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Moledo do Minho

por Zilda Cardoso, em 15.06.11

Estou em Moledo um pouco tristonha - o clima, o tempo está húmido, desolado e desolador. Ao contrário do que era costume desde há muitos anos, não encontrei aqui aquela velha paz saudável e alegre, cheia de trabalho divertido e compensador. Encontrei um espaço muito abandonado e sem grandes perspectivas de melhorias próximas.

Quando é que o sol vai irradiar o seu calor e a sua luz e encher-nos a todos de bem-estar e despreocupada alegria de viver? As árvores estão velhas de mais e muitas já passaram para uma outra vida e os arbustos de que gostava muito especialmente pela beleza das suas flores e a fragância das folhas sempre recortadas de forma especial e atenciosa, a maior parte... não está aqui.

 

 

 

 

Lembrei-me das palavras de Matthieu Ricard: "Cesser de chercher à tout prix le bonneur à l'extérieur de nous, apprendre à regarder en nous-même mais à nous regarder un peu moins nous-même, nous familiariser avec une approche à la fois plus méditative et plus altruiste du monde..."

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publicado às 08:19


24 comentários

De Marizei a 15.06.2011 às 09:50

Que linda paisagem !!
creio que o que falta será a vontade de estar !
porque concerteza os seus olhos procuram coisas que pensa que podem ter visto e que estão mas o coração não as encontra mas que estão lá ainda para desfrutar

:)) gostei do sitio onde quer que ele seja é espantoso para passear e estar aí mesmo

Grata
Marizei

De Zilda Cardoso a 15.06.2011 às 15:04

Muito obrigada, Marizei. Compreendeu muito bem.

De Vicente a 15.06.2011 às 15:36

lindas fotografias e óptimas recordações:-)

De monica baldaque a 15.06.2011 às 21:16

Zilda!

Tive de vir ao seu blog para lhe seguir o rasto, que o tinha perdido!

Então anda a observar os lilases, os verdes, os rosas!
E desenhar tudo isso?
Basta um papel pequenino e 2 lápis de cor...ou 3...
Espero-a no meu atelier para nos vir mostrar esses desenhos!

Um beijo,

Mónica

De Zilda Cardoso a 16.06.2011 às 09:12

Mónica, mais uma vez desolada. Eu ando com os lápis e o papel por todo o lado, papel branco que continua branco...
Mas vou ao seu atelier... um dia destes, buscar inspiração.
Muito obrigada pelas suas palavras estimulantes, preciso muito.
ZM

De monica baldaque a 20.06.2011 às 21:39

Zilda,
Não há nada que nos deprima tanto como a Natureza!
Devemos olhar para ela de olhos vendados, se não queremos que ela nos engula, empregando todas as manhas, inspiradas e mansas!
Ou então olha-la como os chineses, pintores, monges, sábios, de igual para igual!

um beijo,

Mónica

De Zilda Cardoso a 20.06.2011 às 22:18

Mónica, como se olha para a Natureza de igual para igual?
PF diga-me. Tentando apanhá-la com papel e lápis? Ela nunca se deixa apanhar... Vale mais fugirmos, nós.
Mas para onde vamos?

De monica baldaque a 24.06.2011 às 17:46

Zilda,
Olha-se para a natureza de igual para igual, quando fazemos parte dela. Contemplá-la, é um erro, que normalmente nos sai caro...

Saiu o meu livro dos Contos Sombrios! Mas acho que não quero que a Zilda o leia! Embora talvez visse aí, que ninguém foge de nada...

Um beijo,

Mónica

De Zilda Cardoso a 27.06.2011 às 06:42

Respondi a este comentário há dias, mas a mensagem não foi entregue. Repito agora que fiquei com muita pena de não ter assistido à apresentação especial que estava prometida. Mas vou procurar o livro para o comentar duramente. Como merece. ZM

De monica baldaque a 27.06.2011 às 10:26

Zilda,
O livro ainda não foi apresentado publicamente! Teria ido busca-la por um braço para assistir!
Está nas livrarias, mas a sua apresentação ainda está para acertar datas e apresentador. Se quiser "um cheirinho", vá à net e procure Contos Sombrios...

