O fio de Ariadne, Zilda Cardoso

Continuando seu escrito e pensamento ,direi que quando se festeja e se celebram festas ligadas a mitos e lendas que se mantêm pela tradição os participantes na festa ,tornam-se contemporâneos do acontecimento mítico ,ou seja "saem "do seu tempo histórico e reunem-se no tempo primordial que é sempre o mesmo ,que pertence á eternidade ......

É sempre um prazer ler seus escritos pelo devaneio e sonho a que conduz ....é uma luz macia e coada por varios filtros .......

Muito obrigada, Viguilherme. Eu e todos os que participam comigo na festa são contemporâneos dos deuses e vivem simbolicamente o acontecimento na sua origem.
Talvez eu tenha a nostalgia da perfeição do começo, daquele tempo em que a obra divina foi realizada. Fico feliz ao pensar que posso voltar a ela, a essa perfeição, e regressar à presença "deles" - basta-me fazer os gestos rituais e tudo acontece de novo.
Para mim, é nas primeiras horas da manhã que me encontro bem, nesse tempo que "não decorre", que é indestrutível.

Muito bonito este texto !!!
Convidativo também.
Sou uma dorminhoca que nunca fez essa experiência e nunca a imaginara como um vestibulo do sagrado e do reencontro...

Que bom haver quem sabe pôr em palavras o que, em todos, muitas vezes não é mais que intuição, sensação, vazio e desejo ...

Um abraço

Mais um excelente post. A vida, traz-nos algumas partidas, mas por vezes alguns bons momentos, de Paz. Hoje andei numa de levanta cedo, escreve, deita, e escreve. Entretanto fomos agradavelmente dar uma volta e tomar um café, m/ mulher e eu. Ao fim do dia estive um boacadinho muito bom, com o meu filho e a namorada, e agora estou aqui, com a companhia da m/ mulher, e com o computador à frente. Não gosto, lá muito de televisão. Ouvi o MRS, li o Público, ontem o Expresso - sempre! A m/ mulher quis ver a Grande Reportagem da SIC, muito boa, forma e conteudo!Estou junto da varanda, como nos mudámos há poucos meses não temos cortinas nas janelas - ainda - estou quase -mesmo - nos 60 mas parece coisa de jovens, mas dá um certo gozo. O apartamento é um bocadinho elevado e ficando aqui no Porto, fica na rota de alguns aviões que vão para o Aeroporto Sá Carneiro - aquele que se espera seja destacado da ANA e entregue a independentes - e os aviões ao irem para o mesmo parece que de repente caem no horizonte....!Estou a ver um, já leva o trem de aterragem de fora! note-se que estou mais perto da rotunda da Boavista que de outro sitio, mas dá para ver ao lnge. Anterirmente , vivi mais de 58 anos num res-do chão!!!Mas a Vida, tem que nos fazer estar vivos! A Zilda aqui há dias, neste seu espaço, tão confortável,aconselhou-me a ser menos pessimista! Já fui muito mais, mas ainda posso melhorar! Obrigado por este seu espaço...

Que maravilha, Zilda. Sempre uma escrita inspirada e inspiradora... gosto especialmente do 'eterno presente', deste 'aqui e agora' tão celebrado na literatura , na poesia e no cinema mas nem sempre na vida que vivemos no dia-a-dia. Obrigada pelo prazer que acrescenta às leituras na blogosfera . E pela partilha das emoções e sentimentos primordiais mas tão actuais. Tenho imensas saudades sua mas estou finalmente a retomar a normalidade. E as rotinas... Abraço enorme, de Lisboa ao Porto (ida e volta!)

Sabe tão bem (e recordo-o com saudade...) acordar enquanto o mundo ainda está a despertar, sentar-me cá fora na varanda a observar o nascer do sol por entre os montes! Fiz-lo variadas vezes quando era miúda , agora observo o nascer do sol todos os dias quando saio do comboio e faço a minha caminhada matinal até ao emprego. Sabe tão bem o ar fresco da manha, o ouvir cantar dos passaritos atrevidos que vão saltitando de galho em galho pelas árvores do caminho. Sabe bem poder aproveitar um bocadinho da pouca natureza ainda existente numa grande cidade...

Um beijo amigo, Sara

Olá, boa Amiga, Zilda!

Não tenho estado por Lisboa. Estou em Albufeira a passar uns dias, na companhia de alguém que muito amo: A minha filhota mais nova, a que é médica! Penso regressar a minha casa, ainda esta semana.

Texto maravilhoso, acompanhado por duas fotos lindissimas com motivos diferentes. A da alvorada está lindissima. É daquelas fotografias raras de se apanhar, pois cada alvorada, sua tonalidade. Diz quem tem por hábito, desde que me conheço, levantar por volta das 5 e 30 da manhã.

Boa e santa noite!

Tenho vindo aqui em silêncio, mas gosto muito de a ler .Há sempre uma entrega da sua sensibilidade, no modo como descreve tudo .Este post está excelente e consegui reviver aqui o que é despertar com a Natureza.
Um abraço com o meu obrigada pela partilha

Zilda, acredita que o seu belíssimo post me parecia a descrição do que sinto quando, diariamente, entro em comunhão com o meu amigo pinheiro?O que mora aqui, pertinho do Centro Paroquial e do Centro de Juventude? Não coincidem os horários. O meu amanhecer é cheio de urgências, latidos, miados, arrulhos... mas a experiência, em si, é tão semelhante que me comoveu.
Obrigada e um abraço.

E agora, porque o seu blog é mesmo luminoso como uma janela aberta à primavera, nomeei-o no http://premiosemedalhas.blogs.sapo.pt/ .
Um abraço :)