Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Venda de Natal na Vantag

por Zilda Cardoso, em 14.12.11
 
 
 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 21:46

dia mundial do combate à corrupção

por Zilda Cardoso, em 11.12.11

 


(As garças no telhado com azul ao fundo - fotografia de A. de Lima, Foz do Douro)

 

Dos pássaros, do nascer do sol, das formas das nuvens, das estrelas à noite...  sobretudo do azul - é disso que falo.

Eventualmente... da chuva que cai devagarinho ou da que jorra com ruído sobre a calçada; do vento que assobia na frincha da janela e da tempestade prestes a desencadear-se. Mas é muito raro.

Enquanto isso, os políticos resolvem (ou não resolvem) os meus problemas… económicos, socias... Deixo isso para eles. Eles embaraçam-se tanto com os problemas que lhes confio, é o que vejo, as dificuldades embaraçam-nos tanto que não vou perturbá-los mais a todos com os meus comentários, análises e críticas.

Não vou.

De modo que eles prosseguirão com intermináveis cimeiras, tratados e acordos de estabilidade sem consenso – eu continuo com as minhas estrelas e as minhas reflexões, está entendido; e com a chuva que cai devagarinho sobre os jardins que já não são de Outono, não corrompe, mas claramente limpa e nutre.

Recordo a quem me ler as sensações que tiveram em experiências semelhantes, partilho com eles as minhas emoções, imagino que gozarão com elas.

Tudo isto de que falo está presente nas nossas vidas, mas possivelmente estou melhor posicionada para reparar, para ver com clareza, se bem que, no caso das estrelas, veja de grande distância e com gigantescos telescópios.

Os políticos dizem e calculam, raciocinam com inteligência, fazem contas de cabeça e no papel e vomitam milhares de milhões a propósito de seja o que for. As estrelas no céu são muito mais que milhares de milhões e eu nem sequer preciso de as contar para ter uma ideia. Na realidade, não quero contá-las, a quantidade não interessa ao meu objectivo.

Não acredito que haja corrupção entre elas, de tal modo são brilhantes e transparentes. Nada que prejudique outros. Também não vão ser privatizadas, nenhumas. Não é campo que interesse aos políticos.

Os políticos falam muito, fazem longos discursos, usam a língua essencialmente como instrumento de poder: dão ordens, emitem palavras de ordem, dirigem-se aos grupos que lhes dão poder e àqueles outros de quem recebem ordens e poder. As suas palavras, os seus discursos têm uma força que aprendem a usar – é o seu investimento principal - e de que abusam, possivelmente. O que leva à corrupção.

Dia mundial do combate à corrupção é hoje, dia 9 de Dezembro, coisa mais estranha!

É claro que os políticos se esqueceram completamente do bem comum que em princípio ou ao princípio era o seu único objectivo. Era o básico. Devia ser um serviço de voluntariado. Esqueceram-se completamente. Como? Quando? Onde? Por quê?

Até sei responder: porque estão envolvidos nos factos.

Tenho que encontrar pessoas que não estejam envolvidas nos factos.

Somos os povos que vão ter que encontrar gente que não se envolva nos factos e que resolva os problemas.

Assim, evitando analisar e comentar as palavras dos políticos, somente a olhar o azul, descobri: é preciso não estar envolvido nos factos para resolver os problemas da vida.

 

 

(As árvores da Avenida Montevideu)

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 08:47

O mundo novo

por Zilda Cardoso, em 04.12.11

Este nosso tempo é confuso, é o menos que posso dizer. Vem sendo desde há anos desordenado, alvoroçado, sombrio… e tem aumentado incessantemente esta sua característica. Não sei de forma exacta quando começou nem se vai acabar que não seja em deflagração. Estamos a ser bombardeados intermitentemente com informações que possivelmente nos não interessam  -  mas temos que ouvir e que ver.

Somos postos a par de problemas que não temos a mais ínfima hipótese de saber resolver.

 

 

 

 

 

Por isso, andamos preocupados e nervosos como se o mundo dependesse das nossas opiniões e das nossas acções.

E talvez dependa.

 E quanto à palavra que nos gritam de manhã à noite, todos os dias, nos últimos anos – CRISE – tinha-me habituado a pensar que “todos os momentos são de crise”, há sempre uma crise a ser desencadeada algures, por isso, não seria muito importante. Mas ultimamente convenceram-me de que há de facto uma crise nova e suficientemente diferente e enorme para chamar a nossa atenção. Será uma crise geral e mundial que começou por ser económica e essa seria a mais fácil de resolver. É muitíssimo mais do que isso.