Um beijo, e até breve

Mónica

De Zilda Cardoso a 27.06.2011 às 11:51

Vou, claro. Olha, se eu tinha de me zangar consigo! Seria tremendo. Assim, espero as s/notícias sobre o assunto e vou vendo os Contos Sombrios na Internet

De Isabel Maia Jácome a 15.06.2011 às 22:34

Que lugar bonito, Zilda!...
...mas ás vezes, mais sensíveis, sentimos falta de pequenas coisas... ou damos conta, simplesmente!
Por isso vale a pena fazer como Matthieu Ricard disse.
Beijinho...
Sempre,
Isabel

De Zilda Cardoso a 16.06.2011 às 09:27

Muito obrigada, Isabel. O lugar é lindo, sim. É o "meu" lugar em Moledo. Não precisamos procurar a felicidade no experior-a-nós, mas ajuda muito encontrar um lugar assim, ou fazê-lo. Quando chego à Casa da Eira, sinto uma vontade de fazer o possível por estar de bem comigo e com a natureza. Que é amiga e amável e eu devo corresponder. Por isso, enquanto aqui estou estou bem.
E como está, Isabel?
Um abraço para si.
ZC

De Isabel Maia Jácome a 16.06.2011 às 21:23

eu...
...nem sei bem dizer...
...efervescente, ardente, cheia... e ao mesmo tempo, triste...
...vá lá perceber-se a alma humana!
um abraço grande, Zilda.
Sempre,
Isabel

De Vicente a 16.06.2011 às 16:51

Queres que aconteça um milagre económico no nosso país?

Então deixa-te de seguir dissertações de economistas ao serviço de interesses, que não os nossos! Não te deixes mais manipular pelo marketing!





Faz aquilo que os políticos, por razões óbvias, não te podem recomendar sequer, mas que individualmente podes fazer:

Torna-te PROTECCIONISTA da nossa economia!



Para isso:



1. Experimenta comprar preferencialmente produtos fabricados em Portugal. Experimenta começar pelas idas ao supermercado (carnes, peixe, legumes, bebidas, conservas, preferencialmente, nacionais).



Experimenta trocar, temporariamente, a McDonalds, ou outra qualquer cadeia de fast food, pela tradicional tasca portuguesa. Experimenta trocar a Coca-cola à refeição, por uma água, um refrigerante, ou uma cerveja sem álcool, fabricada em Portugal.



2. Adia por 6 meses a 1 ano todas as compras de produtos estrangeiros, que tenhas planeado fazer, tais como automóveis, TV e outros electrodomésticos, produtos de luxo, telemóveis, roupa e calçado de marcas importadas, férias fora do país, etc., etc...



Lê com atenção e reencaminha para que sejamos muitos a ter esta atitude!



Portugal afundou, somos enxovalhados diariamente por considerações e comentários mais ou menos jocosos vindos de várias paragens, mas em particular dos países mais ricos. Confundem o povo português com a classe política incompetente e em muitos casos até corrupta que nos tem dirigido nos últimos anos e se tem governado a si própria.

Olham-nos como um fardo pesado incapaz de recuperar e de traçar um rumo de desenvolvimento.

Agora, mais do que lamentar a situação de falência a que Portugal chegou, e mais do que procurarmos fuzilar os responsáveis e são muitos, cabe-nos dar a resposta ao mundo mostrando de que fibra somos feitos para podermos recuperar a nossa auto-estima e o nosso orgulho.

Nós seremos capazes de ultrapassar esta situação difícil. Vamos certamente dar o nosso melhor para dar a volta por cima, mas há atitudes simples que podem fazer a diferença.



O desafio é durante seis meses a um ano evitar comprar produtos fabricados fora de Portugal. Fazer o esforço, em cada acto de compra, de verificar as etiquetas de origem e rejeitar comprar o que não tenha sido produzido em Portugal, sempre que existir alternativa.



Desta forma estaremos a substituir as importações que nos estão a arrastar para o fundo e apresentaremos resultados surpreendentes a nível de indicadores de crescimento económico e consequentemente de redução de desemprego. Há quem afirme que bastaria que, cada português, substituísse em somente 100 euros mensais as compras de produtos importados, por produtos fabricados no país, para que o nosso problema de falta de crescimento económico ficasse resolvido.



Representaria para a nossa indústria, só por si, um acréscimo superior a 12.000.000.000 de euros por ano, ou seja uma verba equivalente à da construção de um novo aeroporto de Lisboa e respectivas acessibilidades, a cada 3 meses!!!



