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FALANDO DE MÚSICA...

por Zilda Cardoso, em 13.06.09

O interessantíssimo artigo que Cidália Carvalho escreveu no blogue http://milrazões.blogs.sapo.pt

sobre “o que a música tem para nos dizer”, fez-me reflectir sobre o que é a música, como surgiu, qual a importância que tem na nossa vida…

Gosto de começar pelo princípio: pus-me a escutar os sons da natureza e depois fui ouvir os meus autores preferidos de música dita clássica mesmo contemporânea e os de música ligeira.

Na Natureza, há sons e há silêncios, não chamaria a isso… música.

Investiguei na Internet e nos dicionários.

Música será a combinação organizada no tempo de sons e de silêncios em sequências sucessivas e/ou simultâneas. Nos sons, consideramos a altura, a duração, a intensidade, o timbre. A organização no tempo implica harmonia, ritmo, melodia.

A altura do som, a duração dele e a sua intensidade são conceitos conhecidos e fáceis de entender; a ideia de timbre é mais complexa já que é a “qualidade que distingue um som do outro da mesma altura e intensidade emitido por instrumentos diferentes.”

Se, em determinado trecho musical, a combinação dos sons simultâneos é agradável ao ouvido, digo que há harmonia nele; se há uma “sequência regular dos valores e tempos fortes e tempos fracos” há ritmo; e se há melodia, isso quer dizer que há um conjunto de sons agradáveis ao ouvido ou que há uma “sucessão rítmica de sons a diferentes intervalos em que a força vital provém da acentuação determinada pelo ritmo.”

Parece fácil! Há que ouvir muito, não apenas deixar que a música deslize e nos deixe aquele efeito apaziguador ou excitante que esperamos, mas estar atento.

Cada cultura, cada época tem a sua música, o seu estilo. A música erudita convida à contemplação e ao silêncio, a outra mais popular que pode estar ligada ao mito e à magia, à religião, ao folclore convoca a participação dos ouvintes que dançam e cantam em coro.

A música popular dos nossos dias mostra com grande vivacidade e agressividade sentimentos muito fortes de protesto, de raiva, de ódio, de inconformismo, de violência… é uma linguagem, mais do que manifestação estética, que tem a intenção de transmitir mensagens com valor afectivo e emocional.

Eu recordo os Beatles, a sua música, e sei que é uma música de conciliação, pelo menos, a que eu aprecio ouvir. É por ela que me sinto atraída e é com ela que me emociono.

Hoje, ouço Yellow Submarine e imagino-me with all my friends aboard, many more of them living next door and the band begins to play...When I find myself in times of trouble, mother Mary comes to me speaking words of wisdom Let it be, let it be, when the broken-hearted people living in the world agree there will be an answser Let it be... E escuto Yesterday love was such an easy game to play, now I need a place to hide away, I believe in yesterday quando all my troubles seemed so far away, now it looks as though they’re here to stay, I long for yesterday …. E as lágrimas correm…

A música é parte da nossa vida.

 

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publicado às 17:25


12 comentários

De Marcolino Duarte Osorio a 14.06.2009 às 09:37

Ainda falando de Música...

Depois de ter lido o seu "Falando de Música", autêntico desafio cultural, considero-o assim, fiz um pequeno exercício de rememoração, com poucos pormenores, dos porquês da minha aversão à música, comparando-me com todos aqueles que considero uns musicomaníacos, outros, uns musicógrafos, e ainda os dotados, aqueles que a escrevem, que a compõem, que a lêem e interpretam, com os seus instrumentos de cordas, sopro, precursão, e vozes, além daqueles que a ensinam.

Gosto de escrever em silêncio. Gosto de escrever sentado num jardim, aconchegado pelos múltiplos sons da Mãe Natureza. Gosto de escrever, manhã muito cedo, com o pipilar dos pardais, pousados no parapeito da minha janela. Gosto de escrever escutando um tema de Ernesto Cortazar. Um tema orquestrado e interpretado por ele, como acontece, neste preciso momento, em que estou a escrever e a escutar "God Sent me an Angel".

Como todos os jovens da minha geração, passei pelo "Peace and Love". Soltei-me Descomplexei-me. Depois veio o Elvis, loucura dos meus amiguinhos/as. Alguns, temas, românticos, dele, até os escuto sem grandes empolgamentos! Beatles. A coqueluche que me fazia olhar os meus amigos/as com perplexidade mas sem desdém nem complexos. Talvez os olhasse e respeitasse como me olhavam, respeitavam, como aquele companheiro diferente, mas que estava sempre presente nas alturas próprias, em qualquer local onde nos encontrássemos.

