Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Aves Selvagens na Cidade

por Zilda Cardoso, em 28.12.09

Com o mar assim castanho e sem brilho, fui ver o rio que dizem ser d’ouro.

Na saída da famosa ribeira da Granja, encontrei a passarada do costume, mais irrequieta talvez, inquieta tanbém, cheirando a tempestade. Estava lá o aparelho, o binóculo, para observar de mais perto as várias espécies.

Durante um tempo pensei, sentada no banco de mármore macio. Depois, de pé, resolvi não pensar, olhar só e captar imagens que mereciam melhor tratamento, melhor técnica e melhor máquina do que eu possuo. O vento abanava-me, fazia-me oscilar, tornou-se difícil manter as mãos e os braços firmes.

Estão aqui algumas amostras, apesar de tudo.

 

 

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 19:03

A Galinha Celeste colocou o chapéu de palha...

por Zilda Cardoso, em 26.12.09

 

O livro começa assim:

“O sr. Domingo acordou cheio de sol”.

Não estou a exagerar quando afirmo que nunca tinha visto um livro tão bonito, tão acariciante. No seu conjunto, é um primor de bom gosto – pelas cores, pelas ilustrações, pelo design gráfico. Fiquei a desfolhá-lo longo tempo, vezes sem conta. Saboreando. Fruindo a novidade.

O título é Força, Tomás! Recordei uma frase do blogue de José Alberto de Oliveira, franciscano, poeta e professor:” O acto de ler e reler é propício ao encontro de nós mesmos entrevistos nessa frase perdida no corpo do livro”. Ou presente no título.

É um livro para crianças, mas eu fui ao encontro de mim por diversas vezes durante a leitura desta  história de acção passada entre os animais de uma quinta que conversam e vibram, se zangam e se divertem. Se aconselham, se apoiam e se empenham. Se estimam.

Não me pareceu uma fantasia, mas uma representação da realidade. Se bem que o sonho esteja lá, no objecto, esteticamente perfeito, sonho de um mundo rosa sobre azul.

Jogam futebol na Quinta e surgem todos os problemas de um jogo emocionante e apelativo entre o Sport Club Có-có-ró-có-có e o Marrecos Futebol Clube. São problemas com árbitros, claques, treinadores, bons e maus resultados, campeonatos; as taças ganhas e as perdidas, lesões e abandonos, difíceis decisões e encorajamentos. E caprichos e medos também. Só não li acerca de ordenados e contratos milionários.

Enfim, alegrias e tristezas da vida dos animais de qualquer quinta!

Há muitos conhecimentos e muitos ensinamentos facilmente e gostosamente assimiláveis, muita ternura e muito amor. Uma grande sensibilidade das autoras - dos textos e das ilustrações, Yolanda Freitas e Marta Belo.

O livro acaba deste modo:

“Foi um jogo emocionante. A Celestinha pulava de contente…  O sr. Perú chorava de alegria… O Tomás? Marcou 15 golos! E os Marrecos ganharam a taça!”

Vivam os Marrecos, mas, da próxima vez, vou desejar que ganhem os outros.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 19:22

O menino Jesus em casa

por Zilda Cardoso, em 23.12.09

Hoje temos o Menino em casa.

 

Ei-lo:

 

 

 

 

É  ele que deseja que nos portemos bem em relação a si próprio e a todos os meninos deste mundo.

 

 

 

Assim seja.

 

Como intérprete da sua vontade, digo ainda que ele quer que estejamos todos bem dispostos,  para desse modo criarmos um bom ambiente e ele poder estar feliz connosco.

 

Desejo extensívo aos amigos. E a todos.

 

 

 

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 18:15

Ano Novo - Ano Mudado

por Zilda Cardoso, em 22.12.09

 

Desejo que o Novo Ano seja realmente novo, que cada um de nós se sinta mudado e melhor e que a sociedade em geral seja diferente e mais a nosso gosto. Que tudo isso vá acontecer de 31 para 1, de um momento para outro.

E a mudança será, em primeiro lugar, em cada um de nós: que mude na sua atitude, no seu comportamento, nas opiniões e nos modos de pensar.

A informação nova que circula e recebemos de todos os lados de forma exaustiva através de percepções e de regras que são culturais é responsável por novas percepções e novas atitudes. É responsável pela mudança.

A nossa aprendizagem tem estado a ser feita durante todos os anos que precederam este ano, este momento em que a mudança vai acontecer. E a mudança vai acontecer porque integramos essa informação e sentimos que estamos em condições de adoptar novas atitudes.

Se constituirmos um grupo, tudo será mais fácil, porque os elementos do grupo se apoiarão uns aos outros.

