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MEP, Laurinda Alves e os jornalistas

por Zilda Cardoso, em 18.04.09

Tal como acontece com José Miguel Júdice, pasmo com o silêncio em redor do novo partido político, o MEP, Movimento Esperança Portugal, e da sua representante no Parlamento Europeu, Laurinda Alves.

Detesto dizer o que toda a gente já disse, mas não é verdade que os jornalistas só se interessam por escândalos? Repetem até à saciedade as notícias que eles entendem chamar a atenção do público (que público?) e garantir audiência. E de acontecimentos importantes que nos interessam a todos mas que não têm de imediato o efeito que desejam… desses não falam.

Alguma coisa está errada no pensamento dos jornalistas. A cabeça desses jovens foi torcida na escola de jornalismo ou re-formada de forma errada, e continuou a dar voltas em espiral em sentido desacertado nas empresas onde trabalham.

Pois não é que deviam ser independentes?!

Alguém acredita que o sejam?

José Miguel Júdice afirma que “Em qualquer mercado minimamente eficiente, a entrada de um novo player é saudada pelos consumidores, pois irão beneficiar de ideias novas, concorrência acrescida, menores custos e melhor serviço.” … “Os media … deveriam ter pegado neste novo partido e levá-lo ao colo até que pudesse estar em condições de sobreviver. Pelo menos, deveriam fazer-lhe promoção no valor equivalente ao subsídio que os seus concorrentes recebem do Estado e que para ele não existe.”

E não existe, segundo parece, porque não tem representação parlamentar. E provavelmente não tem assento no Parlamento porque não tem subsídio do Estado. Espécie de pescadinha de rabo na boca.

No novo partido, não tenho dúvida, as pessoas estão a lutar por aquilo em que acreditam e por aquilo em que a grande maioria de nós acredita. Não são ameaçadoras senão em relação ao que não é justo nem verdadeiro, nem solidário...

O MEP, (é visível e palpável), tem uma preocupação principal: a ligação entre desenvolvimento económico e coesão social. E acredita que há novos caminhos e soluções criativas para os problemas de todos.

Tem esperança de que melhor é possível, porque há descontentes com o que se passa - os que acreditam em valores com VALOR e querem agir e responsabilizar-se.

Crê no papel da cultura na construção europeia, na necessidade de diálogo intercultural dentro da Europa e na Europa em interdependência com o resto do mundo.

Está tudo explicado no site do MEP.

 

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publicado às 14:52


24 comentários

De Marcolino Osorio a 18.04.2009 às 17:18

Estimada Amiga!

Não há que reclamar, seja aquilo que fôr, pois o Movimento Esperança Portugal é o 16.º partido político português, reconhecido pelo tribunal constitucional a 23 de Julho de 2008. Só agora, em 2009, é que se submeterá a escrutinio. Europeias, AR, e Autarquias Locais.

Rui Marques, activista e empresário português, foi o primeiro dinamizador do grupo de cidadãos que veio a fundar o Movimento Esperança Portugal (MEP).

O primeiro congresso do partido realizou-se 4 e 5 de Outubro de 2008, na Ericeira. Procedeu-se à eleição do presidente do MEP (Rui Marques), bem como à eleição do conselho de jurisdição, conselho nacional e mesa do congresso. No decurso do congresso foi debatido e aprovado o respectivo programa e estatutos que se encontravam em discussão pública.

O MEP divulgou a intenção de se apresentar pela primeira vez a eleições em 2009, concorrendo às eleições europeias e legislativas. Ao longo do ano eleitoral, além do programa eleitoral onde exporá as suas ideias para o país, propôs-se respeitar o seu emblema, apresentando 52 razões de esperança sobre e para os portugueses.

O MEP posiciona-se ideologicamente como um partido do Centro.

Pelas novas Leis do financiamento dos Partidos Politicos, o MEP aí obterá um financiamento estatal de acordo com o número de assentos que ocupar na AR.

