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Em homenagem a Helena Sá Costa, tocou ao piano Grigory Sokolov música de Schubert e de Beethoven, um extraordinário concerto que não esquecerei.
Tive o gosto e a honra de conhecer a grande pianista portuense que sempre viveu nesta cidade, embora tendo viajado e dado concertos por todo o mundo. Era na realidade uma pessoa encantadora que provavelmente se sentaria na cadeira da última fila da plateia para assistir fosse ao que fosse como faz o Papa Francisco e se vê na mensagem e imagem que corre mundo.
Apesar dessa modéstia chegou ao topo da sua carreira de pianista concertista e de professora, aplaudida por públicos muito conhecedores. Faria cem anos este ano e teve pequeníssimas homenagens que talvez tenham culminado com o extraordinário concerto a que assisti.
Grigori Sokolov tocou com dedos maravilhosos Schubert – Quatro Impromptus, obra de 1827 e Três peças para piano de 1828; e Beethoven - Sonata para piano de 1818 e ainda cinco extras que fizeram as delícias da assistência muito numerosa e interessada.
As primeiras peças de Schubert aqui apresentadas são de caracter lírico e foram primeiramente improvisos, segundo julgo. A sonata de Beethoven é “a mais extensa e complexa que o compositor escreveu”, segundo leio no programa da Casa da Música. Que também fala de profunda espiritualidade, de idílio sonoro, de estranhas harmonias, de monumento polifónico…
Foram para mim poucas horas apaixonantes.
(Helena Sá Costa ao piano, imagem do programa da Casa da Música)
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