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O PROFESSOR

por Zilda Cardoso, em 28.03.10

 

 

Jô Soares, recentemente em Lisboa, fez assim o retrato do professor, segundo João Nuno no seu blogue MANTA DE RETALHOS, (que peço licença para reproduzir aqui):

 

 

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia".
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é um "Adesivo".
Precisa faltar, é um "turista".
Conversa com os outros professores, está "malhando" nos alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não se sabe impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as hipóteses do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala correctamente, ninguém entende.
Fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é retido, é perseguição.
O aluno é aprovado, deitou "água-benta".
É! O professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui,
agradeça a ele.

 

 

(Obrigada João Nuno, http://joaonunomb.spaceblog.com.br/

 

É necessário reabilitar o papel do professor de forma adequada, e dos educadores em geral, e da educação e orientação de que as crianças e os jovens necessitam, para que nos entendamos todos.

Que não será aos gritos na rua.

 

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publicado às 08:40

Um Escândalo Justo

por Zilda Cardoso, em 20.03.10

 
Diz-se, disse José Pacheco Pereira na apresentação do livro O Escândalo Político em Portugal de Bruno Paixão, que não temos uma cultura contra a corrupção-provocadora-de- escândalo, ao contrário do que acontece noutros países, nos Estados Unidos e em Inglaterra, a propósito de escândalos sexuais, por exemplo.
Porém, há em Portugal grande produção de escândalos financeiros que se tornam poderosos, acima de tudo quando os envolvidos continuam a receber quantias principescas de remunerações como se nada de perverso tivessem cometido. Aí, toda a gente se enche de raiva contra os ricos e os políticos e os abusadores de poder e sente o prazer de os ver punidos. Que nunca vê.
De maneira geral, não há debate público sobre o escândalo. Há uma mediatização baseada não em investigação mas em preconceitos. Os factos serão escassos, mas as narrativas dos jornais, mesmos os de referência, apresentam acontecimentos verdadeiros cheios de pormenores, passos e incidentes, certos de que vão ter história para vários dias. Como se soubessem muito sobre o assunto, como se conhecessem os casos. Transformam-se gostosamente em tablóides, fazem o papel deles, isto é, se não deitam os foguetes fazem a festa e entretêm assim o público, vendendo mais. Que é naturalmente o objectivo de uns e de outros.
Entretêm os leitores, os ouvintes, os espectadores. Não informam.
Continuamos sem saber distinguir ou separar a verdade da mentira, apesar do bombardeio diário de notícias. Não sabemos por que razão uns escândalos são obscurecidos e outros relevados. Mas vemos que há sempre novos na calha e que a sua rápida sucessão faz com que os esqueçamos com a mesma presteza.
O novo faz esquecer o velho e todos ficam por resolver.
Para que serve a verdade?
As histórias mal contadas, novelas e reality shows de que temos vindo a ouvir falar serão mais interessantes se houver suspense e pudermos ficar a imaginar os diversos fins possíveis.
 (vou continuar com o tema)

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publicado às 21:24

LIMPAR PORTUGAL

por Zilda Cardoso, em 20.03.10

Vamos limpar a floresta portuguesa num só dia - 20-03-2010

Uma mensagem a todos os membros de LimparPortugal



Portugueses como nós, Portugueses como aqueles que deram novos mundos ao mundo, como aqueles que partiram o mundo em duas partes!

Chegou o dia de demonstrar a força de um povo que faz diferente e obtém resultados diferentes.
Chegou a hora de apelar à Portugalidade, de apelar aos princípios pelos quais se regeram nossos egrégios avós, apelar pela alma Portuguesa.
Os tempos são de mudança de mentalidades, o que era admissível ontem não o é hoje, uma nova era avizinha-se, deixemos um futuro mais próspero,
mais risonho para nossos filhos e netos.
Apelamos a todos que enviem novos convites na plataforma social “Limpar Portugal”, que enviem SMS a todos seus conhecidos

 

“EU VOU LIMPAR PORTUGAL E TU VAIS FICAR EM CASA?”

 

Fazer diferente é uma forma eficaz de obter resultados surpreendentes.
A coordenação nacional PLP agradece antecipadamente a todos aqueles que se disponham a colocar “MÃOS À OBRA! LIMPAR PORTUGAL”.

 

Bem hajam todos, Portugal agradece.
 