Taxativo! Num repente, vieram-me à mente os seguintes nomes: Edith Piaf, e a sua subtil voz de mulher noctívaga, alcoólica, tabagista, sofredora, ainda hoje me fascina escutá-la com a sua pronúncia tipicamente parisiense. Charles Aznavour. Ives Montand. Gilbert Bécaud. Jacques Brel, e o seu intervencionismo. Sei cá, estes, saltara-me dos recônditos das minhas memórias. Depois, ainda há outros, mas estes, que mencionei, marcaram uma dada época da minha juventude!

De alguns portugueses, pouquissimos, Ary dos Santos, e a sua belíssima poesia! Conheci-o, fortuitamente, num encontro, em casa de amigos comuns. Cumprimentávamo-nos cordialmente, quando era caso disso! Respeitávamo-nos! Gosto de escutar a voz do André Sardet. Sou fã do Rui Veloso faz-me saltar a nostalgia das minhas antigas noitadas. Em fim, seria um nunca mais acabar de referências.

Entre os amigos de infância, e da minha juventude, havia um que sempre se destacou, pelas diferenças que existiam entre nós: Raul Durão. Vizinhos e companheiros de estudos, da mesma idade. Sempre me tratou com um carinho muito especial. Em sociedade encontrávamo-nos a um cantinho do local da festa, em dois minutos trocávamos novidades, depois, cada qual, seguia o seu caminho, discretamente. Com a sua Partida posso afirmar que foi um grande Amigo que perdi!

Eu era o seu ídolo como pessoa e como desportista. Ele foi sempre o meu ídolo como Amigo, e como conhecedor de música. Como musicólogo, nunca como musicomaníaco, sempre up-to-date, com êxitos "lá de fora" e dos de "cá de dentro". Sempre conhecedor dos gostos das "massas humanas". Explicou-me muita coisa sobre o fenómeno do "mercado musical", erudito, ou mesmo o ligeiro. "Sales promotions" que não queriam dizer mais do que isso.

O melhor será parar por aqui, quando não tenho um tratado escrito...

Cumprimentos, Zilda, e votos de um bom domingo!

Marcolino

De Zilda Cardoso a 16.06.2009 às 07:04

... razões da sua aversão à música... não pode haver. Nem acredito na aversão... há um engano nas palavras... significam outra coisa. Não, não.

Permito-me fazer aqui uma pergunta à m/jovem amiga ROMINA, espero que ela veja: não devo publicar o seu comentário, não é verdade?
Mas agradeço muito a amizade e confiança que retribuo. É uma pessoa extraordinária e o seu pai deve orgulhar-se muito de si.
Um abraço.

De Marcolino Duarte Osorio a 16.06.2009 às 09:10

Olá, Amiga e paciente Zilda!

Considero-a extremamente inteligente, Zilda!

Escandalizei-a? É natural, tão natural como querer, à viva força, que um filhote de tenra idade, ainda a gatinhar, estivesse "de castigo", horas seguidas aturar a Mãe, a soletrar, ao piano, as partituras betovianas, quiçá outras. Por isso mesmo, Clássicos: Não obrigado!

Se, nessa altura, os Pink Ployd já existissem, então seria capaz de cantarolar, a chorar, a "berrar que nem cabritinho desmamado à viva força", alto e bom som, a musica que mais marcante deles: "Another Brick in the Wall"...!!!

Quanto ao resto, fui sempre um desprendido, das questões musicais, talvez por causa desse "trauma" de nené.

Acredite ou não, nunca decorei uma só letra, bi ou trlingue, a não ser, porque a isso fui obrigado, " A Portuguêsa".

Mas, logo de inicio, para que se desvanecessem quaisque dúvidas, escrevi, cuidadosamente o seguinte, que dá para interpretar, e muito bem, a minha "aversão aos sons musicais": «...dos porquês da minha aversão à música, comparando-me com todos aqueles que considero uns musicomaníacos, outros, uns musicógrafos, e ainda os dotados, aqueles que a escrevem, que a compõem, que a lêem e interpretam, com os seus instrumentos de cordas, sopro, precursão, e vozes, além daqueles que a ensinam.»

Por exemplo: O fado, e o nome Amália, causam-me arrepios de constrangimento porque, pelos meus 4 anitos, quando se ligava o rádio e a "estupurada" Amália desatava a "encantar" a minha familia, em altos decibeis, eu, nené, não ligava nada à musica, por má educação musical, por parte da minha mãezinha, continuava com as minhas ruidosas brincadeiras e, para todos poderem "escutar", saborear,repimpadamente, a diva do fado, levava bofetão na cara, e era posto de dastigo, fechado num quarto até se lembrarem de mim.

