Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
(Imagem de P. C. , onde?)
Conheço muitos grupos de diferentes mentirosos, uns mais importantes para mim do que outros. Os assuntos de que tratam ligam-se à minha vida e aos meus interesses de maneira diversa.
Estou a pensar nomeadamente nos políticos, nos que governam o País e os países e nessa medida me governam: esses são importantes, acredite ou não nas suas palavras.
Contudo, há muitos outros que fazem as suas dissertações e seduzem, sabem que não é realidade o que dizem, mas dizem-no, do mesmo modo, e requintam o discurso de modo a serem facilmente acreditados - com essa finalidade.
E há os políticos que não governam e fazem exactamente o mesmo que os que governam, com o mesmo fim: os críticos, os analistas, os jornalistas e os que querem governar. Lembram os velhos vendedores habilidosos e inteligentes que, numa rua propícia da velha cidade, juntavam à sua volta rapidamente um grande número de pessoas que não acreditavam mas que se divertiam. Ou que diziam: sei que não é verdade mas se é? E até compravam uma unidade do produto propagandeado – uma porção de banha da cobra - que iam experimentar às escondidas.
Não sei se há diferença entre burlões, charlatães, intrujões, biltres, gatunos hábeis e industriosos e troca-tintas. Mas não tem muita importância: todos eles enganam habilmente seduzindo. Normalmente falam do mundo como se ele fosse um excelente lugar para viver.
Os mais interessantes são os verdadeiros criadores: escritores e artistas, de forma geral.
(Prometo tratar deste grupo depois do Natal. Vai ser muito complicado porque devo falar de mito e de utopia, estão a ver?)
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.