Quanto aos média, há que prestar provas publicas, os chamados resultados eleitorais, e depois se verá se será um "nado-morto", ou se um Partido para ficar. Mas quando "ficar" lá virá a maledicencia tirar-lhe ou dar-lhe crédito, perante a opinião pública, com provas ou mesmo sem elas...

Ao fim de 35 anos de Democracia, em Portugal, ser Politico, virou Job de Maledicência, Irresponsabilidade, Corrupção, Impunidade, em fim, uma mini-imitação da Roma dos César.

Perdoe-me este desabafo!

Marcolino

De Zilda Cardoso a 18.04.2009 às 20:47

Zango-me muitas vezes com os jornalistas. Quanto aos subsídios aos partidos com representação na Assembleia... foi assim decidido e há razões para isso. Mas alguma coisa impede os jornalistas de falarem, com a frequência que o assunto impõe ou pede, de falarem por exemplo dos partidos políticos novos? De divulgarem os seus programas para que tenhamos conhecimento deles e possamos apoiá-los ou não? Repetem tantas vezes os mesmos temas, da mesma maneira, vistos do mesmo ângulo, em jornais e em canais de televisão e noutros meios, repetem, repetem... Não há falta de espaço nem de tempo. O que falta então?

De Marcolino Osorio a 19.04.2009 às 00:20

Citando-a: «O que falta então?»

Concluo: Honorabilidade!

De Zilda Cardoso a 19.04.2009 às 07:59

Voltando aos jornalistas: penso que a maior parte não está à altura do seu papel. Nas n/sociedades, eles têm grande poder - fazem a opinião. É facil compreender a s/importância e não é fácil estarem preparados para desempenhar um cargo de tal modo importante. Se eles próprios e quem dirige virem no jornalismo apenas um emprego que lhes interessa por variadas razões que nada têm a ver com os valores que nos têm orientado, então muitas coisas vão correr mal. Eles não têm a culpa toda e... governar é muito complicado. Tanto mais complicado quanto maior liberdade de expressão tivermos, sem esquemas limitativos. É muito triste pensarmos que não somos capazes de viver em democracia sem andarmos em guerras permanentes uns contra os outros. Penso que o n/cérebro não é suficientemente complexo para compreender o que é viver em sociedade sem constrangimentos, mas tb sem injustiças.

De Augusto Küttner de Magalhães a 19.04.2009 às 10:08

Penso que este tema é muito importante. Penso que aqui estamos todos – com pequenas divergências – a chegar ao cerne da questão = ser-se , ter-se que ser politicamente incorrecto. E estamos aqui uns quantos a escrever na casa dos sessenta, sem pruridos, mas com educação! Falta isto a muitos, mais jovens que nós! E quanto ao cérebro, penso que está tudo muito formatado para o que vende mais, para o que dá mais....tem tudo que mudar. A maledicencia pela maledicencia TEM QUE ACABAR!

De Marcolino Osorio a 19.04.2009 às 23:12

Olá, Zilda!

Abri agora mesmo a minha caixa de correio e reparei que a Zilda havia continuado, comigo, um diálogo aliciante sobre o tema do seu Blogue.

Entrei nele e destaquei o seguinte do seu comentário: «Voltando aos jornalistas: penso que a maior parte não está à altura do seu papel»

Com toda a minha certeza, afirmo que, ser Jornalista, numa das suas várias vertentes, e especialidades, é uma Profissão a nivel Universitário, tão nobre, tal como a de Médico, Advogado, Engenheiro, Professor, Dentista, Matemático, e por aí adiante.

Já vem, antes do Estado Novo, a velha história dos Jornalistas Situacionistas e os do Contra. Quem, das nossas gerações, não conheceu isto?!

Os Média, de maior procura e consequentes altas vendas, actualmente, com a chamada Globalização, que ainda vai estando na moda, foram comprados por grandes interesses capitalistas, descarecterizaram-se a ponto de todos os Veículos de Informação, se terem tornado no «Is Master Voice», os tais «opinion makers», apenas com duas ou mesmo três fontes «fidedignas» da informação...