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publicado às 09:25

O silêncio da folha do limoeiro

por Zilda Cardoso, em 15.03.10

 

Percebi que era uma falha reparável: da planta arbustiva chamada sabugueiro não tinha qualquer saber, até há poucos dias. Sei hoje ser objecto de lendas como a de a cruz de Cristo ter sido feita da sua madeira, de certo porque dos frutos - pequenas bagas vermelho-escuras - escorre um líquido intenso cor de sangue. Mas que admira, se mora nela uma curandeira, que o sumo das bagas maduras cure a enxaqueca? E que a casca actue como laxativo? E que das folhas se prepare um unguento? Das flores se prepara o chá perfumado e aconchegante que dizem ser bom para curar resfriados, tosse, sarampo…
Calculei que houvesse mais informações disponíveis, soube delas e… fiquei fascinada. Praticamente, não há nada que não possa ser curado com as flores secas, as bagas, as folhas, a casca ou o miolo do sabugueiro. São tantas as aplicações e tão valiosas – na indústria farmacêutica, agro-alimentar, têxtil e cosmética - que decidi falar com alguns cientistas meus conhecidos para que estudem a planta e lhe descubram atributos para além dos populares e explorados. E talvez valha a pena aperfeiçoar o seu cultivo, além de promover novas plantações.
De experiência, sei que se faz compota muito agradável das suas bagas - uma simpática amiga ofereceu-me um frasquinho artesanal com cobertura minúscula de pano aos quadrados vermelhos e um elástico em volta do gargalo. Moderação no consumo é recomendável porque as bagas serão ligeiramente tóxicas, ainda que a compota seja muito saudável! Coisas próprias de objectos muito antigos e lendários. "Par coeur", sei que das folhas pode sair um refresco muito fresco, espero pelo Verão para experimentar.
O que me perturba, é não ter descoberto estas árvores apesar dos quilómetros que já calcorreei na muito antiga Quinta do Casal, e dizem-me ser impossível não haver ali uma família tão velha como a dos sabugueiros. Eu não vi.
Acho que confundo um pouco os sabugueiros com os salgueiros que são árvores que há, já houve mais, junto do ribeiro ao fundo da quinta e que, em geral, choram para a água. Alguns são arbustos esquisitos, torcem-se e rastejam, e há-os brancos e há os negros, usam-se como vimes para cestos e cadeiras, e para o fabrico de aspirina. São plantas generosas até mais não, e pouco consideradas. A mim explicaram-me: cortam-se, não servem para nada. Deu-me um estremeção!
Tudo isto vem a propósito das memórias de infância de Mónica Baldaque.  Com o livro diante de nós, discuti com a autora os perfumes, as cores e as qualificações dos sabugueiros, dos limoeiros e dos salgueiros. Mónica assegura-me que, quando era criança, o Porto cheirava a sabugueiro. Eu só posso dizer que, se conhecesse as qualidades do sabugueiro, não teria tido enxaquecas metade da minha vida.
A folha do limoeiro",  tem o retrato de Laura por seu pai na capa e um desenho de sua mãe no interior, dá-nos conta das aventuras de Laura que adorava a casa e a quinta dos avós no Douro, onde passava férias. E era lá que estavam as arcas dos tesouros.
“Vivemos rodeados de vozes” diz Laura. “Tudo tem voz: o vento, a chuva, as folhas das árvores… As próprias recordações têm uma voz. São companhias…”       
Mónica ou Laura conta de forma muito bonita como ouve essas vozes e as fixa, e como partilha com elas a própria voz. E promete continuar com a pena e o pincel a fixá-las e a partilhá-las para nosso regalo.
Ouve igualmente o silêncio, houve muito silêncio nesse tempo que descreve, se bem que povoado dos mistérios e dos segredos e das histórias que a sua imaginação e a sua sensibilidade sabem construir murmurando. Do princípio ao fim desta primeira parte das memórias, há muito....
É o que nos acompanha, para além da folha do limoeiro em que bebia a água gelada da mina: o seu silêncio.

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publicado às 19:06

Sofia Vilardebó (2)

por Zilda Cardoso, em 11.03.10

 

 

"Ajudar os outros é o que me faz feliz", diz Sofia.

 

Quer ela dizer, é feliz ao proporcionar aos outros a possibilidade de serem felizes minimizando o seu sofrimento. Em relação às crianças, quer dar-lhes o que precisam para terem algum conforto não apenas em termos materiais mas em carinho e atenção.

O que a Sofia está a fazer é a apreciar mais os outros.

 

Tal como afirmou Matthieu Ricard na sua conferência no Porto, há alguns dias, o altruismo não é um luxo, mas uma necessidade em termos económicos, em termos de qualidade de vida, em termos de ambiente.

Sofia conseguiu cultivar e desenvolver em si o altruismo. Ela é exemplar nesse aspecto, e seria bom que desenvolvêssemos em nós qualidades compassivas semelhantes e que elas pudessem ser transferidas à sociedade e à cultura.

