Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Palestra do Swami Suddhananda

por Zilda Cardoso, em 30.06.11

Namaste!

Venho divulgar junto de vós a Palestra que o Swami Suddhananda virá dar ao Porto, 3ª
feira, 5 de Julho às 19h, no Salão Nobre da Faculdade de Letras.
O Swami Suddhananda é um antigo discípulo do nosso Mestre Swami Dayananda e
colega de estudos da Prof. Gloria Arieira. Não percam a oportunidade de o
conhecer!
Mais informações no site da Casa Ganapati www.casaganapati.com

 

--

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 15:14

O amor em Carapeços

por Zilda Cardoso, em 27.06.11

 

 

Estava um calor tremendo, nada comparável à amenidade da Foz, excepto dentro de casa. Dentro de casa era Barcelos Puro ou o que se imagina que isso possa ser. Figuras de barro havia por todo o lado, sobretudo, galos, galos de todas as cores, tamanhos e afinal materiais. E lenços de namorados ou os seus dizeres amorosamente bordados a cores sobre linho ou algodão branco - bordados da região - repetem-se em tudo que é possível executar nesse material.

É uma casa única, toda pensada para receber a família e os amigos de forma divertida e muito minhota, com música de fundo saltitante. Não é possível deixar de sorrir.

Prefiro sempre o jardim, os extensos relvados, o lago e os patos castanhos, a água que cai sobre a água, as árvores velhas, oliveiras com pequenos canteiros de flores vivas e cheirosas na sua base, flores rasteiras e tímidas apesar do calor das suas cores a clamar por atenção, e alguns arbustos exóticos...

 

 

 

Há um galo que canta ao longe e eu penso... se todos os que aqui estão dentro e fora de casa - há-os semeados pelo relvado - desatassem a cantar ao mesmo tempo?! Não vejo esse ao longe, é fácil saber que está lá, ali, e é um belo galo orgulhoso como todos. Ser orgulhoso, talvez não seja tão mau como dizem.

Há os ruídos das aves que surgem e logo se vão e o zumbir dos insectos à minha volta, os que pousam em mim e que sacudo ligeiramente irritada. Ouço a Natureza, admiro-a, recordo as palavras da Mónica Baldaque, tento considerar a Natureza de igual para igual, vejo que é difícil. Ela é tão... imensa. Como posso ser igual? Olhar a Natureza a partir do nível dela mesma?

O céu está agora carregado de nuvens ligeiramente cinzentas pulverizadas no azul.

 

Logo a seguir, o sol abre-se e as sombras aparecem projectadas no verde. 

Esqueço para já.

Porém, respeito-a e ouço-a com prudência, sobretudo os seus esquisitos silêncios. Durante toda a tarde, houve silêncios e houve ruídos e sempre o ruído do silêncio que me empenho em escutar e também o que sobra em silêncio depois da música terminar.

Juntei tudo e consegui por alguns instantes únicos ouvir apenas o que dá prazer ouvir.

 

 

O almoço destinava-se a juntar de novo os que foram recentemente a Lourdes em Peregrinação. Os donos da casa, os organizadores, multiplicam-se em amabilidades,  é visível o gosto que têm em receber sob as suas árvores centenárias; apresentam o almoço e os convidados sentem-se num lugar muito especial por obra e graça da Luísa e do Adalberto, do seu longo amor um pelo outro e do seu amor pelos outros.

 

.

 

 

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 15:13

Dia de S. João de todos os portuenses

por Zilda Cardoso, em 24.06.11

Hoje é um dia especial no Porto, a partir de... que horas? Não sei se esperaremos
pela noite para gozar o dia, a festa, o encontro anual com as ervas aromáticas algumas
mal-cheirosas como o alho que conta vários anos de tradição, não muitos.

É pelo menos uma maldade esfregar o alho ou dar com o alho na cabeça e nos cabelos dos
vizinhos que, por mais cansados que estejam, devem lavá-los quando chegarem a
casa pela madrugada ou pela manhã do dia de S. João. Isto também é uma tradição
que construímos - os portuenses são muito amigos de tradições e inventam-nas
quando não as têm.

Por isso, são considerados muito inteligentes!

O mangerico e a cidreira são bem mais antigos nesta função desafiante do que o alho: são
risonhos e bem dispostos e todos têm vontade de os levar para perfumar a casa.

Vi a cidade do lado de Gaia, de um lugar privilegiado para apreciar o fogo de artífício, em frente à zona mais bonita, com imagens de antologia. É uma emoção ver aquilo: o recorte no céu azul claro ou escuro, a qualidade do recorte, as torres, os velhos edifícios, a clara-bóia mais bonita que já vi, o rio, as pontes... Como posso estar tão apaixonada pela cidade, ao fim destes anos todos? Mas é assim, só lamento que não seja apenas uma cidade única ligada pelo rio e pelas pontes. Voltará a ser um dia.  

 Quis mostrar a clara-bóia e... mal se vê.

 

Estava no mesmo sítio, o Porto Canal com a sua menina bonita a entrevistar portuenses famosos.