Quem manda são os Accionistas. Os Jornalistas, transformaram-se em dedilhadores de teclados, escrevendo aquilo que lhes ordenam, sempre com o eterno medo de serem despedidos, é humano não é..., até porque, além de si têm a familia, a casa, o automóvel, o cão, o gato, o passarinho, e os peixinhos vermelhos para sustentar.

Afirmo que, os Jornalistas, como Profissionais, devidamente credenciados, estão à altura do seu papel, só que, os Accionistas, não os deixam estar na Vida como Seres Pensantes, com Ideias e Ideais Próprios, transformando-os em megafones dos interesses instalados, com Capitais SA.

Esta é, uma das vertentes, das realidades da chamada Globalização!

Boa semana, estimada Amiga!

De Zilda Cardoso a 20.04.2009 às 08:38

O jornalista além de uma actividade tem uma função. Essa função tornou-se tão importante que só pode ter como base princípios e valores que ultrapassam a actividade, a técnica. o que aprenderam na escola superior. Todos sabem muito de técnica jornalística, mas isso não chega, não é verdade?

De Marcolino Duarte Osorio a 20.04.2009 às 11:25

Desde que não se deixem amordaçar, nem manietar...

Já Rainha Victoria dizia que cada um tem um preço, e quando esse preço é o sustento diário, há que optar, digo eu, sem utopias!

Lidei, e ainda lido, de muito perto, com alguns Jornalistas, do antes e do depois do 25 de Abril. Souberam, e sabem, bem demais, o que ter que escrever a metro ou mesmo à linha.

Coloquemo-nos, não no lugar dos Jornalistas, e passemos ao patamar do Patronato. Cada Jornalista representa uma familia a sustentar, no minimo 3 pessoas, cônjuges e um descendente. Qual a nossa opção? O blá-blá ou o ganha pão?

Sei, e muito bem, que não lhe estou a revelar nada que nunca tenha sabido!

De Augusto Küttner de Magalhães a 20.04.2009 às 11:59

Exactamente, de acordo com os dois! Mas em certos casos pontuais, parece que até há um certo "gozo" de uns poucos a transmitir as MALEDICENCIAS para além do dinheirinho ao fim do mês. Mas claro que a generalidade escreve o que lhe mandam caso contrário= rua.
Sendo que, não tendo quaisquer interesses nem no Público, nem no Expresso, MAS acho que ainda conseguem ter, uma linha correcta, evitando o sensacionalismo!

De Augusto Küttner de Magalhães a 19.04.2009 às 10:02

O que interssa é o escandalo, vender, vender , o que vende....temos que mudar, mudar, mudar, e muito. Todos, com grande abertura, e fechar a porta à maledicencia. Já!

De Augusto Küttner de Magalhães a 19.04.2009 às 10:00

Quanto à impunidade, maledicência, falta de justiça, estamos totalmente de acordo. Mas como diria Churchill a democracia é o pior que há, mas não há melhor.....esperemos por muitos diferentes de todos os lados, em todos os lados, a ver se isto muda! Temos que ter solução ou auto-aniquilamo-nos...e solução sem ditadura! Penso que o n/ Parlamento com o maximo de 99 deputados funcionaria muito muito melhor....isto é um pequeno grande aspecto, há mais, os jovens que se esforçem e não se acomodem e deixem de imitar...por que temosuma boa juventude1

De outraidade a 18.04.2009 às 17:47

Como são sérias as suas considerações. O MEP ou qualquer instituição actualmente só consegue "ser notícia" se cheirar a "furo". Os jornalistas e os orgãos noticiosos deixaram de reconhecer direitos àqueles que se comportam dentro de parâmetros de "normalidade". E nós, sociedade civil, já era altura de fazermos um exame de consciência porque acalentamos esta falta de saber que grassa em tudo o que se vende por aí no que diz respeito á imprensa falada e escrita. Eu questiono-me muitas vezes sobre as razões deste alheamento social - será por ignorância ou por demissão?

