vão lá e apoiem o nosso país. Não custa nada!
H.S.C

De Zilda Cardoso a 02.10.2009 às 10:01

Já votei com muito prazer. As casas são interessantíssimas mas a casa finalista em Setúbal vai muito à frente de qualquer outra. Vai ganhar!

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