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O calor explodiu na cidade como um grito matinal… E continuou o dia todo ecoando com intensidade mesmo na beira-mar, nas ruas sombrias e nos jardins normalmente húmidos. As pedras cinzentas aqueceram intensamente.
Ainda na manhã, estive no Jardim do Calem à beira rio, sentei-me num banco à sombra e tentei entender os brilhos da água que me seduziam e que registei.
Depois, tive a genial ideia de ir a Serralves, já de tarde, pensei justamente que com tantas árvores e arbustos, água correndo e lagos havia de ter um ambiente menos constrangedor.
Mas qual quê?
Não se podia estar em parte alguma com conforto, a Casa e o jardim eram quase desertos. Os nortenhos muito mais espertos do que eu, nortenha, nem sequer estavam na praia nem nas ruas onde não corria qualquer vento: tinham ficado em casa.
Há muito que fazer em casa, muito. A casa pode ser um turbilhão de acontecimentos. Ou não: pode ser um lugar de segredo. E de meditação. Ou de paciência.
Seja como for, hoje como ontem, é um bom lugar para estar.
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