De Zilda Cardoso a 18.04.2009 às 20:53

Alheamento, demissão, ignorância, preguiça... são razões, sim. Todos nós somos responsáveis! Mas não vamos entristecer. vamos agir.

De Augusto Küttner de Magalhães a 19.04.2009 às 09:54

Gostaria de antes de comentar fazer uma pequena declaração, conheço sem conhecer há anos a Laurinda Alves, tenho grande admiração pelo seu trabalho como jornalista, como escritora, como humanista, já lhe escrevi várias vezes a frizar este aspecto.
Quanto à maledicência ser o que vende neste pais não temos dúvidas e o Público O jornal diário de grande qualidade vende pouco, deveria vender no minimo o dobro, mas não tem quem o compre, quem o leia, dado ser bom, não ser sensacionalista, ser informativo e formativo.
Os jornalistas jovens, fazem o que “aguns” menos jovens vêm a fazer, caso contrário não têm lugar.
O que vende são os telejornais, com toda a maledicência, escandalo, etc.
Deixei totalmente de os ver, compro o Público e o Expresso. Se posso não vejo televisão. Todos poderiam o mesmo fazer??? Penso que não! Qual a solução? Não sei. Mas apostar na qualidade seria uma...como??? se a revista que mais vende neste país é a Maria!
Quanto a novos politicos e novas politicas, evidentemente que é disso que o país necessita. O que temos já deu. Não só cá, veja-se o Berlusconi, o Sarkozy, a Merkel...o proprio Durão Barroso – e apesar de muitos dizerem que o Mário Soares está chéché, aqui tenho que concordar com o que disse, sobre o Sócrates achar que o José Manuel é optimo para continuar no lugar por ser português. Quanto ao MEP, na m/ opinião (não digo modesta, se não, como é evidente, estaria a querer dizer o inverso) apesar das tremendas e brilhantes qualidades da Laurinda, colou-se em excesso à Igreja Católica e não o devia ter feito. É possivel defender os principios que a Laurinda defende de humanismo, sem ter o tampão da Igreja que à partida coarta algumas ideias....logo, coloca à partida alguns de fora!! E ainda quanto a este aspecto, tendo eu uma tremenda admiração pela Laurinda e pelo seu trabalho, não me esqueço, como muitos não nos esqueçemos quando na campanha do aborto, foi um pouco agressiva.....na defesa do “não”......cada um pode e deve ter o seu espaço..na eutanásia também vai ser muito agressiva no não. Laurinda, please não se zangue comigo!
Quanto ao artigo do josé Miguel Júdice como sempre gostei de o ler , como sempre leio no Público à 6ª feira, nem sempre tenho que estar de acordo com tudo o que escreve e aqui não estou. Se bem que concordo perfeitamente com o que refere do populismo do BE. E vejo uma propaganda deste BE à nacionalização da EDP e não sei de mais não sei o quê, por darem lucro, que não tem pés nem cabeça. A inicitiva privada, o empreendorismo, são muito necessários, claro que é indispensável a transparencia, a regulação, tem que se lutar contra a ganancia, mas tem que haver lucro para haver inciativa. E os privados quando bons, são mesmo. Quando armam ao importante e ao dinheiro, lá vem tragédia. Mudem os politicos todos, mudam as politicas todas, mas com abertura a todos. Fui excessivamente politicamente incorrecto, vou ser trucidade se a Zilda isto publicar????

De Zilda Cardoso a 19.04.2009 às 14:26

Não vai ser trucidado: somos todos muito humanos. E, de maneira geral, estamos de acordo consigo. Vamos esperar os comentários de quem não está de acordo.

De Augusto Küttner de Magalhães a 20.04.2009 às 07:41

Exactamente, que comente quem não está de acordo!

