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Hungria exemplar: agora somos todos europeus

por Zilda Cardoso, em 15.06.09

(Uma memória)

Há dias, estávamos na Hungria com o exército totalmente destroçado.

A Casa de Habsburgo, por virtude de acordos e casamentos, recebeu a coroa da Hungria em 1526 e manteve-a até ao final da 2ª Grande Guerra. Mas o sul do país tinha sido conquistado pelos turcos que continuaram até 1556 a sua expansão para norte.  

Quando tomaram a capital, a Hungria ficou dividido em três:

1º- a Hungria Real constituída pelas actuais Eslováquia, Transdanúbia Ocidental, Burgenland, Croácia Ocidental e parte do Nordeste Húngaro que passou a ser uma fracção do Império de Habsburgo;

2º - a Transilvânia que ficou independente, um principado, mas vassala dos turcos;

3º - o Centro da Hungria, o que é hoje a República da Hungria, com a capital Buda, que permaneceu província do Império Otomano.

Surgiu uma questão muito importante: o território húngaro tornou-se lugar de múltiplas religiões. De resto, nunca houve apenas um culto religioso. A Transilvânia tornou-se calvinista, o fragmento pertencente aos Habsburgos era cristão e contra-reformista, havia muitos judeus nas cidades e no território ocupado pelos otomanos instalaram-se numerosos muçulmanos.

Porém, entre 1686 e 1699, forças cristãs chefiadas pela Áustria reconquistaram a Hungria para os cristãos, de modo que em 1716 não havia turcos no reino da Hungria.

Bratislava, presentemente na Eslováquia, tinha-se tornado a capital do que restou do reino durante a ocupação turca e depois até 1784 foi o lugar da coroação dos reis húngaros e sede da Dieta Húngara. Entretanto houve rebeliões contra os Habsburgos e contra os católicos, a última organizada por Francisco II, escolhido pelo povo como futuro rei da Hungria independente. A revolta foi esmagada e muitos castelos demolidos pelos austríacos.

O século XVIII foi de reconstrução e as áreas devastadas foram repovoadas com imigrantes da Áustria e da Alemanha, das actuais Eslováquia e Roménia e da Sérvia.

Acho que a Hungria foi permanentemente retalhada e reconstruída, reconstruída e retalhada e os territórios jogados, sucessivamente ganhos por uns e por outros, perdidos por alguns e por todos, como se os territórios não fossem habitados por povos, por pessoas, mas por dados. Ou por pedaços de papel lustroso, como nos mapas, com formas estranhas e cores e recortes e relevos que os tornam atraentes e desejados. Ou como se uma pessoa que hoje é húngara e amanhã é alemã, e depois é checa ou romena, volta a ser húngara ou croata e depois turca… pudesse viver bem com isso, alegremente, como se nada se passasse e pudesse não sofrer as deploráveis consequências.

Estamos no presente no bom caminho - somos todos europeus e amigos, os europeus, povos sem fronteiras e com interesses comuns, mesmo que com culturas e línguas diferentes, e circunstâncias e histórias de vida e educação distintas. Não vamos nunca mais guerrear-nos.

Assim nós queiramos.

(Informações sobre a história da Hungria colhidas na Internet e na obra Mil Ans d’Histoire Hongroise, editada por István Tóth)

 

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publicado às 18:05


12 comentários

De Augusto Küttner de Magalhães a 17.06.2009 às 10:31

Zilda Cardoso. Parabens novamente! Uma excelente análise da tal Hungria que vai dar origem ao tal livro! Muito bom.
Não foi só a Hungria que foi permanentemente retalhada, toda aquela zona sempre o tem sido. E vejam-se os Estados que estão a surgir da antiga URSS. E veja-se a forma como nós, não sabemos construir uma verdadeira Europa Unida, neste momento tão importante, quando a unidade Europeia seria tão necessária! Cada país sem perder a sua identidade devia contribuir para um todo único, por forma a sermos "ainda" uma "força" mundial. Se o não conseguirmos fazer, vão consegui-lo o Brasil, a Rússia, o Japão, a China, A India (os tais BRIC) E NÓS VAMOS FICANDO A ESVANECERMO-NOS...claro que os EUA, serão sempre uma potência mundialque já talvez não a unica e a primeira!MAS VENHAM MAIS HISTÓRIA SOBRE A hUNGRIA!