 

 

Tinha escrito uma boa parte deste texto quando fui ler o "post" de hoje de Laurinda Alves, fala de algumas mulheres que mudaram o mundo. Fiquei encantada e sugiro que façam a visita.

 http://laurindaalves.blogs.sapo.pt/294136.html

Há uma frase que pode operar em mim uma grande mudança e espero que produza o mesmo efeito naqueles outros que a lerem e reflectirem sobre ela.

 

O amor começa em casa, e não se trata do que nós fazemos, mas de quanto amor colocamos naquilo que fazemos.

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 17:57

O discurso de Obama ocupa o nosso pensamento

por Zilda Cardoso, em 20.12.09

 

Vivemos todos no mesmo planeta. Temos todos a mesma ascendência - a mesma árvore genealógica - não admira que sejamos tão parecidos uns com os outros. Todos cumprimos o mesmo ciclo de vida sem remissão – nascemos, crescemos, reproduzimo-nos (possivelmente) e morremos. E é isto a nossa vida.

Por que razão andamos permanentemente em lutas uns com os outros?

Será o conflito “uma dimensão constitutiva de toda a vida social”?

De vez em quando aparece alguém que diz: PÁREM! Não vêem que somos todos irmãos? E que vivemos todos na mesma aldeia?

E nós parámos por segundos e pensámos se esse terá razão.

Logo a seguir recomeçamos a nossa luta.

Porque, vemos que esse é um astuto trapaceiro, com interesses que não confessa e que o que ele disse alto e bom som que era azul é claramente vermelho. Sem sombra de dúvida: claramente vermelho.

A nossa é uma luta de todos contra todos. Como se fosse questão de sobrevivência e não tivéssemos área para os nossos objectozinhos. E para os nossos objectivozinhos. Como se o respirar dos outros poluísse o nosso ar e nos impedisse de respirar.

Aparentemente lutamos por espaço e queremos e precisamos de outros planetas para nos instalarmos à vontade. Este, velho, já não nos chega.

Às vezes penso que quem nos deu o ser e este espaço onde nos permite viver se esqueceu de alguns pormenores relevantes. Temos falhas. Porém, todos-por-igual têm essas lacunas. É a chamada natureza, a nossa natureza humana não homogénea, parecida com a natureza dos outros animais. Diferenciamo-nos deles pelo tamanho do nosso cérebro. Vimos sendo cada vez mais inteligentes e capazes de realizar e de inventar ideias… à medida do dilatar do nosso cérebro. Ele está já enorme e orgulhámo-nos disso com razão.

Todavia estou convencida de que apenas quando formos homo sapiens sapiens sapiens teremos alguma possibilidade de vivermos melhor em conjunto, porque então a nossa natureza será outra. Possivelmente menos belicosa. Mais compreensiva, mais cordata. Mais respeitosa, mais atenta ao que a rodeia e nos cerca. Mais responsável.

Lembrar-nos-emos com frequência dessa viagem de todos no mesmo barco frágil sobre um mar ora tempestuoso e escuro ora luzente de sol e tranquilo; e que devemos esforçar-nos em conjunto por chegar a bom porto, não sabemos bem onde ou... talvez saibamos.

Se formos inimigos entre nós e lutarmos com os companheiros, alguns irão à água antes do fim.

Será uma pena, já que provavelmente os que forem à água antes do tempo, pela violência dos outros, serão os melhores de nós.

Os que realizariam o que nós não soubemos realizar pois a sua massa cinzenta, desocupada de coisas proveitosas, teria encontrado invulgar espaço para se desenvolver.