No Liceu, queriam à viva força que cantasse. Tinha voz de "cana rachada", ainda hoje isso me acontece e, o professor, uma besta de um oadre, pensou que eu estaria a gozar com a turma e, há que, desajeitadamente, me partir a cana do nariz com a sua Cana da India. Resultado, de imediato, roubei-lhe a cana, tinha 13 anos, e disse-lhe, ostensivamente: Com ferro mataste com ferro morrerás!

Ainda hoje, muito velho, tem uma cicatriz, da tempora ao queixo, e passou a ensinar sem a tal malfadada Cana da India. Não fui castigado nem suspenso. Reagi assim porque fui agredido e ferido, injustamente, apesar de ter sido sempre um bom, e educadissimo, aluno!

Isto causa ou não aversão à música...?!

Tenho amigos, de várias idades, que são tão doentes por sons musicais; é vê-los, de auscultadores enfiados nos ouvidos, no meio da multidão, nos transportes, no campo, na praia, sei cá, onde calha, a escutar os seus clássicos preferidos. Outros há que o fazem com musicas ligeiras.

Pergunto-me: Mas esta gente está cá? Mas será que esta gente vive? Mas será que esta gente sente a Mãe Natureza que a rodeia? Ou será que, até "virtualmente", se passará andar na Vida...?

Por exemplo: Aos meus filhos, em nenés, eu nunca lhes cantei. Escrevia-lhes e contava-lhes historinhas que, ainda hoje, contam aos meus netitos.

Tendencias... O que fazer? Segui-las; são dons de Deus!

Há uns 2 anos, ofereceram-me um MP3. Tenho-o para aí a estragar-se. Foi só "arrastar" os sons musicais que me dizem algo, para a sua memória. Fi-lo. Uma hora depois, fartei-me, guardei-o no bolso e, quando cheguei a casa meti-o numa gaveta da minha secretária. O meu telemovel Nokia, além de poder falar por ele, também posso receber Tv, Rádio, Internete, E-mail's, gravar musicas e conversas, em formato MP3, e fazer fotografia. Acredita que 90% das vezes me esqueço dele em casa?!

Vou de carro com alguém amigo que gosta de escutar sons musicais, equilibrados ou não, segundo a sensibilidade acústica dos meus ouvidos, e para podermos conversar peço-lhe simplesmente:Éh pá, ou o raio da musica ou a tua tagarelice. Aí sim, desliga-se o rádio e lá vamos a conversar, como dois seres humanos, em vez de estarmos apenas, dois pedaços de carne obesa, presentes dentro de um pedaço de lata com 4 rodas, sem ligarmos um ao outro!

Dia feliz para si, Zilda!

De Marcolino Duarte Osorio a 18.06.2009 às 19:34

Olá, Amiguinha!

Cheguei de viagem há um par de horas. Fui rever gente Amiga da minha geração, a seu convite, e por lá passei as últimas 48 horas.

A dada altura, ao serão de ontem, dei comigo a rir, alto e bom som, com a partitura, por ali nascida, numa conversa que nada tinha a ver com as de há 40 anos atrás, a qual baptizei de "Os Teimosamente Condor", querendo, à viva força, cada qual ser mais sofredor que o outro.

Ima vez chegado a minha casa, vim até aqui, até este seu inteligente Blogue, espreitar, as respostas ao seu inteligentissimo desafio e, afinal, só apareceu uma pessoa, a explicar o seu porquê de não apreciar sons musicais.

Os outros, envergonhados, os acima de tudodos..., timoratos, ou apenas dogmáticos, intuitivamente se deduz, ainda não foram capazes, de explanar, sem grandes dissertações sociocultutarais, porque razões gostam dos ditos sons musicais.

Este seu tema, da forma como o colocou, deveras inteligente, ou faz mêdo, ou nem todos dão com ele!

As reacções, auto-intimidatórias, fazem-me redordar, as atitudes de um dos meus avôs paternos, beato como só ele, que, quando ouvia os netos colocarem dúvidas sobre a Religião apenas dizia, de ar douto e convicto: - Meninos; a Religião não se discute, cumpre-se, quer se goste quer não...!

Termos liberdade de pensar, de nos expressarmos, de nos dizermos porque gostamos, e porque não gostamos, não é Democracia: É uma Dádiva de Deus...!

Noite feliz para si Zilda!

Marcolino

De Augusto Küttner de Magalhães a 15.06.2009 às 11:23

A música é parte da nossa vida! Excelente! E os Beatles também!!! e não só!