De Augusto Küttner de Magalhães a 17.06.2009 às 23:11

Ao falar-se na Hungria, indo pel >Republica Checa, fazendo esse percurso, com novos países que foram aderindo à UE, chegamos à Turquia, e dá que pensar se deve ou não entrar para a UE, ou ficar só com um relacionamento previligiado, mas do lado de lá, para abarreira, ser até ali!!!Caso contrário a barreira, com a Turquia dentro fica mais distante e perdemos a noção até onde vai a UE, ...

De Augusto Küttner de Magalhães a 18.06.2009 às 17:53

Talvez seja despropositado mas “viajando” mundo fora e saindo do nosso umbigo, julgo ser da máxima conveniência irmos acompanhando o que se passou nas últimas eleições no Irão, em que foi cozinhado um vencedor, quando o verdadeiro vencedor seria uma mais-valia para o Mundo. As eleições no Líbano, onde venceu democraticamente uma corrente moderada, não pró-Irão vencido cozinhado!!!! Estes problemas geopolíticos são cada vez mais necessários serem bem entendidos, para nos ser possível ver ou indo antevendo a evolução mundial. Bem como entender qual o motivo pelo qual Obama e bem quer sair do Iraque, onde lá foi “metido” por Bush, e qual o motivo que o não deixa sair do Afeganistão! E qual a necesidade de pedir auxilio a uma Europa a 27 vozes para o ajudar!!! Penso que são temas a irmos pensando e mais tentando aprender e apreender!

De Marcolino Duarte Osorio a 18.06.2009 às 23:26

Olá, boa noite, Zilda!

Li o seu texto. Se lhe desse a saber que gosto, ou que não gosto: Mentia-lhe porque fiquei cjeio de dúvidas!

Na minha santissima ignorância, porque, além de outras disciplinas, poucas, graças a Deus, A História Universal, foi sempre uma canseira para a minha má-vontade, nas artes de decorar, porque a isso fui induzido, pelo meu desinteresse em cartas disciplinas, matérias ou mesmo temas!

Pergunto apenas: O Império Austro-Hungaro, onde fica no meio desta sua explanação.

Para si, Zilda, poderá ser abominável esta minha pergunta, mas, para mim é sincera, e ingénua, de quem não sabe nada de história!

Noite tranquilona!

De Augusto Küttner de Magalhães a 19.06.2009 às 09:46

Como é evidente quem sabe é a Zilda!
Mas aconselho-o, sem ser com a maçadoria de aprender história como aprendemos quando estudávamos, ir agora levemente olhando para todas aquelas alteralões - destes ultimos anos - na EUROPA cENTRAL, NOMEADAMENTE DEPOIS DO FIM DA urs, E VER TANTO PAÍS RECENTE, ENTALADO, ALGUNS SEM SAÍDAS MARITIMAS, E VER O QUE PODE VIR A ACONTECER..

De Marcolino Duarte Osorio a 20.06.2009 às 09:56

Olá, Estimado Augusto!

Um exclamativo e belo Bom-Dia dirigido à sua pessoa!

Por aqui, Lisboa, neste preciso momento, 09:34 de 20 de Junho de 2009, o meu termómetro electrónico, colocado na parte mais fresca deste meu apartamento, marca, a exagerada temperatura, de 29.2ºC. Incomodativo sim porque, o i índice de humidade, está demasiado baixo!

Este computador pessoal, de onde estou a escrever, este pequenissimo texto para si, é o chamado computador de secretéria, devido às suas dimensões.

É um computador novo! Adquiri, durante alguns mêses, peça a peça, Motherboard, Processador de última geração, 4Gigas de memórias RAM, Disco Rigido de 1TB, aproveitando, do anterior, a caixa, o transformador interno, sistema de arrefecimento extra, Monitor, entradas USB, e outras, Placa de Vídeo, e leitor gravador de CD/DVD.

Feitas as contas, fiquei a lucrar de duas formas:

1 - Custos: Ficou-me por cerca de 1/3 do valor dos existentes no mercado com as mesmas caracteristicas, e peças das mesmas marcas, dos topo de gama que se vendem nas melhres casas da especialidade.

