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No caderno do Público biodiversidade, há um artigo de Helena Geraldes sobre cidades do futuro que achei particularmente interessante.
Os arquitectos canadianos responsáveis pela ideia e pelo projecto batem-se por uma cidade ecometropolitana em que todos os seres vivos podem viver em paz, isto é, estimados uns pelos outros. Suponho que os selvagens deixariam de ser selvagens, ou os domésticos passariam a selvagens... com eficientes lavagens ao cérebro.
A ideia é que os animais selvagens como leões e ursos têm direito a viver nas cidades que nós construimos. Por isso, vamos passar a desenhar cidades que permitam a integração de animais selvagens.
Haveria cotas - tantos humanos dão direito a ... tantos lobos; tantos coelhos a... tantas baleias... e assim por diante.
A ideia de viver com uma águia não no telhado mas na casa agrada-me muito. Ela ensinar-me-ia coisas que sempre quis saber: a voar com aquela facilidade e limpidez que lhe conhecemos e eu talvez lhe pudesse ensinar moderação e outras noções sedutoras.
Nos edifícios, haveria espaços exteriores próximos dos interiores, grandes janelas e telhados verdes para as aves e as plantas. E corredores para as espécies que apreciam largos espaços...
Como conviveríamos com tigres, por exemplo? E o que é que eles comeriam?
Nas caves iluminadas, haveria golfinhos e tubarões e carpas!
Nas nossas cozinhas, nos balcões, teríamos plantas aromáticas e perfumadas a crescer por todos os lados e tomateiros a pender do tecto.
"A cidade irá produzir condições sociais, económicas e ambientais proveitosas para todos os habitantes", terão explicado os arquitectos Mari e Mathew.
Eu fiquei a sonhar com estas cidades do futuro e a prometer ir tratar bem de mim: não quero morrer antes de participar nisto que brilha.
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