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 17:01

O discurso de Obama em Oslo

por Zilda Cardoso, em 15.12.09

 
A nossa esperança era que ele conseguisse pôr o mundo em ordem de um dia para o outro. Esperávamos que acabasse com todos os conflitos, sem mais. Pois, aparentemente,   estava nas suas mãos.
Só que nada que é humano é simples.
Ele disse e nós compreendemos. Ele disse que, por um lado, a violência faz parte da natureza humana e, por outro lado, a paz não é apenas ausência de conflitos.
Como nos desenvencilhamos disto?
A natureza humana não é perfeita, mas podemos aperfeiçoá-la. Os homens primitivos não se questionavam decerto sobre a moral do seu comportamento. Ao longo da História, com o progresso humano, começaram a surgir dúvidas sobre a legitimidade de comportamentos violentos no interior de grupos. Talvez fosse possível impor regras, visto o poder destrutivo das guerras. O filósofo português Álvaro Pais, no século XIV, reflectiu muito e escreveu sobre o que seria a guerra justa.
O que o presidente americano disse foi que podíamos agora reflectir de forma diferente sobre “as noções de guerra justa e os imperativos de uma paz justa”. Porque continuará a haver momentos em que a força surja não apenas como necessária mas como moralmente justificada.
Citou palavras de Luther King, de Gandhi , do papa João Paulo II, de Kennedy e de Reagan. Ele mesmo como chefe de estado enfrenta o mundo como ele é e “não posso ficar sem fazer nada diante de ameaças contra a população americana”. E disse acreditar que ao buscar “ um futuro melhor para os nossos filhos e netos” está a procurar o melhor para os filhos e netos de outros, para que todos (apenas todos) possam viver em liberdade e prosperidade.
Sabe que, por mais justificada que seja, a guerra é sempre tragédia humana – nunca é gloriosa. A guerra é expressão de sentimentos humanos e não é de esperar uma revolução súbita na nossa natureza. É importante porém trabalhar na evolução das instituições.
Falou do papel da América que é justo recordar. Disse que o seu país nunca fez guerra contra uma democracia, e que será sempre voz das aspirações que são universaís. Que a Otan continua a ser importante, que é preciso reforçar a ONU e que na América se honram os que regressam depois de missões de manutenção de paz precisamente como fazedores de paz e não como fazedores de guerra.
Disse ainda dos esforços para evitar a proliferação de armas nucleares que devem ser de todos os países unidos; disse que procura a paz justa baseada em direitos humanos e na respeitável dignidade de cada um; e que a paz justa abrange segurança e oportunidades económicas.
O que está em jogo são – acordos entre países, instituições fortes, apoio aos direitos humanos, investimentos em desenvolvimento. E nada disto será possível sem “a expansão contínua da nossa imaginação moral, a insistência em acreditar que existe algo irredutível que todos nós compartilhamos”.
Falou da lei do amor que é “não faças aos outros o que não queres que te façam”.
(Vamos continuar a conversar sobre este discurso notável de um homem notável e sei que cada um do nós tem uma palavra a dizer sobre o tema).

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 11:35

Feira de Arte em Miami

por Zilda Cardoso, em 12.12.09

 

 

 

O Jorge Cardoso foi à Feira de Arte a Miami e veio muito entusiasmado: fez contactos importantes como fotógrafo e como galerista. E trouxe ainda um bocado de sol, não muito.

 

A viagem de regresso foi demorada: veio por Madrid de onde devia ter partido para chegar ao Porto às 11.40 h. Mas de atraso em atraso, sempre com novas marcações de hora de partida, chegou às 16 horas. Foi duro, já que tinha várias horas de viagem desde a madrugada, mas chegou e... estava radiante.

Tinha comprado no aeroporto americano vários livros de arte fotográfica por preços que considerou excelentes e por isso não se embaraçou com o peso.

 

O que lamentou foi a demora da viagem. Quase sempre acontecem coisas que parecem insólitas e que custa entender, mas na verdade se tivesse que ir ou vir a pé ou num destes barcos, demoraria muito mais (importa ter pensamentos positivos).

 

 

 

(Este é um fim de tarde maravilhoso na Foz do Douro).

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 17:46

Lutar, viver, ser feliz (como Alexandre)

por Zilda Cardoso, em 06.12.09

 

Nunca tive um presente com uma dedicatória tão bonita como esta que recebi há dias do Vitor Alexandre, meu grande amigo e herói da história. Ainda bem que o seu pai resolveu divulgá-la, e luta por torná-la conhecida.

Está a ser bem sucedido: a intenção é ajudar outros com os mesmos problemas e circunstâncias semelhantes.

A primeira apresentação do livro foi feita em Coimbra em 28 de Novembro. Outras se sucederam. Hoje é em Alfragide, a seguir  em Braga. Quero chamar a especial atenção dos meus amigos para a de Braga no próximo dia 8 de Dezembro.

 

 
 
Confirmações
Fnac Coimbra  28/11   17:00   (lançamento)
Sr. Professor Linhares Furtado/ Dr. Emanuel Furtado/ Dra. Isabel Gonçalves
Sim
Fnac Vasco da Gama   04/12          18:00
Administração Companhia de Seguros Generali
Sim
Fnac Viseu   05/12             17:00
Hepaturix – Associação Nacional Jovens Transplantados Hepáticos
Sim
Fnac Alfragide  06/12        17:00
Conceição Andrade e Pedro Coelho - SIC Televisão
Sim
Fnac Braga   08/12   17:00
 Drª Marta Lopes Cardoso
 
Fnac Cascais    11/12     21:30
Administração Astellas
 
Fnac Almada   15/12    21:30
Laurinda Alves
Sim
Fnac Gaia Shopping  16/01     17:00
Dra. Margarida Medina e Dra. Ermelinda Silva
Sim

 
Será feita por Marta Lopes Cardoso e espera-se que uma multidão dos seus amigos vá ouvi-la falar da história do menino que está de boa saúde e cheio de sorrisos. Gostarão de conhecer a família de Alexandre.