De opoderdapalavra a 20.04.2009 às 08:18

Cara Zilda,
recorda-se certamente de um post que eu coloquei no meu blog, com o titulo " Este pais não é sério", com um belo texto de Eduardo Prado Coelho. Pois, ele falava que temos de pensar que a responsabilidade de tudo começa e termina em nós mesmos, cada como cidadão de uma Republica, com responsabilidades cívicas. Este foi o pensamento dos que fizeram o MEP. Sentiram a responsabilidade de que era necessário mudar algo, e fizeram. E para já bem feito, diga-se. Pois este modo de pensar nunca foi acolhido por várias vertentes da sociedade, e vivemos numa cultura em que as "elites" sociais, virus comuns, são parte integrante. Explico. Casos como jornalistas, como cultura, mesmo como economia, são partes da sociedade que são fechadas, em que quem queira entrar e não seja conhecido ou mesmo não venha "acompanhado" por um padrinho, simplesmente não entra, não interessa... quem queira fazer diferente, parece estar morto à nascença. Porque tem de fazer parte de uma romaria vazia de beija-mão. E repare que isso aconteceu sempre na política. Lembra-se das caras dos políticos há uns 25 anos atrás? E agora repare nos que lá estão. Os mesmos e os seus afilhados. Ninguém de novo, em conclusão. Por isso a revolução de 25 de Abril foi uma revolução política e social, mas nunca cultural. Precisamos mesmo é de uma revolução cultural, de ideias, pensamentos, cultura. Só assim este bom povo poderá mudar para melhor.
Já agora aproveito para lhe recordar o lançamento do meu livro, esta semana, 24 de Abril, na nova Ler Devagar na Lx Factory, Alcântara, pelas 19h, com apresentação do Comendador António Laranjo.
Um forte abraço
Carlos Almeida

De Zilda Cardoso a 20.04.2009 às 08:50

Quem me dera poder ir, mas não me é fácil. Vivo no Porto e, nesse dia, tenho aqui vários afazeres. Mas vou pedir o livro, só que fico sem a s/dedicatória. Pena.
Lembro-me do post de que fala e a que dei relevo. Aprecio muito os textos de EPC que lia e leio com muito interesse desde há largos anos.
Todos nós estamos a fazer a revolução cultural, que é muito importante. Responsabilizarmo-nos é que tem sido difícil, é o mais difícil porque mexe muito connosco, com os n/hábitos e atitudes. O mundo terá que ser tão diferente que receamos não o ir reconhecer! E podemos perder-nos.

De opoderdapalavra a 20.04.2009 às 19:48

Cara Zilda,
em breve conto ter uma apresentação no Porto, depois darei noticias, e aí terei todo o prazer de lhe autografar o livro. Espero que goste. Depois diga-me.
Forte Abraço
Carlos

De Augusto Küttner de Magalhães a 20.04.2009 às 12:08

Posso? Porque razão estes eventos acontecem sempre em Lisboa, e nunca no Porto. Penso que também é um paradigma a alterar, a macrocefalia "instalada" e bem-aceite por tantas de Lisboa! E acho que de modo algum se deve querer que o Porto seja a Capital do Norte= Não! Se não ficamos nós aqui com a mania que mandamos no Norte, mas é necessário descentralizar de Lisboa. Mais uma mudança a ter que ser feita! Haver importância aqui no Porto, o Porto ser um foco não de "mando" mas de atracção aqui no Norte!!! Quem tiver oportunidade, pode na 5ª feira pelas 21h30 ir ao Palácio ba Bolsa - entrada gratuita- assistir à ultima sessão dos OLHARES CRUZADOS SOBRE O PORTO, organizado pelo Público e pela Católica, onde estes temas. até aqui às 5ªs feiras na Catolica - gratuitamente - tem sido interssantemente abordados. Fala-se , falam os oradores. livremente de tudo, sem compromissos.

