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Continuo em cativeiro ou em prisão domiciliaria, e como é agradável!
A verdade é que só me sinto fechada quando há nevoeiro, o que acontece, mas já não há disso há uma porção de dias no Porto!
De modo que, rodeada de tanta beleza natural e mesmo construída, sou a rainha do sítio, sempre a olhar para fora, para esse meu largo reino, enquanto as mãos funcionam noutro diapasão, dentro.
Penso muito, tento aprofundar. E vem logo a pergunta impertinente: o que estou aqui agora a fazer?
Seja o que for, estou, não vim. Não vim de nenhum lado e já havia isto quando me encontrei.
“Por que há isto e não nada?”- perguntou alguém de cujo nome não me recordo.
Não sei responder e gostaria.
Poderia haver nada? Provavelmente, não faz sentido. Nunca vimos nada, não sabemos o que é. Por que razão nos massacramos para descobrir o que é nada. E o que é donde e o que é para onde? O donde viemos? O para onde vamos?
Ora, que nos importa? Criamos voluntariamente a nossa ansiedade… não tem a ver com nada nem com tudo, nem com lugares nem com tempo, não se relaciona com aquis nem com agoras.
Vamos viver isto, que diabo! Isto. O melhor possível, seja, como nos agradar.
Pronto.
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