De Romina Barreto a 15.06.2009 às 21:35

Querida amiga Zilda,

Fiquei muito comovida com as suas palavras, é o maior elogio que me podia fazer. Admiro-a muito e quando nos sentimos próximos das pessoas que nos inspiram e essas mesmas pessoas gostam de nós é uma alegria indizível, que não se partilha. Não a conheço pessoalmente mas através do blogue e através dos seus livros é como se a conhecesse há anos e sempre achei que era um Ser Humano maior, não me enganei portanto.
A música é de facto algo transcendental e universal que nos comove e interpela a nossa subjectividade. Também percebo que certas músicas evoquem o “nosso” passado e tudo o que foi outrora vivido e a sua nostalgia deixa-me a mim nostálgica (passem todas as redundâncias) de uma passado que eu não vivi mas que recordo como se fosse o meu.
Quase todos na minha família têm um talento natural para a música, desde pequenina que me convenci que éramos uma família de músicos e amantes das letras. Sem qualquer tipo de exagero direi que existem várias pessoas nesta família que passaram ao lado da suposta carreira musical. Ás vezes sinto mágoa porque sei o quanto o meu pai ama a música e sei o quão bem toca guitarra. Sei que ele é um talento mas também sei que viveu durante vários anos o sonho da música e sei ainda que quando nasci o meu pai estava a dar um concerto num hotel. Passados alguns anos o sonho da música acabou porque ser músico nem sempre tem os seus melhores dias. Depois daquele quarteto o meu pai e um amigo de longa data criaram um grupo com um conceito e uma musicalidade próprias, até à bem poucos anos. Mas a vida atingiu o meu pai naquilo que ele mais amava fazer, ficou sem dois dedos da mão esquerda num acidente e com este acontecimento trágico ele abandonou definitivamente a música. Ás vezes estou no meu quarto e ouço-o a tentar tocar guitarra mesmo sem os dois dedos e é nessas alturas que choro em silêncio e sinto-me orgulhosa do pai que tive a sorte de ter. Tenho a certeza de que não existe mais ninguém que toque tão bem aquelas músicas dos U2. Se calhar estarei a hiperbolizar mas ele é o meu guitarrista favorito e se tivesse investido mais na música teria sido um extraordinário guitarrista. Como o meu pai existirão muitas pessoas assim, a quem lhes foi negado o direito de fazer aquilo de que gostam.
Adorei saber que gosta dos Beatles e fiquei em êxtase porque a minha banda favorita são os Beatles, é verdade que não são do meu tempo mas cresci e cresço a ouvi-los e o meu interprete de eleição é sem dúvida o John Lennon mas confesso que ultimamente tenho andado a ouvir Schubert que me inspira a toda a hora, ainda ontem pouco passava das 2h da manhã e estava eu a ler umas passagens do Profeta de Gibran, um dos meus livros de cabeceira enquanto ouvia o Avé Maria. A música está entranhada em mim e não há volta a dar.
Obrigada por este momento de felicidade. Abraço.

Romina Barreto

De Zilda Cardoso a 18.06.2009 às 21:45

Um grande abraço para si.

De CC a 15.06.2009 às 23:01

Obrigada Zilda!

A música faz mesmo parte de nós, não consigo imaginar a vida sem ela.
Sou muito ecletica, em termos musicais, eu diria que o tipo de música que escolho para ouvir depende mais do meu estado de espirito do que do tipo de música, mas:
Beatles, Queens e Peter Gabriel - sempre
Música clássica - Domingos de manhã
Xailes Negros e Povo Que Lavas no Rio cantados pela Amália - arrepio-me até à medula
Jacque Brel, Milton Nascimento, Chico Buarque e Elis Regina - só faz mal ouvir pouco

Não me alongo mais mas quis partilhar esta parte de mim com a Zilda.

Bjnh

De Augusto Küttner de Magalhães a 17.06.2009 às 10:22

Regressei a este post, depois de neste dois dias ter tido que tratar de uns assunos menos agradaveis. Já passou!!! E gostei muito pela forma, como uma vez mais, tão bem desenvolve este tema "musical". Parabens!

De Armando Queiroz a 17.06.2009 às 23:49

A satisfação (habitual) ao ler o seu texto sobre a Música, foi -se possível- superada pelo "bate-papo" que provocou. Assim se podem defrontar opiniões diversas com elevação e muito humor !
Logo hoje que tive a última aula do ano de História da Música, em que ouvi vários trechos da "Tristão e Isolda" !
A.Kayrox

De Zilda Cardoso a 18.06.2009 às 12:26

Armando, ainda bem que comentou e gostou e decidiu lde algum modo partilhar: é muito bem vindo!

De Zilda Cardoso a 18.06.2009 às 21:47

...mas queria saber o que é a música para si.

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