De opoderdapalavra a 20.04.2009 às 19:53

É verdade que parece que tudo acontece em Lisboa. Sabe eu sou contra o centralismo de Lisboa, eu nem vivo em Lisboa, vivo no Centro do Pais, na Marinha Grande. Mas esta apresentação prende-se também com o facto de começarmos por algum lado, pois em breve vou estar no Porto, e com enorme prazer, pois é uma cidade onde em tempos vivi algum tempo, e que adoro. Darei noticias sobre isso, e sim temos de combater a descentralização da capital. Portugal é muitíssimo mais do que simplesmente Lisboa. Se estiver interessado, a partir de quinta feira o meu livro "Senhores da Vida e da Morte" está à venda, terei todo gosto, se interessado, de escutar a sua opinião e em breve autografa-lo.
Um forte abraço
Carlos Almeida

De Augusto Küttner de Magalhães a 20.04.2009 às 22:43

Agradeço a simpatia das Suas palavras, e ficará a amabilidade de autografar o Seu livro, quando vier aqui ao Porto. Quanto à descentralização de Lisboa, é disso mesmo que se trata, não vai ser fácil, mas não será impossivel. Mas se não for sendo feito, o Porto, hoje já menos influente, deixará totalmente de o ser. O caso do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, ser destacada da ANA – aquando da privatização desta – e ficar na mão de gente aqui do Norte, Norte, até Bragança, e o 1º passo.

Um abraço

Augusto Küttner de Magalhães

De Zilda Cardoso a 21.04.2009 às 07:17

Não acho que os eventos culturais aconteçam só em Lisboa, é um exagero, não é, dizer e pensar isso. Todos os dia acontecem coisas interessantes na Casa da Música, na Casa de Serralves, nas galerias de arte, nas Fundações, na Bolsa, na Biblioteca Municipal...
Quanto à capital, já tenho dito, gosto que brilhe, porque é ela que nos representa em qualquer lugar no mundo. Deve brilhar para mostrar que existimos e temos importância. Devemos orgulhar-nos dela, é natural que a embelezemos e que façamos dela "a menina dos nossos olhos". O Porto á a cidade onde nasci, que amo e onde gosto de viver: não a trocava por nenhuma outra. É aqui que me sinto confortável. E apreciava que nela toda a gente fosse bem recebida e se sentisse bem. Que fosse um lugar de grande qualidade em todos os aspectos e que os seus naturais a melhorassem e a estimassem. Não precisa de brilhos próprios de capital, mas de qualquer coisa mais profundo e doce.

De Augusto Küttner de Magalhães a 21.04.2009 às 13:06

Acho que Serralves é algo que nos orgulha aqui no Porto. Tenho a certeza. Mas p.e. o ano passado tivemos todas as 5ªs feiras lá, umas optimas conferências às 21h30, este ano= zero. A Casa da Música é outro local, apesar de - lá estou contra - de achar um edificio tão pouco bonito. Almeida Garret, concerteza, mas muito pouco, umas Conferências espaçadas sobre Regionalização...é pouco. Os Olhares Cruzados do Público na Católica, com 4 sessões este ano. Só. O Porto merece mais, temos o Sobrinho Simões, o Artur Santos Silva, O Luís Portela, Belmiro de Azevedo, Siza (para quem gosta), Agustina, tantos mais e agora estão a aparecer muitos jovens Muito Bons, mas não têm aqui espaço e vão-se embora para Lisboa, para fora do País e não voltam. Isto falta no Porto, Temos o Parqe da Cidade, temos um linda frente maritima, temos coisas lindas no Centro do Porto, mas estamos sem vida própria. Ainda nem conseguimos saber se vamos defender o nosso Aeroporto Sá Carneiro, que é um pólo de desenvolvimento no Norte! E os lançamentos de livros são em Lisboa, o da Laurinda, o do Daniel Samapio, etc. A Conferencia sobre o Futuro Sustentável foi, é sempre em Lisboa! Já viu o viaduto da Prlada activo? Convidoa-a ver, e depois comentar para que se foi gastar tanto dinheiro naquilo, se fosse em Lisboa tinha sido feito em grande, aqui foi = nada!

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