Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]
O Palácio já não é de cristal, mas os jardins continuam bonitos e há uma nova biblioteca com mobiliário de Alvar Alto, sala de exposições e um auditório. E muitos acontecimentos culturais ali se desenrolam, desde exposições de flores até… Até quê? Olhe, não sei.
Nesta última semana, havia nas avenidas uma pequena feira de livros e refrescos e bolinhos artesanais que tanto agradam a miúdos e a graúdos; música na meia-lua e muita gente a entrar e a sair, sempre.
Os pavões escondiam-se da multidão, poucos corajosos ficaram por ali. Porém, os burros na avenida das Tílias apreciaram as gentes que lhes forneciam alimentos saborosos e fáceis de obter por bom preço.
Imaginem quatro burros simpáticos bem rodeados e felizes a que algumas crianças davam ervas arrancadas para esse fim, ali ao lado. Eu expliquei aos meus que os burros têm no seu interior, na barriga, para ser mais explícita, uma máquina que transforma ervas verdes ou secas em músculo e osso e noutras coisas que constituem o ser dos burros.
A sua máquina interior tem esse poder: o de transformar vegetal em animal. É obra!
Sempre admirei muito estes bichos: são simpáticos, têm uma voz admirável de cantor de ópera, e são simples, isto é, inteligentes. Há 5.000 anos que são domésticos e humildes e chamam-lhes asnos e jumentos, mas são mamíferos e equídeos como os cavalos que têm o favor de toda a gente. Claro que possuem umas orelhas compridas que podem ser símbolo de ignorância, utilizam-se como animais de carga, mas, olhe, injustiça é o que mais vejo por aí.
Além disso, podem, ser de ouro. E Jesus entrou em Jerusalém no Domingo de Ramos montado num jumento.
O burro ocupou um lugar de relevo no presépio cristão, em algumas histórias muito antigas e em fábulas, parábolas, metáforas e mitos. Conhecem aquela do leão e do burro? A fábula…? Ou a outra, a do burro do camponês que caiu num poço?
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.