Conhecemo-la todos, é a crise geral de valores de que se fala, integrada no falatório generalizado. Seria bom que se falasse, quando houvesse alguma coisa interessante e construtivo para dizer, depois de reflectir e já com alguma sabedoria.

Fiquei a pensar no que devíamos alterar no nosso mundo para que voltasse a servir-nos (no bom sentido da palavra). Apercebi-me de que tínhamos de mudar tudo: das palavras aos actos, não há ponta sólida por que se pegue.

Neste caso, a mudança só interessa se for de pensamento, de mentalidade.

Liguei o televisor e fiquei a ver uns pedaços de filme do super-homem com um actor novo, muito mau e sem graça, mas fazendo viver um mundo bom à mistura com o das desgraças e perversidades, em que o bom e desejável acaba por ganhar; e depois vi encantada uma série de desenhos animados onde tudo é maravilhoso, alegre, brilhante, colorido e fácil, pleno de boa vontade! Pensei que talvez os miúdos que vêem isto estivessem a ser preparados para alterar alguma coisa no mundo, mas seria preciso que não sofressem outras influências mais poderosas.

E do mestre e monge zen budista Thich Nhat Hanh tenho andado a ler um livro muito interessante e poético. O autor diz, a propósito de fantasmas, que se desenharmos um, ele se torna tão real para nós que pode encher-nos de medo. O que significa que as nossas criações, que não passam de invenções nossas, nos enchem de medo  Não é singular?

Todavia, podem suscitar outras reações mais positivas como as que me suscitaram os desenhos animados de JimJam+.

Pode ser um risco no papel e, no entanto…

As doutrinas, as filosofias, os sistemas políticos e de governo, as ciências… tudo inventado por nós e tornado real a ponto de o tomarmos como real e independente de nós…

Acho que se tudo o que consideramos sério for antes estimado como aquilo que realmente é, somos capazes de o modificar profundamente e, nesta altura da vida do planeta, ainda podemos fazer deste sítio ou “site”um lugar bom para viver.

Talvez fosse o mesmo mestre budista vietnamita de que falei que disse que “por vezes, posso ouvir tão profundamente que ouço tudo o que os outros tentam dizer-me”.

Estou a tentar dizer alguma coisa que não disse mas espero que entendam.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 09:46

Qual o tema do dia?

por Zilda Cardoso, em 01.12.11

De súbito, todo o interior da casa se inunda de luz intensa dourada natural. Corro à janela para ver donde vem.

E vi.

 

 

 

 (Duas fotografias gentilmente cedidas por A. de Lima)

 

Um ponto de luz esférico a subir no Nascente, muito direito e livre e limpo e, por cima, por todo o cima em redondo, tanto quanto posso alcançar, há um cobrimento espesso, sobre a cidade e o mar.

Foi um instante, pois daí a escasso tempo, a luz dourada passou a branca incrivelmente brilhante e ficou como uma faixa luzidia entre a terra e entre o mar e o céu que começou a transparecer e a aparecer azul em espaços abertos na manta coalhada de há pouco.

Era lindo e diferente.

  

 

  

E o ponto de luz continuou a subir e está um pouco acima no Nascente. Aves pesadas e escuras começam a sobrevoar o espaço do meu olhar tontas friorentas.

O sol – afinal era o Sol - deixou-se obstruir ou escondeu-se por trás da densa camada macia fofa. E pensei que, na realidade, a beleza das coisas depende de todas as circunstâncias que as cercam. E dos meus olhos. E sobretudo da minha disposição e colocação e vontade.

É fácil voltar ao tema da igualdade dos dias e do mundo.

É fácil.

Mas, neste momento, o que vejo é inteiramente novo.

O brilho dos farrapos de nuvens onde o sol se leva toma formas muito belas que não sei descrever. E os grandes pássaros que se cruzam muito alto, na minha frente, começam a rumar em direcção ao sul, não tão tontos como antes, mas cinzentos agora, e brancos, azulados alguns.

É um quadro que aprecio: tudo parece tranquilo. Não há ruídos excessivos e os poucos carros que começam a circular, fazem-no respeitando-se.

O mar está pacífico sob a luz vagamente e singularmente rosada.

Seja o que for que vá acontecer a seguir, sinto-me bem no melhor dos mundos.

Qual é o problema de hoje nos noticiários?

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 10:29




Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

  Pesquisar no Blog



Arquivo

  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2021
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2020
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2019
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2018
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2017
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2016
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2015
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2014
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2013
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2012
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2011
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2010
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2009
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2008
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D