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Sonhar ou ver para além de…

por Zilda Cardoso, em 13.10.19

 

“Já não sou capaz de sonhar!” - quase gritei para mim, logo de manhã. “E não sei esforçar-me!”

Como é que alguém se pode esforçar por sonhar? Como se trabalha para isso?

Quero muito sonhar, faz-me falta. Desejo escrever, escrever a palavra poética, a que envolve mais sonho que realidade, a que encanta ou deseja encantar.

Não me importa a realidade nua e crua. Não será interessante nem para mim nem para muitos outros apreender essa realidade. E sobretudo falar dela.

Tudo está lá, claramente, sem mistério. Todos o podem ver, observar, analisar até à exaustão. Reportar para os jornais. Cada um o descreve como entende, o mais próximo possível do que julga ver. E será útil.

Devo considerar, todavia, dois tipos de sonhos:  os que se sonham enquanto se dorme e os outros.

Os primeiros… dependem… provavelmente, de “desejos inconscientes reprimidos”, serão “espaço para realização desses desejos”. Ou…

Foram muito estudados por psicanalistas, têm a ver com inconsciente e revelam sempre aspectos da vida emocional.

Os outros acontecem quando se tenta ver ou quando nos convencemos de que o mais importante é ver o que está para além do que vemos. É isso que terá uma beleza singular ou um encanto que aconteceu eu ter descoberto e desejo agora transmitir na minha escrita. Para que seja geralmente apreciado e melhore a maneira de vermos o mundo.

É emocional, de outra maneira. É desejo não reprimido, mas conseguido de expandir-se, de dar-se a conhecer. E de realizar o desejo ou o sonho, divulgando a ideia.

Porventura nos faz amar o mundo e nos leva a ponderar se temos ou não o direito de poluir, por exemplo. E possamos e concordemos em não poluir tanto o que amamos!

Medito na conveniência de inventar uma língua que os outros entendam e com que se deleitem, sem terem competência para falá-la; apenas compreendê-la.

O que penso e digo para mim, aquilo que devo escrever no preciso momento em que me ocorre senão escapa-se… é o quê?

Terá a Musa alguma coisa a ver com isso?

Talvez ISSO se não relacione com razão, se bem que, quando escrevo uma história, procure a sua coerência interior. Procure que seja internamente lógica, para ser credível ou provável. A lógica em geral, essa lógica, não tem a ver com o que quero contar, o que desejo narrar na minha língua poética exclusiva.

Afinal é possível esforçar-me por sonhar, (por me emocionar), pondo o melhor de mim naquele desejo de escrita.

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publicado às 14:11

Os meus planos para estes dias

por Zilda Cardoso, em 10.10.19

 

Fiz planos: ocupo-me actualmente com a descoberta de objectos e actividades novas e de antigas acções e obras belamente reconquistadas.

É o modo de ficar feliz com o meu enriquecimento pessoal e a contribuição possível para a melhoria dos outros, meus companheiros de jornada.

Contudo, devo dizer que sobram ainda centenas de minutos das minhas cerca de vinte e quatro horas diárias (mesmo ocupando algumas delas a dormir).

Às vezes, penso que me enganei, que já é outro dia e não me apercebi. Não enxerguei a barreira tonta e alaranjada que dizia isso mesmo: é outro dia! Outro! OUTRO!

É outro dia e tudo recomeçará do zero, escuro ainda. Sobra sempre um vazio, se bem que, pensando com mais rigor, não há nunca vazio nenhum.

O que há então? Há espaço livre onde me sentirei bem, espaço apenas meu, em que posso flutuar e interrogar-me. Relacionar-me doutra maneira com a realidade e com o tal espaço livre que é de tempo.

Estarei liberta para voar. Em silêncio? Na sombra?

Não necessariamente.

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publicado às 19:26

Superaged

por Zilda Cardoso, em 10.10.19

 

Como se descobre uma vida plena de significado?

Dizem ser necessário (e eu acredito) encontrar um propósito de vida, um objectivo.  E ter uma vida social activa, fazer exercício, trabalhar voluntariamente, fazer boas escolhas, melhorar a nutrição (tudo à mistura), pensar doutra maneira…

Manter a mente activa é preservar a “vitalidade cognitiva”, seja, o vigor e o entusiasmo pela procura.

E já que o cérebro pode controlar o envelhecimento, como se diz, eu, superaged, escolho viver activa e saudavelmente, curiosa do novo e do diferente.

Enquanto de mim depender.

Convido-vos a fazer o mesmo, neste momento, por que o envelhecimento começou quando nascemos. Continuamos em evolução nesse sentido. Estamos sempre a tempo de mudar.

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publicado às 07:14

As Árvores do meu contentamento

por Zilda Cardoso, em 08.10.19

Adoro árvores.

Desde há anos que as observo com fascínio, analiso rigorosamente e com todo o empenho de que sou capaz. E digo-lhe: vejo e sinto uma imensa variedade de formas, de cores, de perfumes, de texturas, de portes, de funções…

Uma arquitectura singular.

Porém, só hoje, há poucos minutos, me perguntei como seria o meu mundo se não tivesse árvores!

Se não incluísse árvores!

Não fui capaz de o conceber: é um pensamento, pelo menos, original.

E apenas me refiro ao aspecto estético. Ao mundo como obra de arte.

Repare, elas não se importam que eu as olhe, que tente lê-las. Estão ali paradas, mudas, exibindo a sua beleza, sem ostentação. Quase esquecidas de si.

Talvez meditando em silêncio.

E não querem saber de estarem sós, de não terem com quem dialogar. Até me parecem mais felizes as que estão totalmente desacompanhadas: tiram todo o proveito do que podem aproveitar!

Tenho muito que aprender com as minhas amigas!

E devo redobrar a atenção que lhes presto, por que elas nunca explicarão…

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publicado às 16:49




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