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A DOR QUE ME FICOU

por Zilda Cardoso, em 30.11.09

 

 

O costume e o bom senso levam-nos a enfatizar as qualidades más das pessoas pelas quais nos interessamos, sem dúvida na esperança de que algum bem daí venha. Acreditamos que da correcção dos defeitos, efeitos positivos se verão em toda a humanidade.
Depois de as pessoas saírem para sempre da nossa vida e da vida, apenas queremos recordar as qualidades boas, que são exemplo e demonstração do que vale a pena.
E é assim que deve ser.
Sigo a tradição, falando das boas qualidades de um amigo e familiar que acaba de desistir. Era bondoso, respeitador, crente no bom carácter dos outros, preocupando-se com eles, sacrificando-se pelos filhos muito para além do que seria razoável esperar; vivendo sem grandes ambições e sem atropelos, com um sorriso.
Gostando da terra, voltou a ela e aos prazeres simples. Depois de muitos anos longe das aldeias… muito longe…, das árvores, das leiras, das plantações, das sementeiras e das colheitas, foi ao seu território que voltou para trabalhar e sofrer por tudo isso.
Porém, nestes últimos tempos, sofria por muito mais, sofria de mais.
Neste instante, vejo ao longe uma linha finíssima de luz muito brilhante entre o céu cinzento e o mar cinzento e triste e ouço alto uma música solta, a mesma de que me não liberto há dois dias, desde que começaram estas cerimónias.
Tenho agora esperança de que, se há uma forma de existência para além desta e em que “memória desta vida se consente”, ele a ouvirá enquanto eu a ouvir. E compreenderá.
Espero então que seja por muito tempo.
 

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publicado às 16:16

LIMPAR PORTUGAL

por Zilda Cardoso, em 29.11.09

 

Peço aos meus amigos que participem neste projecto que é nacional e nos vai unir numa excelente causa.
 
Olá Gente Empreendedora do Projecto Limpar Portugal.
 
O PLP, está numa fase decisiva e em velocidade elevada.
 
Os contactos são muitos e a todos os níveis:
 
· Temos já muitos contactos Nacionais e regionais em curso.
 
· Temos já muitas Câmaras oficialmente no Projecto e com forte apoio nos transportes e deposição dos resíduos.
 
· Temos já dezenas de agrupamentos e escolas, associações desportivas e grupos de escuteiros, além de outros, que já firmaram o apoio ao PLP o que nos leva a acreditar que somos muitos mais que 16000.
 
· Temos tido imensos jornais a escrever sobre a iniciativa, já estivemos na RTP 1, Porto Canal, nas rádios nacionais Antena 3 e TSF, e temos já convites da TVI e Record Europa, e promessas de voltar à RTP1.
 
· As coordenações concelhias já estabelecidas estão a desenvolver um grande trabalho de equipa.
 
Pede-se aos coordenadores concelhios que não sejam os criadores do grupo, para informarem a Coordenação Nacional
(coordenacao@limparportugal.org) para assim podermos efectuar uma melhor gestão de informação.
 
Pede-se aos membros com vontade de colaborar na organização, e no caso do vosso grupo já estar a rolar, para adoptarem um grupo de um concelho vizinho que ainda não esteja dinamizado e dêem uma mãozinha.
 
Chama-se a atenção de todos, para o site www.limparportugal.org <http://www.limparportugal.org/> onde podem encontrar além das perguntas frequentes, os documentos de apoio para a coordenação de grupos, para actuação no dia L, para educação, para divulgação, podendo inclusive efectuar download de cartazes ou flyers de publicidade ao PLP.
 
Pede-se a todos uma forte pressão na localização e caracterização de “Lixeiras” e no contacto com PMEs para nos darem apoio (sacos, luvas, mascaras para poeiras etc)
 
*enha participar no projecto "Limpar Portugal" que tem como objectivo erradicar as lixeiras ilegais da floresta portuguesa num só dia.**
 
Registe-se em: **www.limparportugal.ning.com* <http://www.limparportugal.ning.com/>
 
*Página oficial: **www.limparportugal.org* <http://www.limparportugal.org/>
 
 
 

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publicado às 08:55

lutar e viver

por Zilda Cardoso, em 22.11.09

Esta é a capa do livro LUTAR ATÉ VIVER

 

 

  de que lhes tenho vindo a falar.

Tem hoje um ar mais alegre o meu post, mais alegre do que é hábito, por isso espero que seja ainda mais lido do que é habitual.

Direi apenas que sabemos todos, de experiência, como a vida é frágil - alguém saudável está feliz a executar qualquer mínima tarefa com entusiasmo, acontece escorregar e bater com a cabeça num objecto duro e agudo e... pronto tudo se desmorona para sempre.