A carreira do outro, do outro Alexandre, é conhecida:  era um general de extraordinária habilidade  e muita coragem e sorte. Conquistou um império. Extremamente inteligente, tentou criar uma síntese entre o oriente e o ocidente. Respeitava aqueles que derrotava e era admirador das ciências e das artes. Fundou  Alexandria que viria a ser o maior centro cultural, científico e económico da Antigüidade; e tinha um belo e famoso cavalo, o Bucéfalo.

Em que quer o Novo Alexandre parecer-se com o Magno?

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 16:06

"Une bulle sur l'eau" ou um cogumelo na floresta

por Zilda Cardoso, em 05.12.09

 

Deixem que transcreva aqui alguns pequenos textos do livro de Matthieu Ricard PLAIDOYER POUR LE BONHEUR a propósito de tempo.

Ele próprio cita Séneca que diz que "não é o caso de dispormos de muito pouco tempo, é antes que... perdemos muito tempo".
"O tempo é comparável a um fino pó de ouro que deixássemos escapar distraidamente entre os dedos sem mesmo nos apercebermos. Se for bem utilizado, torna-se a "navette" (ou a lançadeira) que fazemos correr entre os fios dos dias para urdir o tecido da vida. É pois essencial para a conquista da felicidade, tomar consciência de que o tempo é o nosso bem mais precioso. Sem causar dificuldades a ninguém, é preciso ter força de espírito suficiente para não ceder à vozinha que nos sussurra que façamos incessantes concessões às exigências da vida quotidiana. Por que hesitar em fazer tábua rasa do supérfluo? Que vantagem há em consagrar-se ao superficial e ao inútil?"
“Se não cessarmos de adiar para mais tarde o essencial e nos deixarmos apanhar na cilada dos constrangimentos incoerentes da sociedade, seremos sempre perdedores.”
“O aborrecimento é o mal daqueles para quem o tempo não tem valor.” “Aquele que entende o inestimável valor do tempo, aproveita cada instante de descanso nas actividades quotidianas e as estimulações exteriores para apreciar com delícia a serenidade do instante. Ele ignora o aborrecimento…”.
“Quer nos encontremos num estado de descontracção ou de concentração, de tranquilidade ou de actividade intensa, em quaisquer circunstâncias, é preciso apreciar o tempo no seu justo valor”.
“Para vivermos harmoniosamente a nossa relação com o tempo, devemos cultivar um certo número de qualidades. A vigilância permite vigiar a passagem do tempo, não o deixar fugir sem nos apercebermos disso. A motivação justa é o que dá cor ao tempo e lhe dá valor. A diligência, o que permite utilizá-lo bem, com conhecimento de causa. A liberdade interior evita que ele seja monopolizado por emoções perturbadoras. Deste modo, cada dia, cada hora, cada segundo é como uma flecha que voa na direcção do alvo. O bom momento para começar é agora.

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 15:29

O MEU TEMPO

por Zilda Cardoso, em 04.12.09

 

É que, desde há um certo tempo, a minha vida é assim: passo a 6ªfeira (com aparentemente 24 horas) bem vivida e, depois, logo a seguir, há outra 6ªf. e depois dessa outra… outra e assim por diante.
É uma vida de 6.as feiras muito movimentadas. E quando me dou vagamente conta, passou mais uma Primavera, um Verão, outro Outono e um Inverno.
Não sei de todo se este último foi mais chuvoso que o anterior ou menos frio. Se houve no resto do mundo ciclones, ondas gigantes e inundações piores. Se a Primavera à minha volta foi mais florida do que todas as que já vi. Se noutro tempo as folhas das árvores caíram com o vento antes ou depois do Natal. Se o Verão passado foi suficientemente quente e luminoso para me iluminar.
Apenas reconheço com verdade as 6.as feiras. São elas os meus absolutos ou meus dogmas. São a minha ideologia e a minha utopia. São tudo e coisa nenhuma.
 
Dizem-me que vivo um tempo de incertezas e de crise. Porém, da minha experiência, uma coisa é certa: as 6.as feiras existem com toda a evidência.
 
Esta é a minha ciência sem fundamento, sem razão, sem valor. Mas está aqui. A minha esperança é que continue por algum tempo mais. Aqui. Interessada em comunicar as descobertas que for fazendo na complexidade do real.

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 07:58




Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

  Pesquisar no Blog



Arquivo

  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2021
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2020
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2019
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2018
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2017
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2016
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2015
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2014
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2013
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2012
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2011
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2010
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2009
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2008
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D