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Claro que havia um lugar. Um lugar determinado naquela rua, onde queria ir ver uma amiga de longa data. À chamada rua da Fontainha.
Ela não estaria de saúde brilhante nos últimos tempos. Eu não queria vê-la derrubada. Queria-a como testemunho do que pode ser uma vida tão social e gentilmente dedicada ao convívio com os outros.
Era a sua casa, aquela onde cada um tinha direito aos seus biscoitos de queijo, maravilhosos, e aos demais salgadinhos e às bebidas frescas que havia sempre ali. E aos nossos dois dedos de conversa inteligente ou divertida ou amena. Talvez no jardim de grandes árvores...
Mas eu encontrava-me perdida porque a rua levara sumiço. Como havia de encontrar a Amiga se a Rua não estava lá? Há coisas que não são fáceis nem na imaginação!
Perguntei a diversas pessoas que passeavam os animais de estima ou iam decididas a algum sítio secreto: ninguém me soube dizer se devia volver à direita ou à esquerda. De modo que virei duas vezes ao invés do aconselhado. E compliquei a conversa, naturalmente.
Depois veio ter comigo uma pessoa mundialmente conhecida nestas paragens. Solícita! A quem fiz a mesma pergunta, não com muita esperança de resolver. E ela declarou: “Eu conheço essa rua, é onde moro. E vou para lá agora.”
Fiquei encantada! Que coisas boas acontecem às pessoas descuidadas!
E segui-a, a ela, que se ria muito bem-disposta.
Dois minutos depois, vi que estava equivocada. Interpelei-a: Por quê? Por que me faz isto?
“Era a brincar”, afirmou.
Então vi um carrinho desses de brinquedo (de tão pequeno!) e perguntei a quem o estava a ligar e ia conduzir se conhecia a famosa rua. Procurou num mapa aprimorado e ofereceu-se para me levar lá.
Respirei fundo, entrei, referi ser a primeira vez que ingressava num veículo daqueles, tão divertido!
E lá fomos.
Em poucos minutos cheguei, uma boa hora depois do esperado por quem me esperava!
Que aventura!
(Não terminou, mas não conto daqui por diante! Cada um pode inventar, se quiser. Dar-lhe o melhor fim.)
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