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É em honra de S. Bartolomeu que todos os anos se realiza o cortejo dos trajes de papel que termina no mar da Foz do Douro. Os trajes representam muitas horas de trabalho e de imaginação, de paciência e de saber sobre papel frágil e colorido que no fim são sacrificadas às ondas.
À Junta de Freguesia da Foz cabe a iniciativa a que se juntam associações e colectividades culturais e recreativas. O mais original, penso eu, é o banho sacrificial e ritual que exorciza o mal. A água, nesse dia de S. Bartolomeu, milagrosa graças às virtudes do Santo, livrará quem o toma de várias doenças muito más.
Tudo isto é bonito e espero que continue.
Gostei de uma figura que vi desfilar com alegria, talvez a única. E, vejam, a personagem era Amália Rodrigues muito bem vestida de papel cinzento, decorado com algumas flores. Ela fazia os gestos adequados numa voz semelhantes à da cantora. Que bem que estava numa cidade que não é especialmente amadora de fado! A fanfarra ou as fanfarras ficaram para o fim. Apenas mostro uma ou duas imagens em honra do meu amigo e leitor habitual Marcolino que considerou a reportagem incompleta.
A verdade é que não queria mostrar e veja como tenho razão – as meninas estão mal vestidas, mal penteadas e sombrias. Eu gostava de vê-las como as jovens das claques no cinema americano a apoiar os clubes desportivos nos jogos escolares, tão entusiasmadas e enérgicas e arrebatadas com os seus pompons coloridos e brilhantes.
Mostro os representantes de algumas profissões: lixeiros, padeiros, fotógrafos ambulantes ou "à la minute", enfermeiras.
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