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Recordo Afonso III e a forma e a razão da sua subida ao
trono, e depois as suas preocupações de remodelar a administração, de
redistribuir poderes depois de guerras e conflitos e discórdias, e de
considerar como seu objectivo o bem comum, o interesse do País e a justiça.
“ O grande labor estava na busca e na consecução da verdade identificada com equidade, com
justiça, fim último de toda a instituição humana, logo fim último do rei”(Portugal
em definição de fronteiras, O Poder e o Espaço, onde continuo a ler:
“ O mais notável no reinado de Afonso III, no aspecto
institucional, foi a criação, no seio da Cúria régia, de duas comissões
permanentes… com funções predominantemente técnicas… Uma primeira especializada
na administração da justiça, foi o gérmen da Casa da Justiça, e uma segunda,
com competência financeira, teria sido o embrião da futura Casa dos Contos. O
que, sem dúvida, demonstra a consciência por parte dele e dos seus oficiais, de
que, entre os grandes instrumentos do poder regalengo, os mais importantes eram
a justiça e as finanças.”
Afonso III tinha vivido numa corte mais instruída do que a
nossa e soube aplicar a sua inteligência, os conhecimentos e a sabedoria nas alterações
políticas que lhe permitiram empenhar-se em importantes reformas administrativas,
financeiras, judiciais. Havia uma hierarquia de autoridade e de obediência
considerada como “um bem supremo da sociedade ordenada, um sustentáculo da paz,
logo da própria sociedade.”
Deveremos estudar o século XIV para começar de princípio e
com uma nova e adequada atitude mental?
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