2 - Passatempo: Ocupei, durante estes mêses, o meu cérebro, com coisas, que considero importantes, segundo a minha maneira de ver, ser, e estar na vida!

Por outro lado, estas Novas Tecnologias, que ainda assustam dezenas de milhar de seres humanos, durante 3 vezes por semana, dou aulas gratuitamente, a certas e determinadas pessoas, principalmente aos da mesma idade e aos mais velhos que eu, que sentem necessidade, não só de aprender, coisas novas, mas também de dedilhar os teclados, para ocuparem, da melhor forma, no máximo, uma horita diária, os seus tempos livres, sem se deixarem escravizar, por estas caixinhas mágicas.

Quando têm dúvidas, jamais lhes digo para irem, aqui , ali, ou acolá, aprender e apreender, seja o que fôr. Desço do meu Pedestal de Sabedoria, visto a Têmpera da Humildade e, por meio de palavras simples e acessiveis, explico-lhes todas e quaisquer dúvidas, que possam ter e sentir, nunca por nunca, os fazendo sentir inferiorizados, quiçá "burros". Pelo contrário, fazer-lhes renascer aquela sã satisfação de que aprenderam uma coisa nova, uma coisa útil, uma coisa que lhes parecia inacessivel.

Aos 4 anos, minha filhota mais novita, desejou aprender a lidar com o meu computador Sneider, AT 286, com 1 mega de RAM, disco rigido de 10 Megas e uma velocidade de precessamento de 7 MHZ, ainda equipado com o antigo sistema operatido DOS, onde, em casa, eu fazia programação.

Não me foi dificil ajudá-la: Desmontei o computador por completo. Mostrei-lhe peça a peça para que servia cada uma delas. Manualmente, fiz um pequeno livro, com senhos para ela poder trabalhar com o programa de escrita e o abecedário do teclado... Aí, rápidamente aprendeu a ler e a escrever. Mais tarde, no Liceu, ensinou os Professores, a manejar estas máquinas electrónicas, porque nasceram, muito antes, destas novidades electronicas aparecerem...

Um dia estavamos a ver Tv, um espectáculo de Balet com Nureyev. Desatou num pranto porque queria ser Bailarina de Balet!

No dia seguinte, a mãe e eu, fomos a uma escola de Balet para ver se aquela meninita de 4 anos e meio, fez birra ou se manifestou um Dom de Deus. De imediato fez as provas e muito cedo, bem antes da maioridade, entrou no mundo do professorado de Balet, com exames prestados em Londres.

Actualmente, nem é bailarina, nem professora de Balet. É Médica! Mas, soubemos, tanto a mãe como eu, aproveitar o seu forte desejo de aprender o que ela mais gostava, até à profissionalização!

Ensinar é um Dom de Deus. Aprender é outro, mas quando nos deixam!

Com os meus 67 anos, cerca de 23 parafusos nos ossos do meu esqueleto, por ter sido atropelado por um tresloucado, há cerca de 13 anos, agora, vou sair de casa, apé, andar uns 3 quilómetros, desportivamente, entrar na Piscina Municipal, dar umas braçadas "à campeão", regressar a casa, fazer o meu almoço, 135 gr de bife grelhado, acompanhado de salada de tomate, apenas, uma boa laranja e um café, feito cá em casa.

Como vê, estimado Amigo, eu não me queixo de dores, amo viver a minha vida, e amo ensinar aquilo que sei mais, a alguém que me peça, para aprender e apreender!

Forte Abraço do

Marcolino

De Augusto Küttner de Magalhães a 22.06.2009 às 09:14

Começando pelo fim, eu também sem parfusos pelo meu corpo, não me queixo da vida, bem pelo cntrário, até ado numa fase em que estou de bem com a mesma!
E todos os dias nos meus quase 60 aprendo alguma coisa, e fico satisfeito, por saber aprender e saber distinguir o que ainda me convém seguir ou nem por issso....

um abração

Augusto

De Marcolino Duarte Osorio a 22.06.2009 às 21:46

Estimado Agusto!

Escreveu quase 60 anos?

Perdoe-me a ousadia, mas pelo que escreve, e na forma como escreve, dá-me a sensação de rondar os respeitaveis 80 anos de idade!

