Olá, Zilda!
Hoje é um dia particularmente feliz para mim: O meu irmão mais novo perfaz 61 anos de Vida! Ficou em Angola, nossa terra natal. Todos os fins de semana conversamos pelo Skype a dar noticias, um do outro. Hoje, às 06.30 da manhã, de Portugal, telefonei-lhe a dar-lhe aquele abração, e ficamos de lágrimas nos olhos, como sempre nos acontece. Fomos, e continuaremos a ser, muitissimo cumplices. É mais novo que eu 6 anos.
Este seu Post tem duas fotografias lindissimas! Adoro árvores, e estas são de rara beleza! Parabens, Zilda!
Nunca fui pessoa de rotinas; fui sempre mais criativo do que homem de rotinas porque, a rotina, enfada-me, adormece-me os sentidos, deixo de me sentir gente!
Para fugir à rotina, quando saio à rua, seja para o que fôr, levo sempre comigo, a minha pequena máquina digital. Há sempre algo diferente em qualquer dos caminhos que tenha de percorrer.
Em casa, e fora dela, as minhas tarefas diárias nunca cairam na rotina. Executo-as, nem sempre iniciando o trabalho pela mesma.
É como no Amor, deixá-lo rotinar é permitir-lhe a morte-lenta. O mesmo se aplica para a Amizade, quer seja antiga, quer seja recente. Em ambos os sentimentos há sempre algo de nôvo que ainda não se tinha revelado, por qualquer motivo!
Televisão..., ainda não me prende em casa, ou num Lar de Velhos, porque ainda posso locomover-me. Há programas que os gravo para, no dia seguinte ou 2 dias depois, ver se têm alguma coisa para apreender.
Escrever, para os meus 5 sentidos, é o meu anti-culto, às rotinas adormecentes. O Cérebro trabalha. Memorizar qualquer coisa, fui sempre demasiado selectivo. Memorizo aquilo que me convém por ter algum interêsse, a meu ver. De resto, cansar os neurónios com coisas de somenos, nunca foi o meu forte!
Aprender, faço-o diáriamente! Se Deus mo permitir, até morrer!
Alma sã em corpo são, foi o que me ensinaram desde nené! Nunca me dei mal com isto.
Aflige-me, ver pessoas mais novas, ou da minha idade, ou ainda as mais velhas, permitirem que as células dos seus cérebos fossilizem...
Um dia muito feliz para si, Zilda!
Olá, Zilda!
Vida exemplar, tem-na, cada um de nós, que por aqui aparece, a conviver, pela escrita. Sem nos conhecermos pessoalmente, tornámo-nos personagens de um enorme Livro, sem fim à vista, que se iniciou com quem diz um, "olá, bom-dia", cuja Autora é a Zilda, que o sabe dosear com muitos Afectos e muita Inteligência!
Todos temos as nossas vivências individuais. Se não tivermos medinhos, nem falsos pudores, de nos dar a conhecer, então as nossas Vidas serão exemplares tal-qualmente cada impressão digital, de cada dedo das nossas mãos, um por um desigual, com funções de preensão iguais, consoante as mãos a que pertencem.
Todos desiguais nos nossos exteriores, todos Humanos, plenos de Afectos, no conteúdo colectivo.
A todos nós a Vida no Sorri, se não desejarmos, individualmente, comparar-nos com os que nos rodeiam, classifica-los, segundo os nossos malévolos critérios, de melhores ou piores que nós!
Ah..., diz um de nós, mas eu fiquei sem um braço, e logo aquele, que mais adestrado estava, para o meu dia-a-dia!
Pergunto: - Cadê o outro?!
Pois..., o outro, o tal que também deveria estar adestrado mas, por erros culturais/educacionais, só um é que foi ensinado.
Citando-a: «Tenho boa saude, filhos e netos optimos e sei que não tenho direito a qualquer queixa.»
Êsse «direito», que tão bem descreve, deixa de existir no precioso momento em que a ensinarem a satisfazer-se com tudo aquilo que tem, sem necessidade de pontos de referência exteriores, olhados ou mesmo lidos!
Zilda, quantos de nós reprime o sorriso, o riso e umas salutares gargalhadas, porque nos obrigaram a ser contidos?!
Olhe, Zilda, quando me dá para rir, faço-o até estando sózinho em casa, às vezes com um engano meu, outras, por andar com os óculos postos a ver se os encontro e, sem querer, olho o espelho, desato arir à gargalhada, porque eles ali estão, mesmo à minha frente, a lhar para mim, fazendo ninho na minha narigueta. Quantas, mas quantas vezes o riso se me solta quando estou a descrever uma dada situação.
Mas deixar soltar as lágrimas, assim como soltamos o riso, e as gargalhadas, também é muito salutar, porque nós, os humanos, machos e fêmeas, não somos de ferro. Há que soltar as emoções, quantas e quantas vezes, escondidas, no malévolo Inconsciênte, Morgue, dos sentimentos/afectos mortos-vivos, quiçá alguns nado-mortos que, ora acordam, ora voltam à sua letargia, com o seu próprio e invisivel pêso que, multiplicado por dias, mêses e anos, nos darão muitissimo mau viver!
Por isto mesmo, somos todos, personagens com vida própria mas, isentas de privilégieos...
Ajudar a Comunidade..., tem toda a razão!
A Familia é uma Comunidade! Mas uma Comunidade de Afectos, de Partilha, de Amor Fraternal Universal. Cada membro, mesmo que seja apenas o casal, sem descendencia, por qualquer motivo, mas sem complexos..., é a Célula Multiplicadora dos Afectos, da Partilha, do Amor Fraternal Universal, entre ambos, com fortes emanações, naturalmente naturais, dessa trilogia, à sua volta.
Ajudas à Comunidade? Iniciemo-la pela Comunidade Familia...! O resto, virá por acréscimo!
Ainda continuo inserido no grupo dos Visitadores Voluntários. Já não vou tão assiduamente como ía anteriormente. Mas uma coisa pode crer: Fomos todos muito mal educadinhos, Vivos e Moribundos, mas tenho muitissima Fé, estou convicto, de que os Seres Humanos irão ser muito mais Humanizadores, relegando, para um infimo plano, o chamado Consumismo, fazendo vir à tona os Afectos, que são a Mola Real deste seu Cantinho, tão Nobre e tão Inteligente!
Ufa...! isto é que foi dedilhar no teclado...!
Perdoem-me, por vezes, ser extenso em demasia!
Uma noite muito tranquila para si, Zilda!
Marcolino