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Recebi uma mensagem sobre o Palácio do Freixo que é actualmente uma excelente pousada no Porto. Trazia muitas fotografias e nenhuma dá ideia da beleza do Palácio. Conheço-o um pouco tal como está. E conheço-o em diversas fases da sua degradação pelo tempo. Claro que nunca compreendi como era possível deixar deteriorar uma obra tão rica, tão bem situada, tão pouco vulgar. Mas isso acabou.
Existe desde o século XVIII, foi desenhada e projectada por Nasoni e mandada construir pelo cónego D. Jerónimo de Távora e Noronha, senhor de muito dinheiro e bom-gosto e responsável da vinda do arquitecto Nasoni para esta cidade.
Mais tarde, o palácio foi vendido a um rico comerciante do Porto, brasileiro dos que voltaram, que levantou uma fábrica de sabão em anexo; e pertenceu depois a um alemão que fez da fábrica de sabão uma destilaria de cereais, destruída por um incêndio.
Tudo isto aconteceu ainda no século XIX assim como a compra do palácio e dos jardins pela Companhia de Moagens Harmonia que construiu uma fábrica de moagem a poucos metros do Palácio e um silo de grandes proporções.
Foi considerado monumento nacional em 1910 e comprado pela Câmara para um centro de formação profissional em 1986. De 2000 a 2003 foi restaurado segundo projecto de FernandoTávora e seu filho, arquitectos descendentes dos fundadores.
Recentemente cedido pela Câmara para instalação de uma pousada, tem um conjunto de edifícios invulgar: o palácio barroco com torreões e escadarias, uma balaustrada ornamentada, e quatro fachadas diferentes; a fábrica de moagem cor-de-rosa que não devia estar ali; os silos ainda menos, brancos e altíssimos; um edifício amarelo vivo quase colado ao cor-de-rosa; os jardins italianos dispostos em terraços e o rio que não foi ali construído mas passa por lá e modifica o ambiente; a piscina a transbordar e os outros terraços sem jardins onde se está bem para gozar a paisagem do rio, das pontes e dos montes da outra margem.
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