Porque é desejável que a cultura evolua para  um altruismo mais evidente.

 

"As culturas evoluem mais rapidamente do que os genes", afirmou Ricard com convicção. As culturas têm evoluído, é possível.

 

Não creio que a Sofia seja generosa com o fim de ser considerada generosa: é que deste modo ela está de bem consigo e com os outros, e a contribuir para uma evolução no sentido desejável. O seu projecto recente é ir, pelo menos, um mês para África, aprender a ajudar junto dos que têm mais e maior carência.

 

E como, com todos os afazeres que tem, tem sempre tempo para mais algum, Sofia revelou-me mais uma actividade sua: dá aulas de pintura a crianças com o objectivo de desenvolver a sua criatividade e a elaboração do pensamento que muitas vezes não surge facilmente na expressão verbal, mas pode ser descoberto em trabalhos de representação como a pintura.

 

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publicado às 12:53

Sofia Vilardebó

por Zilda Cardoso, em 10.03.10

 

 

 

Sofia pediu-me para divulgar o seu apelo a favor das crianças de Tires. Faço-o com muito gosto e interesse porque sei quanto essas crianças necessitam e merecem ajuda. E também conheço o bom senso da Sofia, merece-me a maior confiança, por isso, se ela diz que essas crianças precisam de AMIGOS, farei o possível por os arranjar.
Diz Sofia:
"Faço parte da equipa de voluntariado da Casa da Criança de Tires. Doze crianças, entre os 2 anos e meio e os 10 anos vivem nesta Casa como uma família grande. São crianças retiradas à família biológica por mostrada negligência dos pais tanto material como emocional ou por terem as mães presas na cadeia de Tires.
Somos uma grande equipa que faz de tudo para tornar a vida destas crianças mais FELIZ.
 
Elas precisam de AMIGOS que se lhes juntem para poderem fazer a sua Agenda anual. Esta agenda é uma fonte muito importante de divulgação do trabalho que esta equipa faz e também para angariar dinheiro com a sua venda.
 
A ajuda pode ser a nível pessoal ou como empresa, sendo que esta contribuição funciona como um donativo, pelo que pode ser deduzida no IRS, para além de poderem ter um espaço de divulgação da vossa empresa na agenda.
 
Eu sei que os tempos não estão fáceis, mas para estas crianças estarão ainda menos fáceis.  
 
Se puderem, divulguem pelo máximo de pessoas possível. Todos juntos conseguiremos contribuir e ajudar sem custar muito a cada um.
 
Fico disponível se quiserem saber mais informações,
 
Agradeço do fundo do coração”.
 
Sofia tem um percurso de vida que não me canso de aplaudir. Começou por querer ser professora de educação física – só se interessava por actividades desportivas. Mas logo decidiu tirar arquitectura de interiores na Fundação Ricardo Espírito Santo. Mais tarde, completou com um curso de pinturas decorativas em Londres. Trabalhou durante anos como profissional nestas áreas.
Entretanto foi modelo de moda nas passerelles e posou para fotografias de publicidade.
Deixou essa actividade onde ganhava muito bem, mas não podia sentir-se satisfeita por muito tempo e resolveu voltar a estudar. Tirou o curso de Psicologia na Universidade de Lisboa, em que se empenhou e terminou com sucesso. Que fez uma bela tese de licenciatura posso testemunhar!
O franchising da Rituals agradou-lhe pelo conceito de bem-estar que a marca transmite e ensina a apreciar. Descobriu que é muito capaz de vender, o que muito a diverte e até entusiasma. Gosta de fazer com que os outros se sintam bem, deleita-se com ajudar e fazer nascer.
(Continuarei amanhã com a história da Sofia)
 

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publicado às 19:32

A revista Livros & Leituras

por Zilda Cardoso, em 08.03.10

Quero chamar a atenção dos meus amigos (inimigos não tenho) para a revista "on line" Livros & Leituras" www.livroseleituras.com que me parece muito interessante. E que eu não visitava por me parecer, qualquer revista digital, um objecto um pouco estranho, tal como confessei ao jovem jornalista que me entrevistou - João Baptista.  

A entrevista foi hoje publicada e penso que J.B. inicia deste modo a sua colaboração na revista - bem organizada, com boa colaboração de jornalistas empenhados no que estão a fazer e, por isso, vaticino-lhe um bom futuro.