Isto pode levar-nos a um mundo de reflexões: sobre a fragilidade da vida, em primeiro lugar, sobre o intolerável que é o mundo, depois. E sobre muitos outros temas.
O intolerável que é o mundo… com as suas ambiguidades e as incertezas. Já pensaram que não sabemos nada com profundidade? Nada? Entristeço ao pensar que nunca encontrei respostas para nenhuns porquês. E são muitos os meus porquês. Respostas definitivas, quero dizer. E os sistemas dos grandes filósofos nunca são as respostas. Não resistem a interpretações ao longo do tempo. E pareciam sem tempo quando surgiram.
O que queria dizer com aquela história tonta de bater com a cabeça etc., é que podemos compreender e lamentar o acontecido e continuamos a nossa vida, não digo como se nada fosse mas com esta compreensão que é sobretudo afecto e acrescentou a nossa sabedoria. Mas não podemos deixar de nos interrogarmos: por quê? Vale a pena todo o esforço, o trabalho, o sofrimento… para num rápido segundo tudo se esvair?
Talvez seja esta fragilidade da vida que nos aproxima uns dos outros e do Outro.
Que responsabilidade tem cada um de nós naquilo que acontece? Como se houvesse “acordo intersubjectivo” e uma ética que nos responsabiliza a todos e a cada um. Como se houvesse… e há.
(Continuarei com estes temas: fragilidade da vida, responsabilidade, exercício e progresso espiritual  e arte de viver)

 

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publicado às 14:25

LUTAR ATÉ VIVER (2)

por Zilda Cardoso, em 21.11.09

Continuo a transcrição da nota preliminar do livro LUTAR ATÉ VIVER de Vitor Raimundo Martins e da família, pois todos colaboraram na sua feitura - escrita e ilustração.

 

 

"A HEPATURIX é uma associação de jovens
transplantados e com doenças hepáticas crónicas e nós, os pais
que a fundámos, tivemos um papel determinante na defesa da
“Escola de Coimbra” criada há 15 anos pelo Sr. Prof. Alexandre
Linhares Furtado e hoje liderada pelo seu filho!
Felizmente que o Dr. Emanuel Furtado manteve-se
connosco e à frente do programa TRH. Hoje, passados mais de
dois anos e meio sobre essa “crise”, continuamos com algumas
preocupações, mas pelo menos o programa funciona!
Assim têm-se salvo algumas vidas “pequeninas”, porque
nem todos os casos teriam resposta no estrangeiro, como aliás se
verificou nessa altura com o envio de uma criança para Madrid e
que acabou por ser transplantada em Portugal.
Como entretanto a transplantação hepática deixou de ser
notícia pelas “piores” razões, apercebi-me que o assunto tem tido
tendência a esbater-se. Ao poder político e a quem decide, espero
que o livro sirva pelo menos para relembrar que é necessário
investir na formação de mais cirurgiões!
Espero também que este seja um testemunho útil para
todos aqueles que tenham a infelicidade de passar por um
processo idêntico! Aos outros, ficará apenas a história…"
... que é uma belíssima história de amor.
 
 
A minha neta Mini tinha 7 anos quando desenhou esses cavalos (ela é apaixonada por cavalos) e agora dedica a sua obra prima ao nosso  pequenino herói de Lutar até Viver.

 

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publicado às 09:26

LUTAR ATÉ VIVER

por Zilda Cardoso, em 21.11.09

 

 

Peço licença ao autor, Vitor Raimundo Martins, para transcrever aqui uma parte da nota preliminar que antecede a história comovente que nos conta no livro LUTAR ATÉ VIVER a ser apresentado em diversas cidades do País nos próximos dias.

 

 

Em 2004 ‘o mundo’ da transplantação hepática era-nos

completamente desconhecido.

Entrámos neste meio por causa do transplante hepático

do nosso filho e ficámos a conhecer uma vertente da medicina

muito nobre e desconhecida da sociedade em geral.

Entretanto, ao longo dos meses fomo-nos apercebendo

das virtudes, das insuficiências e de algumas particularidades.

Recentemente, o programa de Transplantação Hepático

Pediátrico (TRH) passou por algumas dificuldades que poderiam

ter custado a sua continuidade em Coimbra e em Portugal, pois

apenas em Coimbra se fazem transplantes hepáticos pediátricos.

Hoje, graças à HEPATURIX muita coisa tornou-se pública

através dos jornais, das rádios e das televisões. Tudo isto

mostrou ao país uma realidade desconhecida de todos, mesmo de

alguma classe médica!"