Este comportamento deve ser assumido como um acto de cidadania, como um acto de mobilização colectiva, por nós, e, como resposta aos povos do mundo que nos acham uns coitadinhos incapazes.



Os nossos vizinhos Espanhóis há muitos anos que fazem isso. Quem já viajou com Espanhóis sabe que eles, começam logo por reservar e comprar as passagens, ou pacote, em agência Espanhola, depois, se viajam de avião, fazem-no na Ibéria, pernoitam em hotéis de cadeias exclusivamente Espanholas (Meliá, Riu, Sana ou outras), desde que uma delas exista, e se encontrarem uma marca espanhola dum produto que precisem, é essa mesma que compram, sem sequer comparar o preço (por exemplo em Portugal só abastecem combustíveis Repsol, ou Cepsa). Mas, até mesmo as empresas se comportam de forma semelhante! As multinacionais Espanholas a operar em Portugal, com poucas excepções, obrigam os seus funcionários que se deslocam ao estrangeiro a seguir estas preferências e contratam preferencialmente outras empresas espanholas, quer sejam de segurança, transportes, montagens industrias e duma forma geral de tudo o que precisem, que possam cá chegar com produto, ou serviço, a preço competitivo, vindo do outro lado da fronteira. São super proteccionistas da sua economia! Dão sempre a pre

De Zilda Cardoso a 17.06.2011 às 08:29

Excelente programa.
Vamos lá fazer isso.
Lembro-me de um dos mais velhos filmes de Manoel de Oliveira sobre comprar... tratava-se de fazendas de lã para um fato masculino... e o personagem que comprava rejeitava totalmente a oferta do lojista que lhe recomendava fazendas inglesas... o melhor. Ele só compraria tecidos nacionais e pronto. Nunca esqueci a cena, porque estava inteiramente de acordo com o autor.
Obrigada.
ZM

De Vicente a 17.06.2011 às 11:45

Entre nós tem-se visto governos que parecem absurdamente apostados em errar, errar de propósito,errar sempre, errar em tudo, errar por frio sistema. Há períodos em que um erro mais ou um erro menos realmente pouco conta. No momento histórico a que chegámos, porém, cada erro, por mais pequeno, é um novo golpe de camartelo friamente atirado ao edificio das instituições; mas ao mesmo tempo tal é a inquietação de todos temos do futuro e do desconhecido que cada acerto, cada bom acerto é uma estaca mais, sólida e duradoura, para esteiar as instituições. Toda a dúvida está em saber se ainda há ou se já não há Portugal, um Governo capaz de sinceramente se compenetrar desta grande, desta irrecusável verdade.

Eça de Queirós

De Zilda Cardoso a 18.06.2011 às 10:10

É tudo velho, não acontece nada que não tenha acontecido já. Vamo-nos safando, temo-nos safado. Talvez não vá acontecer eternamente.
Adoro estes períodos de mudança... pela esperança de que o que vem seja melhor e mesmo muito melhor do que o que passou. Escusávamos de ter chegado tão fundo nesse afundar. Mas é assim, nós somos assim, nós humanos e não só portugueses.
Vamos construindo... depende de nós... Apenas precisamos de uns pòsinhos... de magia, bem entendido.

De Joana Freudenthal a 18.06.2011 às 00:28

Tão bonito! Mais uns livros e parece que chegaria. Não é? Mas, às vezes, não chega.

Abraço-a com o coração.

De Zilda Cardoso a 18.06.2011 às 09:58

As suas palavras fazem-me senti-la tão perto e tão disposta a estimar e a amar e a estar de bem com o mundo... Mas o mundo é tão complicado, gosta tanto de rejeitar e até de magoar, por puro prazer...
Abraço-a.
ZM

De Joana Freudenthal a 20.06.2011 às 11:58

É complicado, sim. Vamos contrariá-lo.
Estive com o nosso P numa festa. Apaixonado.
E a nossa A, uma menina linda, mas ainda não a vi.
O F e o M também estão a acabar, se Deus quiser.

Um beijinho.

De Zilda Cardoso a 20.06.2011 às 14:28

É tão bom vê-lo assim. E os outros, todos, estão bem em Moledo, lugar que tem conservado a sua magia.
Abraço, Joana.
ZM

De abe go a 29.06.2011 às 02:11

Parece-me que o espaço foi abandonado.

De Zilda Cardoso a 29.06.2011 às 08:35

Como? Poderá explicar? Please.

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