Vou passar a frequentá-la e a comentá-la e, neste momento, recomendo-a. O número de leitores, cerca de 2.500 diários, vai aumentar, não é verdade, porque divulgo já 4 dos seus sedutores propósitos:

 

1 - A Revista LIVROS & LEITURAS é uma publicação online que pretende oferecer uma informação completa sobre toda a actividade relativa aos livros, publicados por autores portugueses e estrangeiros; 

 

2 - A Revista LIVROS & LEITURAS é um meio de contribuir para a cultura do país e do mundo, divulgando a qualidade de obras que se vai produzindo no nosso país e no estrangeiro; 

 

3 - A Revista LIVROS & LEITURAS visa também criar o gosto pela leitura e amor pelos livros, publicados nos mais diversos géneros literários; 

 

4 - A Revista LIVROS & LEITURAS apresenta propostas, sugestões e críticas literárias do que de melhor chega às mãos dos leitores.  

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publicado às 22:55

Conferência de Matthieu Ricard no Porto

por Zilda Cardoso, em 08.03.10


Matthieu Ricard, o conhecido monge budista francês, estará no Porto para dar uma Conferência Pública, no dia 8 de Março a convite da C.A.S.A. (Centro de Apoio ao Sem Abrigo). A conferência terá o título “A Necessidade de Altruísmo” e terá lugar na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda.

Data: 8 de Março de 2010 às 18h30
Local: Fundação Dr. António Cupertino Miranda, Av. da Boavista, 4245, 4100-140 Porto
Preço: 15 € / estudante: 10 €
O valor angariado reverte a favor da instituição CASA - Centro de Apoio ao Sem Abrigo

--
CASA - Centro de Apoio ao Sem Abrigo
Morada: Rua Álvaro Castelões, 229, 3º
4450-041 Matosinhos
tel.: 22 937 84 46 tlm.: 91 777 21 57 / 91 493 59 07
email: casa.apoioaosemabrigo.porto@gmail.com
 
Sobre Matthieu Ricard
Matthieu Ricard é um monge budista francês, fotógrafo e autor. Vive e trabalha no mosteiro Shechen Tennyi Dargyeling no Nepal, Himalaias, há quarenta anos.
Nascido em França em 1946, filho do conhecido filósofo francês Jean-François Revel, cresceu no seio das ideias e personalidades dos círculos intelectuais franceses. Viajou para a Índia em 1967.
Doutorado em genética molecular no Instituto Pasteur de Paris em 1972, decidiu abandonar a sua carreira científica e concentrar-se na prática do budismo tibetano. Estudou com Kangyur Rinpoche e alguns outros grandes mestres dessa tradição e tornou-se estudante próximo e auxiliar de Dilgo Khyentse Rinpoche, até ao seu falecimento em 1991. Desde então, tem dedicado a sua actividade à realização da visão de Dilgo Khyentse Rinpoche.
As fotografias de Matthieu Ricard de mestres espirituais, das paisagens e das pessoas dos Himalaias têm aparecido em inúmeros livros e revistas. Henri Cartier-Bresson disse do seu trabalho, ”a vida espiritual de Matthieu e a sua câmera são um só, donde brotam estas imagens, fugazes e eternas“.
Ele é o autor e fotógrafo de “Tibet, An Inner Journey” e “Monk Dancers of Tibet” e, em colaboração, os fotolivros “Buddhist Himalayas”, “Journey to Enlightenment” e recentemente “Motionless Journey: From a Hermitage in the Himalayas”. Matthieu Ricard é o tradutor de diversos textos budistas, incluindo “The Life of Shabkar”.
O diálogo com seu pai, Jean-François Revel, em “O Monge e o Filósofo”, foi um best-seller na Europa e foi traduzido para 21 idiomas, e “The Quantum and the Lotus” (em co-autoria com Trinh Xuan Thuan) refletem o seu interesse de longa data pela Ciência e o Budismo.
No seu livro de 2003 “Plaidoyer pour le Bonheur” (publicado em Inglês em 2006, como “Happiness: A Guide to Developing Life’s Most Important Skill”) explora o significado e plenitude da felicidade e foi um grande best-seller em França.
Matthieu Ricard foi apelidado de “a pessoa mais feliz do mundo” pelos media depois de ser voluntário para um estudo realizado na Universidade de Wisconsin-Madison sobre a felicidade, posicionando-se significativamente acima da média obtida após os testes de centenas de outros voluntários.
Membro do conselho do “Mind and Life Institute”, que é dedicado a encontros e pesquisa em colaboração entre cientistas e estudiosos budistas e praticantes de meditação, as suas contribuições foram publicadas em “Destructive Emotions” (editado por Daniel Goleman) e noutros livros de ensaios. Matthieu Ricard está também profundamente envolvido na investigação sobre o efeito do treino da mente sobre o cérebro, nas Universidades de Wisconsin-Madison, Princeton e Berkeley.
Matthieu Ricard foi condecorado com título de Cavaleiro da “Ordre National du Mérite” pelo presidente francês François Mitterrand pelos seus projetos humanitários e pelos seus esforços para preservar o património cultural dos Himalaias.
Ns últimos anos tem dedicado os seus esforços e doa todos os proventos do seu trabalho em favor the trinta projetos humanitários na Ásia, que incluem a manutenção e construção de clínicas, escolas e orfanatos na região: www.karuna-shechen.org
Desde 1989, actua como intérprete de Francês para S. S. o Dalai Lama.