E depois veio a Fanfarra e os grupos sanjoaninos premiados que cantaram e dançaram com energia e receberam os seus prémios.

É naqueles barcos mais pequenos que está preso o fogo... indispensável neste dia.

Em certos momentos, o céu enchia-se de balões dourados, dispersos e tantos, mas eu não sei fotografá-los e a minha máquina também não sabe. De modo que não tenho imagens de balões a fingir de estrelas. Afirmo que era esplêndido: caminhavam no céu todos para o mesmo lado como se obedecessem a um chamamento.

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 18:17

Pedro e Pedro: já passou

por Zilda Cardoso, em 21.06.11

 

Pensei
que... um dia, ia poder falar daquele acidente de há um ano. Faz hoje, justamente
e... ainda não sou capaz. Houve tanto sofrimento e também tanta abnegação!

Naquelas
montanhas da Córsega, ganhei uma admiração para com a jovem neta que não vai
desaparecer nunca. Rendo-lhe homenagem. É nela que confio e em toda a nova
geração que vai rejuvenescer Portugal e pôr-nos a todos a trabalhar pelo bem
comum.

Ao
ver hoje, 21 de Junho, aqueles que prometeram fazer o melhor, juraram
fidelidade e amor, interesse pelo próximo e pelo seu trabalho... não pude
deixar de pensar que com esses e com os jovens que nos rodeiam, temos todos, o
País tem o futuro assegurado.

 

Por
isso, Pedro e Pedro, depois de um grave acidente, a família e o País, começam
hoje convosco a trabalhar num novo projecto de vida.

Agora
compreendemos todos: sofremos e vamos sofrer ainda, mas o pior já passou.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 22:07

Moledo do Minho

por Zilda Cardoso, em 15.06.11

Estou em Moledo um pouco tristonha - o clima, o tempo está húmido, desolado e desolador. Ao contrário do que era costume desde há muitos anos, não encontrei aqui aquela velha paz saudável e alegre, cheia de trabalho divertido e compensador. Encontrei um espaço muito abandonado e sem grandes perspectivas de melhorias próximas.

Quando é que o sol vai irradiar o seu calor e a sua luz e encher-nos a todos de bem-estar e despreocupada alegria de viver? As árvores estão velhas de mais e muitas já passaram para uma outra vida e os arbustos de que gostava muito especialmente pela beleza das suas flores e a fragância das folhas sempre recortadas de forma especial e atenciosa, a maior parte... não está aqui.

 

 

 

 

Lembrei-me das palavras de Matthieu Ricard: "Cesser de chercher à tout prix le bonneur à l'extérieur de nous, apprendre à regarder en nous-même mais à nous regarder un peu moins nous-même, nous familiariser avec une approche à la fois plus méditative et plus altruiste du monde..."

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 08:19

É difícil, mas é possível

por Zilda Cardoso, em 11.06.11

 

Ouvi dois discursos interessantes neste dia 10 de Junho.

Todos nós sabemos o que nos aconteceu e porquê e calculamos o que é necessário para remediar o mal, não sei se vamos fazê-lo.

"É difícil, mas é possível", diz e repete Antóno Barreto como um slogan. Concordo… podemos.

Alguma coisa nessa hora me fez lembrar os textos dos historiadores da época medieval; estaremos de novo a definir fronteiras?

Recordo Afonso III e a forma e a razão da sua subida ao
trono, e depois as suas preocupações de remodelar a administração, de
redistribuir poderes depois de guerras e conflitos e discórdias, e de
considerar como seu objectivo o bem comum, o interesse do País e a justiça.

“ O grande labor estava na busca e na consecução da verdade identificada com equidade, com
justiça, fim último de toda a instituição humana, logo fim último do rei”(Portugal
em definição de fronteiras, O Poder e o Espaço, onde continuo a ler:

“ O mais notável no reinado de Afonso III, no aspecto
institucional, foi a criação, no seio da Cúria régia, de duas comissões
permanentes… com funções predominantemente técnicas… Uma primeira especializada
na administração da justiça, foi o gérmen da Casa da Justiça, e uma segunda,
com competência financeira, teria sido o embrião da futura Casa dos Contos. O
que, sem dúvida, demonstra a consciência por parte dele e dos seus oficiais, de
que, entre os grandes instrumentos do poder regalengo, os mais importantes eram
a justiça e as finanças.”

Afonso III tinha vivido numa corte mais instruída do que a
nossa e soube aplicar a sua inteligência, os conhecimentos e a sabedoria nas alterações
políticas que lhe permitiram empenhar-se em importantes reformas administrativas,
financeiras, judiciais. Havia uma hierarquia de autoridade e de obediência
considerada como “um bem supremo da sociedade ordenada, um sustentáculo da paz,
logo da própria sociedade.”

Deveremos estudar o século XIV para começar de princípio e
com uma nova  e adequada atitude mental?

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 20:27




Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

  Pesquisar no Blog



Arquivo

  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2021
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2020
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2019
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2018
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2017
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2016
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2015
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2014
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2013
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2012
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2011
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2010
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2009
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2008
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D