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Que futuro? Perguntam-me. Que futuro, perguntam as pessoas umas às outras.
É uma questão pertinente, se bem que seja feita com esta insistência penso que pela primeira vez na História. Alguém em algum tempo se tinha preocupado tanto com o futuro, isto é, com os filhos e com os netos? Com o que lhes vai acontecer… depois?
É um bom indício. Pode ser que, apesar de todos os aspectos negativos das sociedades de consumo e de mercado (que são sociedades em que se consome, tantas vezes de forma irracional, como forma de integração social ou para escoar a produção levando a estratégias de marketing e publicidade tão agressivas como sedutoras), apesar disso, talvez estejamos no bom caminho: o da solidariedade, o da compreensão de que o mundo continua e nós somos responsáveis por tudo o que acontece não apenas agora, mas depois. Sobretudo, depois.
Somos responsáveis, mas somos o quê? Somos alguns deuses capazes de criar do nada? E de se empenharem e comprometerem por tudo? Por tudo o que criaram do nada?
Então vamos entender que somos responsáveis apenas na medida das nossas capacidades que são muito humanas. Acredito que o mundo continua, realizemos ou não este desígnio e os nossos desígnios.
Somos tão pequenos em relação ao mundo, tão insignificantes! Por que vamos afligir-nos tanto com tudo o que acontece em cada minuto? Incluindo catástrofes naturais género tsunamis e companhia!? Não seria mais sensato vivermos o nosso dia-a-dia pequenino sem grandes sobressaltos assim mesmo preparados para eles?
Todavia é claro que somos responsáveis, conscientes, culpáveis…
“I am because you are”
repetiu Clinton, tentando traduzir um velho conceito africano: UBUNTU. Que abrange muitos aspectos indicativos: comunidade, respeito, partilha, humildade, importar-se, cuidar, ajudar.
Um só palavra que significa muito. Que pode ser uma maneira de viver como foi para Nelson Mandela.
Que eu fixo assim: estamos nisto juntos. Vamos tentar ajudar. Só.
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