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O jovem arrumador da Casa da Música disse-me ontem à entrada da sala de concertos: “A senhora percebe algumas palavras em Português, não é verdade?” Ao que eu respondi: Por acaso, sei bastantes! Acontece até que foi a língua que a minha mãe me ensinou há muitos anos. Por isso, sim, conheço muitas.
“Julguei-a nórdica”, disse ele. Não sei se com intenção de me elogiar se o contrário; ou nada a ver com isso.
Introdução estranha a um excelente concerto da Orquesta Sinfónica do Porto, dirigida por Baldur Bronnimann, com uma novidade muito agradável e enriquecedora: foi tocado por Wu Wei um instrumento chinês de 3.000 anos, inteiramente novo para mim, o sheng. É um instrumento de boca, com palhetas em bambu e uma caixa metálica que o virtuoso tocou com regozijo e esforço, fazendo soar melodias muito variadas e límpidas, encantadoras.
Tocou com a orquestra e tocou isoladamente.
Escutei com muito agrado Igor Stravinski.
Que noite!
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