Enganou-se nos digitos? Se sim, dou-lhe os meus parabéns por andar pela nete a conviver.

Se não se enganou nos digitos, então, tenho imensa pena de não sermos vizinhos, ou mesmo vivermos bastante perto um do outro, para o pôr bem mais alegre com as minhas conversas soltas...!

Depois diga-me alguma coisa, por favor!

Abração do

Marcolino

De Augusto Küttner de Magalhães a 23.06.2009 às 08:54

Caro Marcolino

não me enganei, mas estou pelos 0 e não pelos 0. E não gostria de ser seu vizinho, dado que em muitos dos seus apartes, tenta parecer um jovem quando já nao o é, e noutros gaba-se de tantas maleitas, que já tem. Eu vou tentando, para quem me quiser ler, ter o equilibrio possivel da vdadeira idade que tenho, sem me armar ora nos 30 ora nos 90.

um abraço

Augusto

De Marcolino Duarte Osorio a 23.06.2009 às 23:50

Estimado Amigo Augusto!

Leio-o, sempre, com toda a atenção, com todo o respeito, que o senhor merece ser lido, como Ser Humano, com vivencias, geradoras de conceitos de Vida, muito próprios, diversos dos demais que o rodeiam, muitas das vezes, fazendo transparecer, nas suas palavras escritas, uma tristeza profunda, de um Calvário, e não de uma Vida Solta e Feliz em toda a sua Plenitude!

Lá tem as suas razões! São suas e de mais ninguém! Nunca lho disse, mas digo-o agora!

A Internete tem disto: Expressarmo-nos por escrito e, cada sílaba, pode ser um Punhal de Aço Gélido, mas também pode, fundamentalmente, deve ser, a Confraternização Universal, de todos os Seres Humanos, plena de Partilha, plena de Amor Fraternal Universal supra religiões!

O senhor, graças a Deus, finalmente, conseguiu superar-se, e revelar, publicamente, a sua animosidade, quiçá sua aversão, materializando-a por escrito, contra quem sempre o respeitou, e continuará a respeitar, como Ser Humano, sem me conhecer pessoalmente!

Os ditos, os adjectivos, escritos em bites e bytes, ficam, eternamente, pertença Universal, oriundos daqueles que os digitaram, provocando, ou não, profundas cicatrizes, quando ferem o espírito de cada Ser Humano, que nunca ousou ferir outro!

Frequento este Blogue, porque a Senhora Dr. Zilda Cardoso, ainda mo permite mas, note-se bem, que só sairei deste Belíssimo "Fio de Ariane", a partir do dia em que a Utente e Gestora deste espaço Blogosférico, mo indique, passando a cortar, todos os meus textos, como é seu Dever e Obrigação ou, complementarmente, enviando-me um e-mail, a titulo particular e confidencial, pedindo-me que deixe de o frequentar, para que os restantes visitantes e comentadores, deixem de se sentir mal, com a minha presença, com os meus escritos, com a minha jovialidade, com a minha tão diversificada Experiência de Vida, porque assim Deus ma proporcionou e, não há ninguém, neste Planeta Azul, mas mesmo ninguém, que me proíba de me expressar, se for caso disso, até por linguagem gestual, filmada e colocada num Blogue para o efeito.

A Blogosfera não é só um espaço electrónico, é muito mais do que isso, é um espaço de Deus, pleno de Seres de Boa-Vontade, pleno de Poesia, Pleno de Amor Fraternal Universal, Pleno de Partilha e não, um espaço de Exclusões...!

Estimado Amigo, sou um Ser muitíssimo feliz, apesar de ter sido obrigado a andar na Guerra Colonial, como Oficial, apesar de ter sido ferido, apesar de ter visto amigos, e conterrâneos meus, morrer ao meu lado, entre 63/64. Estava no 2º Ano de Medicina, quando fui chamado, da Universidade, para a Mata!

Um Abraço do

Marcolino

De Augusto Küttner de Magalhães a 24.06.2009 às 12:52

Li com gosto a sua historia deVida.

um abraço

Augusto

De Kinga Szolnoky de Azeredo a 19.11.2012 às 10:31

So , agora, depois de não sei quanto tempo, descobri, um blogue sobre a Hungria...
Meu querido país natal..
Gostei do resumo e queria mais...

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