 

(continuarei esta nota preliminar e contarei a história do menino que será o nosso herói nos próximos tempos)

 

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publicado às 09:14

Estou encarregada da minha vida!

por Zilda Cardoso, em 14.11.09

 

 

Você está incumbido de viver a sua própria vida!
Li isto algures e fiquei a repetir, a repetir. A reflectir.
Claro que ninguém pode viver a minha vida e portanto eu tenho que a viver. Depende de mim vivê-la a meu gosto. Vivê-la bem e de bem com os outros, com os que constituem comigo o mundo.
Eu é que decido o que fazer com as informações que me são dadas, li também no mesmo escrito. As pessoas podem dar-me os esclarecimentos que quiserem, mas eu decido se os aceito ou não. Se me servem ou não. Se acredito.
 
 
 
Com isto, sinto-me de tal modo responsável por mim, tantas decisões a tomar, tantas coisas em que estou envolvida. E interrogo-me: Como poderei mudar o que para mim não funciona? 
No entanto, sei agora que não quero ser um exemplo do que a humanidade pode atingir com pensamentos positivos. Não quero. E não acredito que esteja encarregada de tudo, inteiramente responsável pelas mínimas e pelas grandes decisões que tomar, não creio saber sempre o que hei-de fazer. E não julgo poder não ter dificuldades, poder gostar de tudo mesmo daquilo que acontece comigo.
A minha grande decisão é esta:  quero depender de Alguém.
Sozinha não.
                                                  

 

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publicado às 19:34

FALACIOSAS CAMADAS

por Zilda Cardoso, em 13.11.09

 

  

 

 

JORGE CARDOSO tratou fotografias suas de há muitos anos e transformou-as em arte.

Esta é uma de uma série apresentada em Ponte de Lima na Torre da Cadeia Velha no mês de Outubro.

 

É um trabalho invulgar: o suporte da imagem é alumínio texturado, um grande painel, sobre o que estão afixadas com parafusos bem visíveis, a uma certa distância, placas de acrílico com imagens fotográficas geométricas ou não. O conjunto é tridimensional, um tanto sofisticada e propositadamente artesanal.

O painel lembra a fotografia antiga a preto e branco, mas tanto o suporte como o material acrílico a modificam de modo que outras imagens aparecem e se sobrepõem. O que fica são camadas, layers, e lying layers ou seja camadas aparentes, mentirosas. É também  referência à posição reclinada da Lolita no sofá, tal como se vê noutras obras expostas.

Há referências à técnica digital nas letras e nos números. Segundo Jorge Cardoso, letras e números são pistas para decifração de... mistérios, digo eu, existentes por ali, no belo espaço medieval.

As palavras mão não mente sim ou apenas mão não mente com a última palavra fugidia a vermelho alaranjado aparecem pintadas em todas as obras. É a ideia de que a fotografia não é necessariamente a verdade, mas pode ser arte possível de ser reproduzida mecanicamente. Poderá falar-se de descontextualização, de ambiguidade e de abstraccionismo? Não sei.

Um elemento interessante da exposição (que não está aqui suficientemente explanada, lamento) é a música e uma voz off que repete certas palavras e dá à sessão um acentuado ar de humor inteligente e conhecedor de novas técnicas e novos conceitos de arte. 

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publicado às 09:23

O que é a Política?

por Zilda Cardoso, em 09.11.09

 

Que pergunta!!
A política organiza as relações entre os homens - até aqui todos de acordo. Não lhe interessa o homem como às outras ciências humanas, mas a comunidade dos homens.
Segundo Hannah Arendt, não há nada de político no homem, na sua essência. A política não nasce com o homem, nasce com a comunidade.
E porque os homens que vivem em comunidade são muito diferentes uns dos outros e a política tem de cuidar das relações entre eles (repito), a tarefa dos políticos não é fácil. A política, pelo menos em democracia, deve  tratar como iguais seres que dificilmente se assemelham.
Vejam as contradições: a política tem de elaborar e instituir as relações entre os homens esquecendo que são diferentes ou, se quiserem, considerá-los iguais, sabendo que são diferentes.
De que modo pode ser assegurado que indivíduos tão desiguais beneficiem dos mesmos direitos? Porém, isto tem que ser garantido num regime democrático. Ou falaremos de “igualdade relativa” e de “diversidade relativa” (Arendt)? E em que aspectos são os indivíduos diferentes? E em que aspectos são iguais?
Trinta e cinco anos de moderna democracia permitem-nos pensar que gostamos de viver neste regime cheio de defeitos.
Gozamos um espaço de liberdade que é próprio desta actividade política: temos liberdade de expressão e demagogia, delírio consumista e desmoralização, sofistas por todo o lado. A desordem intelectual e a desordem social, instalam-se. E há alunos e seguidores de sofistas para quem a verdade e a justiça não contam. E há corrupção talvez porque a lei não tem carácter sagrado, é convenção e verdadeiramente não obriga. E o indivíduo…
Talvez devamos voltar a pensar no indivíduo e na necessidade de excelência moral e espiritual, na indispensabilidade de educação, de cultura, e na definição dos conceitos e princípios que o orientam, que nos devem orientar.
Como a todos, o porquê da corrupção imparável vem-me ao pensamento com frequência. Exaltamo-nos com tudo o que dizem e temos razões para nos sentirmos zangados.
Mas será que estão definidas fronteiras sobre o que é considerado corrupção e crime e o que não é crime?  Será por  esta razão que os processos nunca chegam ao fim... que não há conclusões... nem inocentes nem culpados...nem verdades nem mentiras?

