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Hoje é um dia especial no Porto, a partir de... que horas? Não sei se esperaremos
pela noite para gozar o dia, a festa, o encontro anual com as ervas aromáticas algumas
mal-cheirosas como o alho que conta vários anos de tradição, não muitos.
É pelo menos uma maldade esfregar o alho ou dar com o alho na cabeça e nos cabelos dos
vizinhos que, por mais cansados que estejam, devem lavá-los quando chegarem a
casa pela madrugada ou pela manhã do dia de S. João. Isto também é uma tradição
que construímos - os portuenses são muito amigos de tradições e inventam-nas
quando não as têm.
Por isso, são considerados muito inteligentes!
O mangerico e a cidreira são bem mais antigos nesta função desafiante do que o alho: são
risonhos e bem dispostos e todos têm vontade de os levar para perfumar a casa.
Vi a cidade do lado de Gaia, de um lugar privilegiado para apreciar o fogo de artífício, em frente à zona mais bonita, com imagens de antologia. É uma emoção ver aquilo: o recorte no céu azul claro ou escuro, a qualidade do recorte, as torres, os velhos edifícios, a clara-bóia mais bonita que já vi, o rio, as pontes... Como posso estar tão apaixonada pela cidade, ao fim destes anos todos? Mas é assim, só lamento que não seja apenas uma cidade única ligada pelo rio e pelas pontes. Voltará a ser um dia.
Quis mostrar a clara-bóia e... mal se vê.
Estava no mesmo sítio, o Porto Canal com a sua menina bonita a entrevistar portuenses famosos.
E depois veio a Fanfarra e os grupos sanjoaninos premiados que cantaram e dançaram com energia e receberam os seus prémios.
É naqueles barcos mais pequenos que está preso o fogo... indispensável neste dia.
Em certos momentos, o céu enchia-se de balões dourados, dispersos e tantos, mas eu não sei fotografá-los e a minha máquina também não sabe. De modo que não tenho imagens de balões a fingir de estrelas. Afirmo que era esplêndido: caminhavam no céu todos para o mesmo lado como se obedecessem a um chamamento.
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