(N.T.: Karuna significa “compaixão” em sânscrito)
 
 
 

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publicado às 14:31

Vasco Pulido Valente e o seu espectáculo de humor

por Zilda Cardoso, em 08.03.10

 

(O Sol há-de voltar)

 

Vale a pena ler os artigos de Vasco Pulido Valente das sextas-feiras no Público. Quase sempre são certeiras as suas opiniões e expressivas e talvez fundamentadas e, embora venham de um tipo, ao que parece, maldisposto em permanência, são tremendamente divertidas.
Este que ele intitula “O espectáculo da pobreza” é típico do seu género. Infelizmente é muito provável que tenha razão: a coisa parece grave.
Como se pode escolher um de entre estes três candidatos à liderança do PSD?
Qual deles é óptimo, qual deles é bom, qual deles é menos mau? Ninguém ficará a saber pelo que mostram, pelo que dizem, pelo que fizeram e fazem e, muito menos, pelo que se diz deles.
Costumo, nestes momentos importantes, analisar com especial cuidado as feições e as expressões, as atitudes, as maneiras de estar, de falar e de rir, de vestir,… Foi o que fiz, é o que tenho feito: o resultado não é animador.
É claro que preferia, que preferíamos que fossem heróis de qualquer coisa e, por isso, merecedores da nossa confiança ou pelo menos da nossa esperança.
E não é que não seja comum não ver essas coisas boas a olho desnu. Em geral, as más vêem-se rapidamente.
Acredito, ao invés de Vasco Pulido Valente, que o PSD tem alguma coisa a dizer ao país e o país espera ainda coisas valiosas do PSD. Porém, neste momento, admito com ele que “esta campanha parece uma procissão de defuntos”. Que diabo: uma procissão de defuntos, de frivolidades e de inexactidões! Prefiro que não esteja a acontecer.
Há outra frase no artigo, todo ele cheio de humor, que muito me divertiu: “Como lhes passou pela cabeça que estavam preparados para mandar em Portugal é um puro mistério”.
Qual renovará, qual romperá, qual conservará?
“Quem os quer?” pergunta ainda Pulido Valente.
Eu pergunto: o espectáculo é para rir ou para chorar? Ou é para arrasar?

 

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publicado às 14:13

O atelier de Mónica

por Zilda Cardoso, em 03.03.10
A Assembleia Geral das Nações Unidas em 1959, depois de vários considerandos, proclamou e adoptou a Declaração dos Direitos da Criança de 1924 com vista a “uma infância feliz e ao gozo, para bem da criança e da sociedade, dos direitos e liberdades aqui estabelecidos e com vista a chamar a atenção dos pais, enquanto homens e mulheres, das organizações voluntárias, autoridades locais e Governos nacionais, para o reconhecimento dos direitos e para a necessidade de se empenharem na respectiva aplicação através de medidas legislativas ou outras progressivamente tomadas de acordo com dez princípios".
Todos conhecem esses princípios, mas vale a pena recordá-los.
Foi assim a semana passada na Póvoa, no acontecimento literário Correntes d’Escritas: houve um prémio para livro infantil, foram ditos poemas no palco por crianças e foram lidos e lembrados esses direitos.
Mónica Baldaque esteve no dia de abertura do “encontro de escritas e de escritores” a falar e a homenagear a sua mãe, Agustina Bessa-Luís. E dela cita: “O infinito cabe num dedal de terra; as mais belas histórias são articuladas na dimensão da infância, quando tudo parece imenso e é pequeno”.
 
Um livro para crianças “Dentes de Rato”, de memórias, está a ser preparado para reedição tal como toda a obra de sua mãe, confidenciou-me Mónica Baldaque. Este é agora inteiramente e profusamente ilustrado pela pintora, é a diferença, mas já havia, pelo menos um outro livro infantil “Vento, Areia e Amoras” com belas ilustrações suas.

 
No seu atelier, que começo agora a frequentar, toda a gente adora a pintura de Mónica e está ansiosa pela apresentação do “dentes de rato” totalmente renovado.

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publicado às 20:35

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