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publicado às 17:13

Chove de baixo para cima?

por Zilda Cardoso, em 09.11.09

 

Concordo que é difícil que chova de baixo para cima e, concluindo que, mesmo assim, quero dizer, de cima para baixo, já é chuva a mais, proponho que vamos saber o que o grupo-teatro de Leiria tem para nos dizer a este respeito.
 

 

TE-ATO (Grupo-Teatro de Leiria)
Sala Jaime Salazar Sampaio
Rua Pedro Nunes (Transversal Arquivo Distrital / Terreiro)
 
 
Quarta, 11, 21h30: Sala Jaime Salazar Sampaio | Leiria
Sexta, 13, 21h30: SOM | Marinha Grande
Terça, 17; 21h00: Teatro Gil Vicente | Cascais
 
 
Não chove de baixo para cima
 
Texto e interpretação: Sandra José
Encenação: João Lázaro
Apoio Técnico: Ana Rita Santos
 
Uma peça que tem merecido forte aplauso do público face a um texto surpreendente e uma interpretação rigorosa.
 
Contactos:
Maria Manuel Rocha Marques (Directora) 914 660 772
João Lázaro (Director Artístico) 962 904 385
teatroleiria@gmail.com
 

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publicado às 16:48

O Poder das Palavras

por Zilda Cardoso, em 09.11.09

 Quando um regime político passa a democrático, o poder das palavras torna-se por de mais evidente. No Parlamento e em qualquer lugar público, é necessário não apenas ter ideias mas saber defendê-las. Por isso, mudança total na educação.

 

 

Com a democracia, na Grécia antiga, surgiram os sofistas, profissionais do ensino de como usar a palavra para convencer, contestar, argumentar, fazer valer a sua opinião. Todavia, a opinião, para Sócrates que viveu na mesma época, é vazia, expressão de conveniência e de paixão.
As opiniões exprimem interesses individuais e de grupos, não constituem sabedoria; cabe aos sábios, denunciar essa falsa sabedoria. Será ele, Sócrates, o homem sábio (ou o seu modelo) – o que sabe que nada sabe para além deste saber. Há uma ironia nesta constatação de ignorância, mas há também a certeza de que é a partir da consciência da própria ignorância que se pode chegar a conhecer. Tudo isto, cada um de nós aprendeu na escola; é conhecimento básico, princípio da filosofia.
Acontece ainda no nosso tempo que os sábios, ou seja os que procuram justificar inteiramente as suas opiniões, acabam derrotados pelos que conhecem a “técnica das técnicas”, a fascinante arte do discurso; e são capazes de persuadir mesmo numa causa injusta.
Interrogámo-nos: como vamos aprender a distinguir…?
As palavras podem enfeitiçar e arrebatar ou envenenar e corromper, têm um poder imenso.
Mas podemos fazer a escolha entre opinião e saber, dizia Sócrates; entre a opinião oca e a filosofia que é conhecimento e pode dar conteúdo e ser juiz de todas as opiniões.
Sabendo que o discurso não informado e retórico pode levar à injustiça e à violência, parece urgente estudar os problemas e, pelo uso da razão que é logos, penetrar na realidade e talvez encontrar a verdade.
E não me digam que já ninguém procura a verdade e a justiça. Não será necessário ir até à logocracia, mas “a ordem, a eficácia e a racionalidade” trarão certamente o que mais se aproxima da justiça que pedimos e a que temos direito. Haverá ainda considerações de outra ordem, já que não somos apenas cabeça e razão mas também coração e emoção e por isso alguma paixão entrará nas nossas resoluções.
(Falarei um pouco de política como dizendo respeito à comunidade dos homens e às relações entre eles).

 

 

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publicado às 09:43

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